Relevância Histórica da Avaliação Psicológica

Aspectos históricos da Avaliação Psicológica (Texto 1)

Relevância histórica da avaliação psicológica

A avaliação psicológica foi importante para o reconhecimento da Psicologia como ciência e profissão, no século XIX.

A construção dos métodos e das técnicas de avaliação psicológica aproximaram a Psicologia da perspectiva de ciência da época.

Avaliação psicológica foi relevante também para a firmar a relação da Psicologia com a sociedade.

A história da avaliação psicológica está ligada:

Ao desenvolvimento da Psicometria.

À elaboração de teorias da inteligência e da personalidade.

À construção dos testes psicológicos.

À definição dos parâmetros psicométricos da medida.

Avaliação Psicológica no Contexto Internacional

Já ocorriam avaliações em diferentes contextos ao longo de diferentes períodos.

Os primeiros instrumentos de medida utilizavam da avalição de aspectos psicofísicos e sua relação com a capacidade mental.

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Década de Galton (1880 a 1890):

Galton estudava a transmissão de habilidades cognitivas de uma geração para outra.

Houve avanços nos métodos estatísticos descritivo e de associação.

Década de Cattel (1890 a 1900):

Cattel desenvolveu medidas de avaliação das diferenças individuais e de desempenho acadêmico de crianças.

Suas pesquisas instauraram pela primeira vez o termo “testes mentais”.

Década de Binet (1900 a 1910):

Binet e seu colaborador Simon publicaram em 1905 a Escala Binet-Simon para avaliação de crianças no contexto escolar.

Spearman estabeleceu as bases da Psicometria Clássica.

Spearman também é reconhecido por inaugurar o estudo científico da inteligência humana e desenvolver da Teoria do Fator Geral de Inteligência (fator G).

Era dos testes de inteligência (1910 a 1930):

Nos Estados Unidos, houve a construção de testes de inteligência para a seleção de soldados para a I Guerra Mundial, com destaque para os testes Army Alpha e Beta (1917).

Esse período houve a criação dos instrumentos de avaliação da personalidade.

Década da análise fatorial (1930 a 1940):

Naquela década, houve a intensificação dos estudos das análises estatísticas, especialmente a análise fatorial.

Perspectivas multifatoriais da inteligência e da personalidade.

Era da sistematização (1940 a 1980):

Período marcado pela criação de sociedades científicas de Psicometria e de periódicos de publicação especializada.

A Associação Americana de Psicologia instituiu as normas de elaboração dos testes psicológicos.

Obras com os princípios da Teoria Clássica dos Testes (TCT).

Era da psicometria moderna (1980 –atual):

Com as críticas à TCT, o modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI) ganha destaque.

A construção de escalas de avaliação dos construtos estudados pela Psicologia Positiva.

Avaliação Psicológica no contexto brasileiro

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Período I (1836-1930):

Produção médico-científica acadêmica.

Métodos e recursos avaliativos utilizados nas escolas normais e em centros de pesquisa psicobiológica.

Avaliação da inteligência, principalmente a infantil, e para seleção e avaliação de habilidades no campo do trabalho.

Período II (1930-1962):

Estabelecimento e difusão da Psicologia no ensino nas universidades.

Construção de testes de forma acelerada, sem nenhuma preocupação com as qualidades psicométricas.

Criação do Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP), em 1947, no Rio de Janeiro.

Período III (1962-1970):

Reconhecimento da Psicologia como profissão com a Lei nº 4.119 de 27 de agosto de 1962.

Utilização de métodos e técnicas psicológicas como privativa aos profissionais de Psicologia.

Criação dos cursos de graduação em Psicologia.

Descrédito da área de avaliação psicológica.

Período IV (1970-1990):

Implantação dos cursos de pós-graduação em Psicologia.

Expansão das pesquisas na área.

Uso indiscriminado de testes psicológicos.