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RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: “HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO”

Por:   •  14/1/2020  •  Resenha  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  643 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANA-ESUDA

CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO EM SEXOLOGIA E SEXUALIDADE HUMANA

MARCILENE MARIA BISPO DA SILVA

ASPECTOS JURÍDICOS E LEGISLAÇÃO SOBRE A SEXUALIDADE

RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: “HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO”

Trabalho apresentado ao curso de pós-graduação de Sexologia e Sexualidade Humana, da Faculdade ESUDA na disciplina de: Aspectos Jurídicos e Legislação sobre a sexualidade, ministrada pela professora Laura Kerstenetzky, como atividade para nota.

RECIFE-PE

19 DE DEZEMBRO DE 2019

RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: “HOJE EU QUERO VOLTAR

SOZINHO”

Ser deficiente visual na sociedade marcada com recortes multiformes, já é um lema para muitas pessoas, que desde cedo precisam lidar com os julgamentos e preconceitos que rotulam e marca uma classe seja ela qual for. Essas pessoas desejam seu lugar na sociedade, para viver sua totalidade tendo seus direitos garantidos e acesso a eles.

No filme “Hoje eu não quero voltar sozinho”, dirigido e escrito por Daniel Ribeiro, relata a história de Leonardo um adolescente que é deficiente visual de nascença que vive dilemas em sua vida social e no seu núcleo familiar, e está passando por conflitos da adolescência, buscando liberdade, aceitação, pertencimento e o afloramento de sua sexualidade.

Em sua família Leo é visto por sua mãe, como alguém vulnerável que precisa o tempo todo de sua proteção ou de alguém próximo, infantilizando com suas atitudes e querendo colocar crenças limitantes nele, anulando seus direitos de igualdade, o que lhe causa mais desconforto e desapontamentos. Cansado de tanta proteção, Leonardo planeja fazer um intercâmbio, na tentativa de fugir de sua “bolha” e superar seus limites, e conta para Giovana sua melhor amiga, que fica entristecida por saber que pode perder seu melhor amigo ou seu possível namorado, pois ela, mostra que é apaixonada por ele ,mas Leo só a vê como amiga .

Na escola, eles são inseparáveis, Giovana mostra-se sempre leal em vários momentos, auxiliando-o nas atividades, ouvindo suas demandas, sendo amiga o tempo todo. É na escola também, que Leo vivencia várias dificuldades, tais como: acompanhar a matéria, a explicação, e aos bullying que alguns colegas fazem com ele, em relação ao seu material de escrita, o barulho que a máquina faz, por usar bengalas, e precisar de alguém para lhe conduzir até a sua casa, e até mesmo de brincadeiras maldosas, feitas por um determinado grupo. Mas, ele tenta lidar com as situações, contornando e encarando as dificuldades. É lá também que ele conhece Gabriel, um aluno novato que chegou em sua turma, que desperta em Leo ao decorrer da história, durante os trabalhos escolares e saídas repetitivas sentimentos e sensações desconhecidas, que aos poucos e com muita naturalidade ele vai entendendo do que se trata essas sensações que são o afloramento de sua sexualidade.

Aqui o autor, com muita maestria pontua a paixão homoafetiva entre adolescentes com muita naturalidade e sutileza, demonstrando para o telespectador as possibilidades de viver sua sexualidade sem medo, culpa ou como algo anormal como a norma impõe. Mostrando ainda, as inseguranças comuns aos adolescentes independentes de sua orientação sexual.

Leonardo assume para si, sua identidade e começa a desfrutar de sua erotização, desejos que são deslocados para Gabriel, sua amiga entende que seu amigo está apaixonado e aceita sua orientação sexual, incentivando o mesmo a experienciar sua paixão .Eles continua firmes e seguem vivenciando descobertas e sensações como o primeiro beijo, toques, cheiros, em fim explorando os sentidos e sua sexualidade .

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