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Resenha Crítica Sobre O Texto Subjetividades Conteporaneas

Por:   •  28/11/2023  •  Resenha  •  722 Palavras (3 Páginas)  •  96 Visualizações

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Faculdade Luciano Feijão – FLF

Disciplina: Psicanálise II

Curso: Psicologia (3° Semestre)

Professora: Maria Luisa Ximenes Feijão

Aluna: Ana Joelha Carneiro

RESENHA CRÍTICA – SUBJETIVIDADES CONTEMPORÂNEAS

                                                               SOBRAL-CE

2023.2

      O texto "Subjetividades Contemporâneas" apresenta uma análise profunda e perspicaz sobre as complexas questões que envolvem a subjetividade na sociedade atual. Para isso o autor faz uma contextualização sobre o surgimento do termo mal-estar na civilização, no ano de 1930, cunhado por Freud e que abordava o termo no sentido estrito da palavra, relacionando-o com a nova configuração da sociedade moderna, que passou a valorizar a questão da moral, em detrimento das pulsões do ser, ocasionando em diversos conflitos psíquicos. No entanto, a palavra mal-estar, com o surgimento da contemporaneidade ganha um novo sentido diferente daquele dado por Freud. No lugar das antigas modalidades de sofrimento centradas no conflito psíquico, nos quais se opunham os imperativos das pulsões e os das interdições, morais, o mal-estar se evidencia agora como dor, inscrevendo-se nos registros do corpo, da ação e das intensidades.

      O autor aborda temas que permeiam a experiência humana neste contexto, explorando elementos relacionados ao corpo, ação e intensidade sendo esses os responsáveis pela nova configuração de mal-estar na sociedade. Os quais orientam as muitas narrativas clínicas. E todos esses fatores perpassam a questão da construção da subjetividade atual, a qual está atrelada na forma como os discursos médicos e psiquiátricos lidam com as questões psicossomáticas na clínica da medicalização. Assim podemos perceber a supremacia do discurso psiquiátrico em detrimento do psicanalítico.

    O mal-estar agora pode ser medicalizado, contudo as causas do sofrimento psiquíco não desaparecem, reverberando em forma da ação desenfreada, seja por meio do consumismo exagerado ou de outros exageros que supram a falta daquilo que o sujeito não quer saber. O corpo na atualidade contemporânea é considerado nosso único bem. Todos os outros desapareceram ou foram relativizados. Portanto se nosso bem supremo se aloja no corpo, então a saúde se tornou nosso ideal supremo. E com isso a indústria farmacológica tem crescido exponencialmemte a  cada dia, pois para curar o sofrimento basta ser medicalizado, e na correria da vida contemporânea, aquilo que surte efeito mais rápido se torna  prioridade.

   Uma das forças do texto reside na habilidade do autor em desvendar as camadas da subjetividade contemporânea, revelando nuances e contradições que caracterizam a experiência humana neste século. Desse modo, o sofrimento que permeia na sociedade atual está ligado à forma como lidamos com a questão corporal, tanto no que diz respeito a alimentação, estética e o psíquico. O estresse é  o maior mal do século, já que estar no fundamento de todos os demais, pois passando pela elevação da pressão arterial, da dispneia e da aceleração do ritmo cardíaco, tudo é passível de lhe ser atribuido.

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