RESENHA DA DISSERTAÇÃO CONSTRUÇÃO, NORMATIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DAS ESCALAS
Por: Luana Lopes De Barros Rocha • 23/9/2015 • Resenha • 1.008 Palavras (5 Páginas) • 256 Visualizações
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE PSICOLOGIA
Psicologia da Personalidade
Atividade Semipresencial
RESENHA DA DISSERTAÇÃO CONSTRUÇÃO, NORMATIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DAS ESCALAS DE SOCIALIZAÇÃO E EXTROVERSÃO NO MODELO DOS CINCO FATORES (p.45 -53)
Canoas
Setembro de 2015
RESENHA DA DISSERTAÇÃO CONSTRUÇÃO, NORMATIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DAS ESCALAS DE SOCIALIZAÇÃO E EXTROVERSÃO NO MODELO DOS CINCO FATORES (p.45 -53)
Nunes, C.H.S.S. Construção, normatização e validação das escalas de socialização e extroversão no modelo dos 5 fatores. Dissertação. UFRGS. Pós-Graduação em Psicologia do desenvolvimento. Porto Alegre
Nunes, C.H.S.S. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998), mestrado (2000) e doutorado (2005) em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professor Adjunto III da Universidade Federal de Santa Catarina e colaborador com atividades de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade São Francisco. É membro do conselho deliberativo do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica. Tem atuado na criação de testes para avaliação da personalidade e adaptação de testes cognitivos. Tem experiência na área de Avaliação Psicológica com ênfase em avaliação da personalidade, inteligência, avaliação educacional e psicometria.
O que é Caráter, temperamento, traços e tipos?
Na seção I da dissertação de Nunes no tópico sobre Caráter, com base em Allport (1961), o autor faz uma diferenciação entre os termos caráter e personalidade.
Ele afirma que caráter, em sua significação original era o mesmo que gravar, e se relaciona a aparência, comportamento visível, enquanto que personalidade sugestiona estrutura de base fixa e profunda, porém no senso comum caráter passou a se referir “ as qualidades morais e não aspectos regulares e constitutivos de suas emoções, cognições e comportamentos”, distanciando-se do seu sentido original.
Ainda em Allport (1961), Nunes respalda que a personalidade observada do ponto de vista do senso comum se refere a aspectos moralmente aceitáveis ou não de acordo com a cultura do observador, porém o que é importante ao pesquisador são as características não o aspecto moral em si embora este seja influente nas características apresentadas. Por tal motivo Allport definiu caráter como personalidade valorizada e a personalidade como caráter não-valorizado “. (p.54).
Aspectos importantes para os estudos de personalidade efetuados por Allport (1961) referem-se à consciência moral, as crenças religiosas, a capacidade do indivíduo em coibir impulsos por meio de “um princípio regulador” pois todos esses aspectos tornam-se imprescindíveis para a análise e estudo da personalidade por serem decisivos na estruturação da mesma.
Com base nas definições de Allport ( 1961), Nunes considerou caráter como personalidade valorizada e não como território próprio da personalidade.
Temperamento
Nunes escreveu que Alport (1961), interpretava o temperamento e a inteligência, influenciados pela genética dos indivíduos, como elementos responsáveis pelo desenvolvimento da personalidade.
O temperamento, portanto, refere-se ao “tempo interno” onde a personalidade se desenvolve, e quanto mais inata for uma disposição mais certamente essa disposição é temperamento.
Nessa teoria o temperamento condiciona parte da personalidade e está correlacionado as reações dos indivíduos diante de um perigo; aos impulsos sexuais, por isso Allport (1961), definiu temperamento como um elemento relacionado ao aspecto emocional dos indivíduos que são oriundos em grande parte pela carga genética.
Allport (1961), segundo Nunes propõe que embora o temperamento tenha grande parte de sua origem nos fatores genéticos, este elemento da personalidade é algo que pode ser modificado (dentro de um certo limite), de acordo com as experiências de vida do indivíduo, e é esse recurso de maleabilidade que proporciona ao indivíduo a capacidade de adaptação aos eventos e ambiente.
Traços ou disposições
Para Allport (1937) o Traço é “nível mais proveitoso do estudo da personalidade” (Nunes). O traço de personalidade ou disposição é uma estrutura neuropsíquica que tem capacidade de fazer com que muitos estímulos se tornem funcionalmente equivalentes ( com sentido coerente) de comportamento adaptativo e expressivo ( Allport,1937,p. 295, in: Nunes).
Em resumo, traços ou disposições é o mesmo que tendências da personalidade.
Os traços produzem percepções e sentimentos pessoais que não se assemelham aos de outras pessoas, e são únicos a cada indivíduo pois determinam seus comportamentos, cognições e emoções.
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