RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO V
Por: lilitim • 24/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.986 Palavras (8 Páginas) • 1.246 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITARIO DO TRIÂNGULO
CURSO DE PSICOLOGIA
RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO V
Cristina Conceição de Castro Silva
UBERLÂNDIA – MG
2016
RELATÓRIO ESTÁGIO SUPERVISIONADO V
Relatório de Estágio Supervisionado V, apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina estágio supervisionado V ministrado pela Profª. Iná Nascimento, da turma do 9° período do curso de Psicologia noturno do centro Universitário do Triângulo – UNITRI.
UBERLÂNDIA – MG
2016
SUMÁRIO
1. CONTEXTUALIZAÇÃO3
2. INTRODUÇÃO4
2.1 A clínica e a escuta4
2.2 Estruturas Clínicas5
3. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA E FRAGMENTO DE UMA SESSÃO7
CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
REFERÊNCIAS 9
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido por uma aluna do 9° período do curso de psicologia noturno, relacionado à atividade de Estagio Supervisionado V, que foi orientado pela professora Iná Nascimento, com o intuito de escutar e acolher pacientes do NUPA (Núcleo de Psicologia Aplicada).
Este é um estágio obrigatório da clínica escola, sustentado na abordagem psicanalítica lacaniana, na noção do inconsciente que segundo Lacan o inconsciente consiste em materiais reprimidos. “É não se lembrar do que se sabe”.
Este estágio foi desenvolvido em dois momentos, o primeiro sendo uma base teórica compreendida por leituras, supervisões e elaboração do relatório e um segundo momento constituído por atividades práticas.
Em relação às atividades práticas foram realizados atendimentos na clínica escola, que incluiu a escuta da queixa do paciente, utilização da caixa lúdica, acolhimento e conversas com o paciente sobre seus sentimentos, seu dia a dia e tudo que o mesmo trouxe nas sessões. Essas sessões ocorriam todas as terças-feiras das 15:00 às 16:00 horas.
Este relatório buscará relatar a importância da atuação e do estágio dentro da clínica. Será visto ainda, a importância da palavra e da escuta e quais são as estruturas clínica e um fragmento de uma sessão.
2. INTRODUÇÃO
O relatório de estágio buscou estudar a clínica e a escuta, bem como as estruturas clínicas. Será visto também a Hipótese diagnóstica e o fragmento de uma sessão.
2.1 A clínica e a escuta
A palavra dentro da clínica psicanalítica pode se dar de várias formas, em vários sentidos. Lacan (1979), no Seminário 1 diz que aquilo que presenciamos no trabalho analítico é a necessidade de uma palavra verdadeira.
É da essência da palavra o agarrar-se ao outro. A palavra é mediação entre o sujeito e o outro, e ela implica na realização do outro dentro dessa mesma mediação, (BRAUER, 1997).
Segundo Checchinato (2001) a psicanálise é caracterizada pela prática clínica aberta ao novo, a um processo criativo, pois é a própria prática do significante, abstendo-se de regra. E o que importa é sempre o que o inconsciente traz, onde o papel do psicanalista não é o de emitir diagnóstico ou de apontar um caminho, mas ajudar a descobrir o caminho dos desejos, atuando sempre pelo princípio da castração.
Para se fazer uma investigação diagnóstica em psicanálise é preciso ir para aquém dos sintomas, ir para um espaço como dizia Freud entre o inconsciente e o consciente, que se consegue pela articulação da palavra. É pela fala que se identifica a estrutura do sujeito (DOR, 1991).
Segundo Dor (1991), estabelecer um diagnóstico para determinar a orientação do tratamento é indispensável. Freud aponta no início de sua obra o duplo sentido em torno do problema do diagnóstico no campo da clínica psicanalítica, que seria estabelecer precocemente um diagnóstico para decidir quanto à condução da cura, enquanto a pertinência deste diagnóstico só receberá confirmação após certo tempo de tratamento e a única técnica de investigação que o analista dispõe é a sua escuta.
O sigilo da identidade do paciente é de extrema importância, sendo necessário mascarar os dados que identificam a pessoa do analisando e depois da conclusão da análise fazer com que o documento seja lido pelo paciente, como objeto dele e solicite sua concordância caso haja probabilidade para uma comunicação ou até uma publicação eventuais (NASIO, 2001).
Para Lacan, o sintoma é da ordem da consciência, por isso precisa compreender e analisar a qual elemento da estrutura inconsciente o mesmo vai se contrapor. Precisa identificar como o indivíduo fica a tudo isso. Para Lacan o que importa é o desejo e não o diagnóstico, onde a etapa inicial do atendimento se constitui em fisgar o significante da transferência para o profissional que esteja atendendo o indivíduo, transformando a queixa em uma questão, em um caminho de reflexão. (ROMARO, 1999).
2.2 Estruturas clínicas
Para a psicanálise existem três tipos de estruturas clínicas: as neuroses que são sub divididas em histeria, neurose obsessiva e fobia. A estrutura perversa, e psicose, subdividida em esquizofrenia, paranóia e melancolia.
- Neurose histérica
As neuroses tem relação direta com o Édipo. É quando o indivíduo consegue internalizar as leis, ou seja, passar pelo Édipo, havendo assim a castração.
A neurose histérica é a neurose do “dar se a ver”. A busca da visibilidade é também segundo Ferreira e Mota (2014), a neurose do desejo insatisfeito, sendo esse desejo, é o desejo do desejo do outro; o indivíduo diante do desejo não realizado se coloca sempre na posição desejante, nunca haverá acoplamento perfeito entre o sujeito e o objeto desejado, assim diz Lacan no seminário 5: “O desejo é desejo daquela falta, que no Outro designa um outro desejo”.
- Neurose Obsessiva
Na neurose obsessiva o conteúdo recalcado está relacionado à transgressão a lei do pai, há uma rivalidade e disputa com o pai. Freud descreveu a formação do sintoma da neurose obsessiva, onde as ideias obsessivas são produtos de um compromisso. O encontro do neurótico com o sexo é sempre traumático, mas é acompanhado por um excesso de gozo que o culpa e o recrimina. (Ribeiro, 2003).
- Fobia
Na fobia, tanto o conteúdo ideativo, quanto o afeto insuportável são distanciadas da consciência e o Eu se comporta como se não houvesse representação. Porém, no momento em que isto ocorre, o indivíduo entra num estado de confusão alucinatória. Isto é, o Eu combate a ideia incompatível através da fuga para a psicose. Porém, tendo o Eu rompido com a referida representação, esta fica de alguma forma ligada a um fragmento da realidade, à medida que ele, também, perde o contato parcial ou total com a mesma. (FIRME, 2005).
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