Recompensando Pessoas

Recompensando Pessoas

FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas

São Paulo – SP

2013

O processo de Recompensar

Antes de tudo, é importante saber o que significa recompensa. A palavra RECOMPENSA significa uma retribuição, prêmio ou reconhecimento pelos serviços de alguém.

Por sua vez o processo de recompensar pessoas compreende 3 formas:

1 - Remuneração

2 - Programas de incentivo

3 - Benefícios e serviços

Os processos de recompensar as pessoas constituem os elementos fundamentais para o incentivo e motivação dos funcionários da organização, tendo em vista de um lado os objetivos organizacionais a serem alcançados e, de outro lado os objetivos individuais a serem satisfeitos.

Se por um lado a recompensa visa incentivar as contribuições das pessoas aos objetivos e à lucratividade da organização, por outro lado, as recompensas afetam os custos laborais. Por isso, é importante compreender os aspectos básicos do desenho e administração do sistema de recompensas.

Os sistemas de recompensa desenvolvidos pelas organizações são grandes e de variabilidade enorme. Algumas organizações ainda utilizam processos fixos e rígidos, genéricos e padronizados, tradicionais e ultrapassados, enquanto outras lançam mão de processos flexíveis, mais avançados e sofisticados para incentivar e motivar as pessoas que nelas trabalham.

Remuneração

A remuneração total de um funcionário é constituída de 3 componentes, mas a proporção relativa a cada um dos 3 componentes varia de organização para organização, sendo elas:

a) Remuneração básica (salário mensal ou salário hora)

b) Incentivos salariais (bónus, participação nos lucros, etc)

c) Benefícios (seguro de vida, seguro saúde, refeições subsidiadas, etc).

As recompensas organizacionais são classificadas como:

* FINANCEIRAS DIRETAS - Salários, Prêmios, Comissões

* FINANCEIRAS INDIRETAS - Dsr, Férias, Gratificações, Gorjetas, Hora Extra, 13º salário, Adicionais

* NÃO FINANCEIRA - Oportunidade de desenvolvimento, Reconhecimento e auto-estima, Segurança no emprego, Qualidade de vida no Trabalho, Orgulho da Empresa e do trabalho, Promoções, Liberdade e autonomia no trabalho.

Salário é a contraprestação pelo trabalho de uma pessoa na organização. A remuneração constitui tudo quanto o empregado aufere como consequência do trabalho que realiza em uma organização. A remuneração é gênero e o salário é espécie.

Programa de Incentivos

Com a evolução dos Recursos Humanos e desenvolvimento de nova gestão de pessoas, surgiram os programas de incentivo, que visam estimular o colaborador de forma a fazer com que ele atinja metas e objetivos apresentados, mas beneficiando-se com isso, criando um laço de cooperação que beneficia não só a empresa, mas também o funcionário. Visa, além disso, reconhecê-lo por suas atividades corporativas, tornando o ambiente agradável para o trabalho, por sentir-se como parte importante dele. Dessa forma, se sente estimulado para continuar desempenhando suas funções.

Como diz Chiavenato, a remuneração por si só é necessária, mas insuficiente. O que deve ser feito, também, é incentivar os funcionários para que sejam melhores do que já conseguem ser e propor desafios que estimulem os funcionários, de modo que trabalhem com dedicação para atingirem o sucesso.

Não há espaço, atualmente, para empresas que não compreendam que a chave de seu sucesso são seus profissionais. Devem, além de ter ciência disso, motivar o crescimento e reconhecer o que os colaboradores fazem, de modo a quebrar com o conceito de benefício unilateral que a empresa tem. É uma via de mão dupla e isso deve ficar transparente para que cresçam juntos.

Benefícios e Serviços

Quando nos referimos aos benefícios e serviços que um cargo oferece, estamos falando sobre o que a organização oferece para tornar a vida de seus funcionários mais fácil e agradável (o que possibilita atrair e reter talentos de maneira mais fácil e eficaz), e não somente do salário, que apresenta uma parcela desses pacotes de benefícios.

Composto por um pacote de benefícios, o plano de benefícios é criado de acordo com as necessidades dos funcionários de uma empresa, visando satisfazer, em geral, os diversos objetivos individuais econômicos e sociais dos mesmos.

Quanto à exigibilidade legal dos benefícios dividimos em benefícios legais, ou seja, exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária, ou mesmo por convenção coletiva entre sindicatos, que são pagos pela própria organização ou mesmo pelos órgãos previdenciários e em benefícios espontâneos, ou seja, concedidos por mera liberdade das empresas, uma vez que não são exigidas por leis ou negociações coletivas.

Quanto à natureza dos benefícios dividimos em benefícios monetários, ou seja, concedidos em dinheiro, e em benefícios não monetários, ou seja, oferecidos na forma de serviços, vantagens ou facilidades para os funcionários.

Quanto aos objetivos dos benefícios dividimos em assistenciais, ou seja, que visam prover o funcionário e sua família de certas condições de segurança e previdência em casos de imprevistos ou emergências os quais estão, muitas vezes, fora de seu controle ou vontade, em benefícios, ou serviços, recreativos e em planos supletivos, ou seja, serviços ou benefícios que

visam proporcionar aos funcionários certas facilidades, conveniências e utilidades para melhorar sua qualidade de vida no trabalho.

Abordagem Tradicional

Na abordagem tradicional predomina o modelo do homo economicus: a suposição de que as pessoas são motivadas exclusivamente por incentivos salariais, financeiros e materiais. A remuneração obedece a padrões rígidos e imutáveis,