REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Artigo: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leidecharles • 10/9/2013 • 1.412 Palavras (6 Páginas) • 589 Visualizações
Curso: Serviço Social
Disciplina: Psicologia Social e Serviço Social
Professora: Adriana Cordeiro da Cruz Silva
Aula: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
PLT - OLIVEIRA, F. O. & WERBA, G. C. Representações Sociais. In: JACQUES, M. G. Psicologia Social Contemporânea. 17ª ed. São Paulo: Vozes, 2011, p. 104-117.
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
No campo da Psicologia Social, atualmente, a teoria das Representações Sociais (RS) tem sido amplamente discutida e merece destaque entre os estudiosos, principalmente para compreender e interpretar os fenômenos sociais, para entender os movimentos no cotidiano, ou seja, “por que as pessoas fazem o que fazem, pensam o que pensam”.
O conceito de representação social (RS) surgiu na sociologia e na antropologia, por obra de Lévi-Bruhl e Durklheim. Durkheim foi o autor que primeiro trabalhou o conceito de representação social. Utilizado no mesmo sentido que representações coletivas, o termo remete a categorias de pensamento pela qual uma dada sociedade elabora e expressa sua realidade. Para o autor, as categorias não são universais na consciência e não são dadas a priori, mas elas surgem ligadas aos fatos sociais transformando-se em fatos sociais passíveis de interpretação e observação (MINAYO apud GUARESCHI, 2000).
Em ambas as ciências seu papel foi decisivo para a elaboração de uma teoria da religião, magia e pensamento mítico. Também teve importância para autores como Saussure na teoria da linguagem, Piaget na teoria das representações infantis, Vigotsky na teoria do desenvolvimento cultural (MOSCOVICI apud GUARESCHI, 2000).
A noção de representação social, segundo afirma Jodelet (2001), há mais de vinte anos vem gerando debates e trabalhos em Psicologia Social e também no campo das Ciências Humanas e Sociais. Teve seu início na França, com Serge Moscovici e tem crescido em diversos países com estudos em torno da representação social. Com as representações sociais:
Jodelet (2001) refere que geralmente, as representações sociais enquanto sistemas de interpretação que regem nossa relação com o mundo e com os outros – orientam e organizam as condutas e as comunicações sociais. Assim, elas intervêm em diversos processos, como por exemplo, a assimilação e difusão dos conhecimentos, o desenvolvimento coletivo e individual, a definição das identidades sociais e individuais, a expressão dos grupos e as transformações sociais. Para MINAYO (1994, p. 174),
Foto: http://www.abrasco.org.br/UserFiles/Image/maria_cecilia_minayo.jpg
Desta maneira, reforça o pensamento de Moscovici (apud GUARESCI, 2000): na representação social, o indivíduo é agente de mudança da sociedade e produto dessa sociedade.
Na teoria das representações sociais, o fenômeno em questão é da ordem dos diferentes tipos de saberes populares, senso comum ou teorias populares Guareschi (2000). Podemos dizer que ela se propõe a estudar de que forma os atores sociais se apropriam da realidade social, como dão sentido a ela e porque decidem sobre sua
transformação.
O QUE SÃO AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS?
Desta maneira, De Rosa (1994) ressalta três níveis de análise e discussão das Representações Sociais, sendo:
1. Fenomenológico - As RS são objeto de investigação. Esses objetos são elementos da realidade social, são modos de conhecimento, saberes do senso comum, que surgem e se legitimam na conversação interpessoal cotidiana e tem com objetivo de compreender e controlar a realidade social.
2. Teórico - Definições conceituais, metodológicas, construtos, generalizações e proposições referentes a RS.
3. Metateórico - Neste colocam-se os debates e as refutações críticas com respeito aos postulados e pressupostos da teoria, juntamente a uma comparação com modelos teóricos de outras teorias.
PARA QUE ESTUDAMOS AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
POR QUE CRIAMOS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Para tornar familiar o não familiar. Esse movimento que se processa internamente vem a serviço do nosso “bem estar”, pois tendemos a rejeitar o estranho, o diferente, enfim, tendemos a negar as novas informações, sensações que nos trazem desconforto. Para assimilar o não familiar, dois processos básicos podem ser identificados como geradores de RS.
“São “teorias” sobre saberes populares e do senso comum, elaboradas e partilhadas coletivamente, com a finalidade de construir e interpretar o real. Por serem dinâmicas, levam os indivíduos a produzir comportamentos e interações com o meio, ações que, sem dúvida, modificam os dois.”
Buscar conhecer o modo de como um grupo humano constrói um conjunto de saberes que expressam a identidade de um grupo social.
UR
Universos Reificados
Mundos restritos, ciências, Grupo de pessoas desiguais (diferentes papéis e classes), objetividade, teorizações abstratas, Não familiar.
UC
Universos Consensuais
Grupo de pessoas iguais e livres Um pode falar em nome do grupo,
Senso comum, interação, dia-a-dia, Familiar.
Transitam nos dois
Universos
Não familiar transferido ao dia-adia pelos: jornalistas, mídia, divulgadores científicos, professores, políticos.
Compreender e identificar como ela atua na motivação das pessoas ao fazer determinado tipo de escolha (votar, comprar, agir, etc).
Para compreender que também praticamos por razões afetivas, simbólicas ou religiosas. A teoria das RS chama atenção para este fato e tenta compreender o comportamento das pessoas.
Encontrar um lugar, classificar,
Encaixar o não familiar.
Diferente é percebido como “ameaçador”
Implica em juízo de valor, pois ao ancorarmos, classificamos (pessoas, objetos, ideias) e com isso, já o situamos dentro de alguma categoria.
“amarração” – responsável pela constituição de uma rede de significações
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