RACISMO, AUTO-ESTIMA E AUTO-IMAGEM
Por: brunarigon • 3/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.427 Palavras (6 Páginas) • 490 Visualizações
RESUMO
O trabalho a seguir teve como base nas teorias do livro Psicologia Social de Aroldo Rodrigues sobre preconceito, autoimagem e autoestima. Realizamos um trabalho em campo onde iriamos analisar e comparar os temas estudados em cada criança no momento da experiência. A seguir verá o que foi aprendido em parte teórica relacionando com a parte prática e o resultado dessa experiência de como o meio social influência o ser humano.
Palavra Chave: Experiência, preconceito, autoimagem, autoestima e etc.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
EXPERIÊNCIA 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
REFERÊNCIAS 9
INTRODUÇÃO
Ao estudarmos o preconceito entendemos que é necessário recorrer a mais de uma área do saber. Embora esse também seja um fenômeno também psicológico, aquilo que leva o indivíduo a ser ou não ser preconceituoso pode ser encontrado no seu processo de socialização, no qual se transforma e se forma como indivíduo. Ou seja, aquilo que permite ao indivíduo a se constituir é também responsável por ele desenvolver ou não desenvolver preconceitos. A sua manifestação é individual assim como responde as necessidades irracionais do indivíduo, mais surge no processo de socialização como resposta aos conflitos aí então gerados.
A autoestima é a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesmo, sendo positiva ou negativa. Para a Psicologia, trata-se da opinião emocional favorável que as pessoas têm delas próprias e que excede a própria racionalização e a lógica. Tem início na infância e de como as outras pessoas nos tratam, podemos defini-la em três pontos importantes: autoconfiança, a imagem de si próprio, e o gostar de si mesmo.
A autoimagem pode ser definida como a visão que temos de nós mesmos, o nosso retrato mental baseado em experiências passadas, vivências e estímulos presentes e expectativas futuras. Pode ser definida como a imagem ou figura que formamos do tamanho do nosso corpo em nosso psiquismo e nossas sensações, sentimentos e ações em relação ao tamanho e forma de nosso corpo e das suas partes constituintes. Seria uma imagem tridimensional que cada um tem de si próprio. Também é a forma como acreditamos que os outros nos veem. A imagem que temos de nós mesmos é fundamental para definir como nos direcionaremos na vida. Mas, de modo geral, nossa auto-imagem é formada pelo mundo exterior, ou seja, passamos a definir quem somos a partir da impressão que as outras pessoas nos transmitem, ou dos ideais que a sociedade nos impõe. A imagem é um fenômeno social, pois há um intercâmbio contínuo entre nossa própria imagem e a imagem corporal dos outros.
Levando em considerações o que aprendemos sobre o tema, em sala de aula foi proposto realizarmos uma experiência onde tínhamos que entrevistar seis crianças na faixa etária de 5 a 7 anos de idade com diferentes âmbitos familiares, com opiniões parecidas, mas com algumas peculiaridades distintas, dentro da mesma proposta associamos o teórico com a prática para termos uma melhor ideia do material sobre preconceito, autoestima e autoimagem.
EXPERIÊNCIA
A experiência feita pelo grupo foi apresentar algumas bonecas para certa quantidade de crianças em uma determinada faixa etária, com o objetivo de fazer as crianças escolherem uma das tais bonecas e justificar sua escolha.
Cada integrante do grupo aplicou a experiência em uma criança – seis ao total- entre 5 a 7 anos de idade.
Foram escolhidas quatro bonecas para a experiência, duas brancas e duas negras apenas com a diferença de tamanhos.
No momento de fazer o teste com as crianças inventamos uma história na qual a criança tinha que acreditar, dizendo que existiam quatro bonecas, mas poderíamos escolher somente uma, fazendo com que a criança dê a sua opinião de qual ela escolheria se estivesse no nosso lugar. As perguntas feitas para as crianças foram a seguintes:
- Qual boneca você acha que eu deveria escolher?
- Por que você escolheu essa boneca?
- O que tem nesta boneca que você mais gostou e qual parte chamaram mais a sua atenção?
- Você se acha bonito (a) como ela?
No fim da experiência notou-se que a maioria das crianças escolheram as bonecas brancas, segundo elas, aquelas eram as mais bonitas pela sua aparência (cabelos louros, olhos claros, físico magro). Algumas viram as bonecas negras como “algo novo” e as acham feias perante as outras e algumas com a justificativa de que seus próprios pais pensam dessa maneira.
De acordo com o livro Psicologia Social de Aroldo Rodrigues relacionando com a prática vimos que a noção de preconceito está bem construída nas crianças, com o fato do preconceito não ser algo inato e sim algo que no convívio com familiares, amigos, escola, mídias e outros meios sociais, a discriminação pode ser aprendida.
Na experiência o grupo também teve como objetivo de comparar o conceito estudado sobre autoimagem e autoestima de acordo com as respostas das crianças analisando no momento de escolha das bonecas.
Segundo o artigo, a autoimagem é o quanto nos vemos, sabemos que somos capazes e como realmente somos. Ela surge na interação da pessoa com seu
contexto social, suas relações com os outros e consigo mesmo, onde o individuo compreende e antecipa comportamentos que podem se adequar as exigências do grupo que está inserido, ou seja, a conexão entre o eu e a sociedade na qual vive. O saber interpretar o ambiente em que convive para ter uma boa relação e atitudes que está de acordo com aquele meio social.
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