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RESENHA CRÍTICA DO FILME DOUTORES DA ALEGRIA

Por:   •  6/11/2019  •  Resenha  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  957 Visualizações

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Mara Mourão é uma diretora e roteirista brasileira, nasceu no Rio de Janeiro e residiu em São Paulo desde os sete anos de idade. Formada em cinema na FAAP, em São Paulo, e 1983 estudou cinema em Nova York na New York University.

Em 2005, no Brasil, Mara criou o filme Doutores da Alegria no qual mostra o desafio do dia-a-dia do grupo de palhaços que atuam em determinadas capitais de alguns estados do Brasil.

O filme foi lançado nas salas de cinema e ganhou diversos prêmios no Brasil e fora do país, tendo sido considerado pela UNESCO uma “Obra que promove uma cultura de Paz.”

Os Doutores da Alegria, é uma organização da sociedade civil que através da criatividade são responsáveis por levar carinho, solidariedade e, literalmente, alegria por meio da arte para crianças e adolescentes que se encontram internados em leitos hospitalares.

Caracterizado como palhaço, sua presença se torna rotina nas enfermarias e através da interação com os pacientes e os acompanhantes é que conseguem mudar a perspectiva de vida de muitos já em terrível estado terminal.

Resultados positivos tem sido alcançado, pais e acompanhantes responsáveis relatam até esquecerem de estar no hospital por presenciar tamanha alegria.

O filme pode ser analisado por dois pontos:

O primeiro ponto refere-se à audácia do autor de trazer à mídia o emocionante trajeto dos integrantes dessa instituição, mostrando como alguns instantes de felicidade são capazes de fazer com que tanto o paciente quanto o acompanhante esqueçam a dimensão do sofrimento quando expostos ao leito hospitalar, muitos destes em seus piores momentos, e tal atitude colabora positivamente para a minimização deste sofrimento.

Humanização é um dos princípios estabelecidos pelo sistema de saúde pública do Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde), e esta interação entre saúde e arte, tem tornado o atendimento mais humanizado, exemplificando esse princípio e melhorando as condições de vida dessas pessoas.

A preocupação, estresse físico, estresse psicológico e a tristeza são extintas quando esse grupo estão presentes no hospital e em vez disso se instalam sorrisos, distração, humor, carinho e solidariedade.

O segundo ponto motiva a reflexão sobre o papel do palhaço mediante a sociedade, que durante muito tempo vem lutando e alterando de forma inofensiva e pacífica a ordem das relações sociais considerado padrão e desmantelando as hierarquias estabelecidas, trazendo sempre alegria e sorriso.

O artigo feito por Morgana Masetti também ressalta sobre a importância do papel do palhaço na sociedade. Ela chega a comparar a falta de algumas características ausentes em determinados médicos da contemporaneidade, mas que estão presentes no palhaço e estes são necessários para constatar um absurdo que é a medicina capitalista ameaçando as pessoas privatizando uma riqueza cultural.

A capacidade de reinventar e a diferente visão que estes artistas possuem se distanciam de uma lógica de pensamento racional e isso coopera para a criatividade de transformar um objeto que majoritariamente reproduz medo a essas crianças em algo que as fazem rir e mudar o seu estado emocional.

Finalizando o artigo, Morgana afirma que

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