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Resenha Crítica do Filme "UM estranho no ninho"

Por:   •  4/10/2019  •  Resenha  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  526 Visualizações

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FUNDAÇÃO VISCONDE DE CAIRU

PSICOLOGIA

ATIVIDADE COMPLEMENTAR _ RESENHA CRÍTICA DO FILME

 “ UM ESTRANHO NO NINHO”

BIANCA TATAGIBA DO CARMO

INÁCIO FRANCISCO NOGUEIRA NETO

[pic 2]

                                                                         

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Salvador

2019

FILME: “UM ESTRANHO NO NINHO”

FICHA TÉCNICA:

DIREÇÃO: Milos Forman.

ROTEIRO: Lawrence Hauben e Bo Goldman.

ELENCO: Jack Nicholson, Danny DeVito, Louise Fletcher, Brad Dourif, Christopher Lloyd, Will Sampson, Sydney Lassick, Michael Berryman, Scatman Crothers, Alonzo Brown, Mel Lambert, Vincent Schiavelli, Peter Brocco, Dean R. Brooks, Mwako Cumbuka, William Duell

Josip Elic, Lan Fendors, Nathan George, Ken Kenny, Kay Lee, Dwight Marfield, Ted Markland, Louisa Moritz, William Redfield, Philip Roth, Mimi Sarkisian, Mews Small, Delos V. Smith Jr., Tin Welch, Tim McCall.

PRODUÇÃO: Michael Douglas.

ESTÚDIO: Fantasy Films.

FOTOGRAFIA: Haskell Wexler.

EDIÇÃO: Sheldon Kahn e Lynzee Klingman.

TRILHA SONORA: Jack Nitzsche.

(UM ESTRANHO... 1975)

O filme “Um estranho no ninho” lançado em 1975 nos Estados Unidos, chama a atenção para o mundo sobre o perverso sistema dos manicômios e como os pacientes eram tratados, sendo vítimas de violência física e psíquica. Um tema pouco conhecido e considerado um tabu para a sociedade daquela época e que infelizmente ainda continua sendo um assunto pouco discutido na sociedade atual. Automaticamente as cenas nos leva a uma profunda reflexão e somos confrontados com diversos questionamentos, principalmente sobre a condução dos procedimentos que eram implementados nesses locais, que utopicamente eram chamados de Hospitais psiquiátricos.

 O longa metragem foi produzido com os direitos comprados do Livro "One Flew Over the Cuckoo's Nest”, escrito por Ken Kesey, que se baseou em suas próprias vivências quando trabalhou no centro psiquiátrico Agnew, na cidade de San Jose, Califórnia (EUA). (RODRIGO DE OLIVEIRA, 2018). O filme conta a história de Randle Patrick Murphy, um homem que não conseguia seguir as regras da prisão convencional é enviado para um manicômio para ser avaliado sobre sua saúde mental. O hospital psiquiátrico é o cenário principal do filme, em muitas cenas aparecem os métodos que eram realizados, como o uso indiscriminado de medicações, contenção física e procedimentos cirúrgicos para conter possíveis questionamentos e agressividade, assim impossibilitando o sujeito de qualquer tipo de recuperação.

O título do filme representa fielmente como o personagem principal McMurphy se sente naquele ambiente desconhecido, representado pelo ator Jack Nicholson (vencedor do Oscar por sua atuação) (UM ESTRANHO... 1975). Um estranho em meio a homens totalmente apáticos, drogados, prisioneiros sem possibilidades de fugir de uma instituição que medicava seus internos de forma padronizada e embalada por uma música clássica enlouquecedora. Qualquer rebeldia, polêmica ou reclamação o paciente era punido com medicamentos paralisantes ou com choques elétricos que acabava o incapacitando.

Randle McMurphy durante o filme tenta burlar as regras do manicômio sem saber que aquele lugar era pior que as penitenciarias. Em nenhum momento aparece cenas de visitas de parentes ou amigos, o que significa que aquelas pessoas ficavam reclusas e longe de qualquer contato com o mundo real. Sem nenhuma possibilidade de ressocialização. (SEZIMBRA, 2013)

No filme, o manicômio era dirigido por uma enfermeira chamada de Ratched, que ao mesmo tempo passa a impressão de ser uma psicóloga, por tomar decisões sobre os internos e ministrar as terapias de grupo. Na Cena, em aproximadamente aos 33’40, McMurphy pede durante a terapia de grupo para enfermeira ligar a televisão para assistir ao campeonato de futebol. A enfermeira demonstra com ar de perversidade o seu poder e diz que todos os internos deveriam fazer uma votação.  “.... Muito bem e aí só contei nove votos senhor Mc Murphy, (Ratched) só contou 9, só 9, há 18 pacientes nessa ala, assim, é preciso ter a maioria para mudar a política daqui, então senhores podem abaixar as mãos...”, a grande maioria dos pacientes não possuíam condições mentais para entender o que estava acontecendo. E a votação não pode ser feita e ninguém assistiu ao jogo.

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