RESENHA CRITICA SOBRE O FILME "O CLUBE DO IMPERADOR"
Trabalho Escolar: RESENHA CRITICA SOBRE O FILME "O CLUBE DO IMPERADOR". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 17021300 • 19/10/2014 • 4.183 Palavras (17 Páginas) • 11.821 Visualizações
RESENHA CRITICA SOBRE O FILME “O CLUBE DO IMPERADOR”
O filme “O Clube do Imperador” aborda a relação entre o comportamento, competitividade, ética e o caráter do individuo no ambiente escolar. A partir do que foi apresentado no filme, a escola St. Benedict's tinha como princípios básicos ensinar a seus alunos a ética, os valores e a conduta moral. Mas, a primeira impressão que aparece é que houve uma falha por parte dessa, pois nem a instituição e o professor conseguiram mudar o comportamento e o caráter de apenas um aluno. Acredito que mesmo a escola sendo uma formadora de pensamento, experiências e conceitos, essa responsabilidade não cabe apenas à instituição ou ao docente, mas sim a família, que é o alicerce estrutural do caráter do individuo, visto que este é formado no âmbito familiar e que dificilmente poderá ser transformado, devido à educação, os conceitos e valores que foram apresentados para esse individuo durante seu processo formação como cidadão. Isto pode ser comprovado no filme, do início ao fim, Sedgewick Bell sempre mostrou comportamentos desleais e atitudes antiéticas, e isso fica evidente principalmente em situações de competitividade. Com isso, percebe-se que muitas vezes esta pode influenciar no comportamento ético e levando muitas vezes as pessoas a terem um comportamento desleal, isso acontece pelo simples fato de não aceitar ser um perdedor e acaba quebrando as regras que lhe são impostas.
Outro aspecto verificado no filme está relacionado ao comportamento ético do diretor que ao ser informado que um dos candidatos estava colando durante o concurso promovido pela escola, foi omisso e não tomou um posicionamento ético correto. Isso aconteceu apenas pelo fato do pai desse aluno ser um político importante da sociedade. Demonstrando assim a impunidade daqueles que tem certo poder dentro da sociedade e quanto o dinheiro tem o poder corromper e afetar os valores e a ética das pessoas que nos rodeiam. Já no que diz respeito ao comportamento ético do professor Hundert, este foi contra seus princípios éticos, fazendo-o refletir e se questionar sobre os ensinamentos que transmitia a seus alunos. Portanto, esse filme apresentam situações para que haja uma reflexão acerca do comportamento ético, pois o ambiente e as pessoas que nos cercam muitas vezes acabam influenciando no nosso comportamento, na nossa conduta ética e algumas vezes no nosso caráter.
Outro ponto a ser observado é a dependência dos alunos em relação ao professor. No inicio do filme, logo depois da leitura de uma placa, afixada acima da porta de entrada da sala de aula, o professor explica sobre os dizeres e alerta que não adiantava procurar em nenhum livro. Atualmente esta dependência é, deve ser muito menor, isto porque os meios de comunicação e os novos métodos de ensino e aprendizagem permitem que tanto alunos e mestres tenham acesso as inovações ou mutações da cultura, simultaneamente ao cenário contemporâneo que está marcado pela globalização das economias, pelos avanços tecnológicos e das comunicações e na informática tem trazido estes novos modelos de ensino e aprendizagem.
No decorrer das cenas do filme, podemos assistir a busca constante pelo poder. Como exemplo: o poder do professor dentro da sala aula, de certa forma, fazendo com que seus alunos fossem submissos e subservientes, visto que quando o novato aluno enfrenta o professor na classe, de imediato, o professor toma providência para conter o ato de rebeldia e recita ao aluno.
A própria competição referente ao concurso “Senhor Júlio César” é uma forma de poder, por meio de uma disputa para definir-se quem seria o melhor aluno do ano, a princípio e depois, quem detiver maior conhecimento, detém o título de “Imperador”. Também a própria educação promove a busca pelo poder. O poder do conhecimento, o poder da conquista, o poder de ser o melhor, o próprio poder.
No cotidiano o poder está sempre a circular por nós. Quer seja no trabalho, na escola, na vida política e social, até mesmo no seio familiar.
A respeito da concepção de incompletude: Se intimamente nos perguntarmos, se estamos satisfeitos com o que aprendemos, até hoje, com toda a certeza, diríamos que poderia ter aprendido mais e melhor, não só durante os anos de escolarização do ensino fundamental, médio e superior, mas principalmente durante todas as aulas da pós-graduação ou de outro curso qualquer.
Sempre queremos deter um maior conhecimento possível. Queremos ter ou ser algo mais, sempre destacado dentre os outros. Neste caminho, nos deparamos com a ética e a moral, sobretudo com o poder, com o certo e o errado. Ainda com os referenciais e as relatividades que norteiam todo saber. Contudo, será incompleto, se estivermos sozinho em nossos conceitos ou definições, discriminações ou preconceitos.
Concluímos e tiramos como lição para nós, do filme que, por melhor que seja a escola e o professor, o caráter e a personalidade não serão moldados, exclusivamente pela escola ou pelo bom professor, e, no decorrer da vida, os ambientes e meios em que vivemos podem interferir, porém, o que de fato ficará e permanece, são os exemplos, bons ou ruins, que recebemos - relativizados como verdadeiros.
Os desafios da educação e da docência William Hundert (Kevin Kline) é um professor da St. Benedictus, uma escola exclusiva, preparatória e tradicional que recebe como alunos, jovens da alta e elite sociedade americana. Essa escola apresenta-se a lógica da escola brasileira com aspectos culturais e socioeconômicos, com ensino tradicional, mecanizado, memorizante e livresca.
O professor Hundert dá aulas de história greco-romana referentes aos filósofos gregos e imperadores romanos, com lições de ética e moral para serem aprendidas, visando moldar o caráter e a personalidades dos alunos. O professor Hundert é reconhecido por suas boas instruções em sala de aula. O professor Hundert demonstra muito entusiasmo ao falar para os seus alunos e nas suas fala-explicações, faz questão de expressar algumas frases filosóficas, inicialmente, frisou que "O caráter de um homem é o seu destino", também se esforça para impressioná-los sobre a importância de uma atitude coerente e correta. As suas aulas e rotinas diárias vêm ocorrendo com ordem e tranqüilidade, devido ao respeito e admiração que os alunos têm pelo professor, em uma relação de obediência e submissão. O professor tradicional, mas com valores progressistas, frisando que para entendermos o presente, temos que relativizar o passado para buscarmos um futuro promissor.
Na escola tudo sempre transcorreu com normalidade, quando em um dia, repentinamente, chega à escola o aluno Sedgewick Bell (Emile Hirsch),
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