Psicoterapia Analítico Comportamental
Por: Pedro Otavio • 20/3/2017 • Resenha • 713 Palavras (3 Páginas) • 199 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: Intervenções Clínicas Breves
ESTÁGIO: Psicoterapia Analítico Comportamental
Pedro Otávio de Souza Custódio Dias – B477GE-5
9º semestre/2017
Relatório de Atividade de Estágio
Síntese do Artigo COSTA, S. E. G. C.; MARINHO, M. L. Um modelo de apresentação de análises funcionais do comportamento. Revista Estudos de Psicologia (PUC), Campinas, Vol. 19, n. 3, pp. 43-54, set/dez 2002.
Segundo os estudos de Hayness e O’ Brien, a análise funcional do comportamento é a identificação de relações relevantes, controláveis, causais e funcionais aplicadas a um conjunto de comportamentos para cada cliente especifico. A queixa pode ser relatada por uma pessoa, organização ou grupo, e para qualquer um desses é o mesmo procedimento: definir quais informações coletar, delimitar o problema, decidir que ações tomar e analisar as mudanças provocadas.
De acordo com Skinner, para compreendermos melhor a vida, nós devemos nos atentar a três fatos:
1) A situação na qual se deu a resposta.
2) A resposta em si.
3) As consequências reforçadoras geradas.
Interpretação de um comportamento é, compreender sua função, que pode ser estímulo reforçador ou aversivo, levanto em conta que isso é relativo de um indivíduo para outro. Algumas variáveis funcionais são modificáveis, mas outras não, algumas são de
grande relevância e outras não. O importante é que o clínico deverá avaliar tudo e saber escolher qual variável deve ser considerada. Se determina análise funcional quando a hipótese for testada.
Quando vai se utilizar da análise funcional do comportamento, o analista deve identificar as variáveis que possam ter relação com o comportamento alvo, e através da manipulação que se confirma a escolha das variáveis corretas, esse processo geralmente ocorre em forma de intervenção. Este processo confirma as hipóteses ou não.
Quando realizar uma análise funcional, o analista deve:
- Identificar os comportamentos adaptativos que podem ser efetivos em servir àquela mesma função;
- Especificar as consequências positivas ou negativa que mantêm o comportamento problema.
- Identificar as contingências que falharam em manter a resposta adaptativa.
Descrição do caso Clínico
Ana, 27 anos, segundo grau completo e de classe média, casada, trabalhava como técnica de laboratório. Sua queixa era de depressão. Foi encaminhada pela psiquiatra e tomava antidepressivo. O relacionamento com o pai não era bom, chegou a ser expulsa de casa porque o pai não gostava que ela saísse à noite. Morou com a avó por dois anos. E sua mãe nunca tomou iniciativa em relação as atitudes do pai. Quando voltou pra casa dos pais começou a frequentar estudos bíblicos da religião de Jeová e fez muitas amizades. Casou-se com alguém do trabalho, que era da religião católica e nunca participou de suas atividades na religião Jeová. Ana parou de frequentar as atividades religiosas. E sua vó faleceu após um tempo do seu casamento.
Para uma melhor compreensão da situação, são apresentadas as análises funcionais de alguns dos comportamentos relevantes do caso.
Devemos identificar os Antecedentes, Comportamentos e as geradas.
Como:
- Antecedente – ser punida pelo pai, por sair a noite; morar de novo com os pais; ter se afastado dos amigos; assuntos religiosos; divergências com a igreja católica; oportunidade participar de grupos religiosos.
- Comportamento – frequentar reuniões de um grupo religioso.
- Consequência (reforço positivo) – ter amigos (reforço social); participar de festas.
- Consequência (reforço negativo) – não brigar com o pai.
Análise Crítica
Independente da queixa que o paciente nos traz, o procedimento realizado na análise funcional deve ser: identificar quais informações coletar, analisar o problema, decidir quais ações devem ser tomadas e avaliar as mudanças geradas. Para entender melhor, o analista deve ficar atento aos fatos da ocasião no qual as respostas são geradas, a resposta em si e as consequências reforçadoras ou aversivas. Sempre levando em conta que existem variáveis funcionais que são modificáveis e outras não, algumas são importantes e outras não. O analista que deve decidir qual escolher.
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