RESENHA FILME DIVERTIDAMENTE - A LUZ DA TEORIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
Por: camilagules • 2/5/2019 • Resenha • 663 Palavras (3 Páginas) • 3.409 Visualizações
Resenha sobre o filme Divertida Mente
O filme relata a história de uma garotinha chamada Riley, onde sua vida é guiada por suas emoções. Logo que Riley nasce, a Alegria é formada, sendo esta a que comanda o painel de controle do cérebro, dividindo posteriormente o espaço com a Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo.
A Alegria se esforça ao máximo para que a menina tenha ótimos dias e memórias felizes. Porém, as coisas começam a mudar quando a personagem, já com 12 anos, se muda com sua família para uma outra cidade e a Tristeza acaba tocando em uma das memórias bases da garota. Essas memórias bases, são as responsáveis pela constituição das “Ilhas da Personalidade” de Railey.
A Alegria, afim de proteger as demais memórias bases, é sugada e lançada acidentalmente, juntamente com a Tristeza, para fora da central, deixando as demais emoções no comando. Através disso, as coisas acabam perdendo o domínio e afetando as “Ilhas da Personalidade” que constituem as características pessoais da personagem.
Alegria e Tristeza têm a missão de retornar à central e reparar o erro, para isso acabam passando por estruturas como: o “lixão das memórias”, memórias de longo prazo, “fábrica” de sonhos, entre outros. Enquanto isso, Nojinho, Raiva e Medo assumem a administração do cenário, fazendo com que Riley tenha dias desagradáveis e produza memórias ruins. A medida que sua vida fica sem cor e sem alegria alguma, a sua relação familiar torna-se turbulenta. Essas situações colaboram para que as suas “Ilhas da Personalidade” sejam abaladas e destruídas.
Alegria e Tristeza retornam à central e normalizam a situação e reconhecem a importância de cada emoção presente ali. Após isso, o painel de controle se torna mais complexo e novas “Ilhas da Personalidade” são criadas, visto que a personagem se torna adolescente e acaba vivenciando novas experiências.
Através do filme é possível observar teorias trabalhadas em aula. Uma delas é a da Aprendizagem Social, de Bandura, onde as emoções (Tristeza, Raiva, Nojinho e Medo) percebem que a Alegria exerce bem a sua função e em alguns momentos eles disputam para mexer do painel de controle para também executar seu papeis.
A Teoria dos Traços pode ser relacionada às “Ilhas da Personalidade”, onde as características da personalidade são formadas pelas principais vivências do indivíduo.
Também é possível observar a teoria do Condicionamento Operante, de Skinner, no momento em que o pai coloca Riley de castigo durante a janta a fim de que a filha diminua a revolta, o que não acontece. Ou seja, aconteceu um Reforço Positivo.
A Teoria do Constructo, de Kelly, também pode ser percebida no decorrer do filme. Principalmente nos momentos em que as emoções, dos personagens (mãe, pai e filha) durante a cena da janta, interpretam e agem de forma diferente um dos outros. Através dessa teoria, também é possível notar que a Alegria pode ser vista como “Impermeável”, pois ela evita que as outras emoções exerçam suas funções.
Por meio da Teoria Cognitivo Comportamental, de Beck, é possível observar a tríade cognitiva das emoções. Por exemplo a do Medo, onde para ele o mundo e o futuro são ameaçadores. Já a Tristeza percebe ela que só prejudica Riley e vê o mundo e futuro como algo sem graça. Riley passa a ver a si, o mundo e o futuro de acordo com a emoção que assume o painel de controle.
Através do presente filme, foi possível ter uma nova percepção, um “olhar psicológico”, diferente de quando se assiste um filme sem um objetivo de compreensão. Pode-se considerar este como um material muito interessante para compreender, de forma básica e lúdica, os processos que ocorrem em nosso cérebro e para perceber a importância de cada emoção em nossa vida. Por se tratar de uma animação, acredito que para uma criança, seria difícil ela ter tal entendimento, embora ela consiga identificar as reações causadas pelas emoções.
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