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RESUMO EXPANDIDO – LUTO E MELANCOLIA

Por:   •  8/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  803 Palavras (4 Páginas)  •  452 Visualizações

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RESUMO EXPANDIDO – LUTO E MELANCOLIA

INTRODUÇÃO

Todos os indivíduos estão constantemente fazendo investimentos em objetos, pessoas, ideias, e em certas situações podem ocorrer a perda destes. Esta perda gera um sofrimento, que deve ser reagido de algum modo para lidar com essa dor. Duas formas possíveis de enfrentamento são o luto e a melancolia.

O luto é, em geral, a reação à perda de uma pessoa amada, ou à perda de abstrações colocadas em seu lugar, tais como a pátria, liberdade, um ideal etc. Entretanto, em algumas pessoas — que por isso suspeitamos portadoras de uma disposição patológica — sob as mesmas circunstâncias de perda, surge a melancolia, em vez do luto. (FREUD, 1917).

O luto e a melancolia são estados de ânimo dolorosos, capazes de inibir a realização de tarefas cotidianas. Em ambos, há uma privação na capacidade de amar e do interesse pelo mundo externo. São então, formas distintas e individuais de lidar com a perda de um ideal, seja ele um objeto, uma teoria ou até uma crença, para assim, poder reencher esse reservatório de libido que foi gasto.

São conceitos que em um primeiro momento podem se confundir, e a partir disto, buscou-se trazer os contrastes entre estes, mostrando a singularidade entre um e o outro.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Quando se fala em luto, não se pode pensar em algo patológico, é um processo natural e esperado para fazer um desligamento do ideal que foi perdido. O prejudicial neste caso seria interferir nesse trabalho de resolução com tratamento medicamentoso. Não há um tempo certo para que o luto cesse, cada indivíduo tem o seu período para elaborar esta perda e assim poder reinvestir essa libido. A melancolia por sua vez, é considerado patológico e o tratamento muitas vezes baseia-se na utilização de medicamentos associada a psicoterapia.

“A melancolia pode ser uma reação à perda de um objeto amado, mas pode ser também uma reação a uma perda idealizada, na qual o objeto de amor não morreu, mas foi perdido enquanto objeto de amor” (Mendes; Viana; Bara, 2014). Muitas vezes, a perda acontece de forma inconsciente, onde o sujeito sabe que perdeu algo ou alguém, mas não sabe exatamente o que, como se esse ideal também fosse perdido da consciência. O luto por outro lado, é algo que acontece de forma totalmente consciente.

Tanto no luto quanto na melancolia, há um sentimento de vazio ocasionado pela perda, mas esse vazio é tratado de forma diferente em cada caso. Durante o luto, é o mundo que se torna vazio. Traz uma nostalgia, pois o indivíduo sabe o que perdeu e como era quando o tinha. Na melancolia esse sentimento nostálgico é substituído por uma culpa, que gera a principal diferença entre os dois, a violenta auto depreciação do sujeito. O que se torna vazio neste caso é o próprio Eu, onde o sujeito sente-se indigno, incapaz e desprezível, gerando insultos a si mesmo e uma expectativa de rejeição e de castigo. Conforme Hamon e Trichet (2017), podemos supor que a autoacusação sirva para dar corpo e sentido ao seu sentimento de culpabilidade pelo qual acredita merecer punição.

Mas por que essa agressão se volta ao Eu? Para responder esta questão deve-se entender um pouco

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