Resenha Filme Divertidamente
Por: lanuzamonteiro • 4/9/2019 • Resenha • 915 Palavras (4 Páginas) • 919 Visualizações
O filme Divertida Mente do escritor e diretor Pete Docter, foi lançado neste ano de 2015 e é um sucesso. O Filme retrata o que se passa dentro da mente de uma menina de 11 anos de idade que se chama Riley. Como suas emoções controlam suas atitudes e como essas refletem em todo seu contexto.
Logo ao nascer Riley é invadida por emoções básicas como: alegria, tristeza, nojo raiva e medo. Essas são presentes em todo ser humano, interagem entre si e a que deve sobressair é a alegria, para uma vida psíquica saudável. Através delas forma-se a personalidade.
A personalidade é constituída por cognições, essas são adquiridas durante todo o ciclo vital, principalmente durante os primeiros anos de vida. A cognição, é o processo de conhecer e adaptar-se ao mundo inclui a atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e a linguagem.
Ao fazer uma analogia entre o filme Divertida Mente e a Terapia Cognitivo Comportamental, é possível identificar alguns conceitos da TCC como: Crenças Nucleares; Crenças Intermediárias; Pensamentos Automáticos; Modelo cognitivo; Questionamento Socrático; Modéstia Intelectual; Empirismo Colaborativo, entre outros.
As Crenças Nucleares no filme são chamadas de memórias base, essas são formadas por acontecimentos importantes na vida de Riley, delas se formam às ilhas e ambas constituem a personalidade da menina. Crenças Nucleares são formadas desde às primeiras experiências vividas na infância, fortalecendo-se durante toda vida, construindo assim os conceitos, que é a maneira como a pessoa vê a si própria, aos outros e o mundo.
As Crenças intermediárias são representadas pelas ilhas, da família, da amizade, da honestidade, da bobeira. Estas ilhas regem o comportamento de Riley, como na cena em que a ilha da honestidade se despedaça quando ela resolve pegar dinheiro na bolsa da mãe para fugir. Crenças Intermediárias ficam entre as crenças nucleares e pensamentos automáticos. São influenciadas pelas crenças nucleares e influenciam os pensamentos automáticos. As crenças intermediárias são formadas por atitudes, regras e suposições, conduzindo á conduta da pessoa.
Os Pensamentos Automáticos são representados pelo trem do pensamento que só para quando Riley adormece, na maioria das vezes são negativos. Como quando ela pensou simular dor de barriga por medo de enfrentar a nova escola. Pensamentos Automáticos são involuntários e ocorrem a todo momento. São influenciados diretamente pelas crenças intermediárias e indiretamente pelas crenças nucleares. Geralmente são distorções cognitivas ou seja pensamentos distorcidos, equivocados sobre a realidade o que leva ao sofrimento da pessoa.
Modelo Cognitivo entende que o pensamento é o mediador entre estímulo e resposta, ou seja, a presença de determinada situação causa um determinado pensamento automático (involuntário), que foi influenciado por toda sua ontogênese (crenças nucleares e intermediárias), este influenciará e desencadeará reações emocional, comportamental e física. Acredita também que a modificação de um desses componentes, pode iniciar modificações nos demais. Como mostra a cena que a Riley fica frustrada ao conhecer seu quarto novo, chegando a pensar que o rato morto na sala está em melhores condições que ela. Seu sentimento muda quando ela substitui seu pensamento automático por outro, e começa a imaginar como seu quarto ficará bonito após ser decorado, assim sente-se melhor.
A Terapia Cognitivo Comportamental é ilustrada na cena que a Alegria tenta animar a Tristeza. Nesta cena destaca também a importância do terapeuta em manter a Modéstia Intelectual, que é baseada na igualdade entre paciente e terapeuta, onde mesmo havendo a interpretação do terapeuta esta sempre será apresentada ao paciente em forma de hipóteses, para que este chegue a sua própria conclusão. Destaca também a Técnica Questionamento Socrático que através do Empirismo Colaborativo, terapeuta e paciente investigam juntos quais são os tipos e evidências que sustentam as crenças nucleares do paciente. Na cena a terapeuta é representada pela Alegria e a paciente é a Tristeza, através do diálogo ambas investigam quais são os pensamentos causadores do sofrimento e quais os que lhe fazem bem. Alegria explica a importância de pensar de maneira positiva e ensina Tristeza como mudar seus pensamentos negativos e ainda que não tenha acabado com o sofrimento dela, lhe proporcionou alívio.
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