RESENHA SOBRE PSICOLOGIA ESCOLAR: TEORIAS CRÍTICAS

RESENHA SOBRE PSICOLOGIA ESCOLAR: TEORIAS CRÍTICAS

BOCK, Ana M. B. (2003). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

Após ler e reler o texto pode-se dizer que o mesmo inicia-se a partir da afirmação de que a Escola tradicional não precisou da Psicologia, e que a mesma só se tornou necessária à Educação quando ocorreu a revolução educacional proveniente do movimento escolanovista. Baseando-se nesta matriz, são analisadas criticamente as respostas oferecidas pela Psicologia às demandas necessitadas pela Educação. O texto procura demonstrar o fortalecimento da Psicologia, por meio de suas teorizações e práticas, concepções que naturalizavam os problemas pedagógicos. Esta atitude, ao ocultar os aspectos sociais implícitos no processo educativo, contribuiu para ocultar a educação como processo social, e isso, baseado nas palavras da autora, constituiu-se numa cumplicidade ideológica entre as duas disciplinas. Deste modo, ocultando-se a existência de uma realidade social e focalizando seu objeto como dotado de forças próprias para se mover sozinho. A Psicologia se aliou à Educação para isentá-la da crítica e do fracasso e, consequentemente, atribuir a culpa aos educandos. O texto finaliza apontando algumas consequências dessa cumplicidade e indica novos fundamentos que devem auxiliar a relação entre a Psicologia e a Pedagogia. Na opinião da autora, fundamentos estes, devem ser utilizados no sentido de repensar a psicologia educacional, buscando relacioná-la ao contexto sociocultural do qual ela faz parte, agregando assim valores. Muitos de nós somos o que queremos ser, ou as vezes somos o que as outras pessoas queira o que queremos ser, mas afinal o que é mais fácil, agradar a si próprio ou aos outros?

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