Resenha Filme O Primeiro da Classe

Filme O Primeiro da Classe

O filme inicia com Brad relatando como era sua vida quando criança, ele começa falando que ele e sua companheira, não gostavam da escola, não tinham muitos amigos e sofria Bullying dos seus colegas, seus professores, segundo ele, o olhavam atravessado também. Descobrimos então que a “companheira” a que Brad se refere são seus “tics” que são sons involuntários que emite a todo momento juntamente com alguns espasmos que apareceram pela primeira vez aos 6 anos. A princípio não tinha um nome, era visto como um jeito de chamar a atenção, até mesmo pelos psicólogos.

Fica claro como a síndrome afeta seu dia a dia, por onde Brad passa, atrai olhares de todos a sua volta. Em uma entrevista de emprego, nota-se o desconforto da entrevistadora com os barulhos estranhos que são emitidos pelo protagonista. Brad então faz questão de comentar o que ele chama de o “elefante na sala”, e explica como lida com isso em sala de aula.

O filme se passa em dois tempos diferentes, passado e presente, e é narrado pelo próprio personagem.

Brad não tem um diagnóstico correto quando criança, pois seus “tics” são considerados mau comportamento, inclusive por médicos, professores e até seu pai que não demonstra paciência com Brad e o repreende todas as vezes que ele tem o que considera um comportamento estranho. Brad começa a se sentir culpado pelo trabalho que dá principalmente a sua mãe que após o divórcio, passou a cuidar dos 2 filhos sozinha a maior parte do tempo, já que seu pai morava longes deles. Após uma reclamação da escola sobre o mau comportamento de seu filho, a mãe de Brad começou a pesquisar por conta própria em livros de medicina e finalmente consegue encontrar uma explicação para a situação, os “tics” de Brad ganha então um nome: Síndrome de Tourette. Sua mãe leva sua descoberta ao psicólogo de Brad que afirma nunca ter visto um caso parecido e reconhece que poderiam está tratando a situação de forma errada todo o tempo.

Seu pai finalmente acredita que seu comportamento estranho não é proposital, mas, Brad demostra certa tristeza porque seu pai nunca acreditou nele, que ele teria sucesso em sua vida. Durante toda sua infância, os únicos que pareceram está do seu lado e compreende-lo, foram sua mãe e seu irmão.

Aos 12 anos, sua mãe tentou colocá-lo em um grupo de apoio para pessoas com a síndrome de Tourette, mas sua experiência não foi muito agradável, pois viu que diferente dele, aquelas pessoas eram isoladas da sociedade por suas famílias ou por vontade própria e segundo sua visão, deixavam sua doença vencer. Nesse momento, Brad decide que não se permitiria ser como eles, que não seria refém de sua condição.

Um dia, o diretor pergunta a Brad para que serve a escola, Brad começa a se desculpar pela interrupção durante as aulas, então o diretor fala que a escola é um lugar para educar, para usar o conhecimento e acabar com a ignorância, ele pergunta se o garoto irá ao concerto da orquestra do colégio, Brad nega, pois diz que seus “tics” estragam a música, o diretor diz que quer que o garoto vá ao evento. Após o concerto na escola, o diretor pergunta as pessoas presentes se elas ouviram algum som irritante durante a música, após afirmarem que sim, ele apresenta Brad e o chama até o palco, então pela primeira vez, Brad tem a oportunidade de explicar sua doença e como suas crises pioram em momentos de tensão, e que melhoram quando ele se sente aceito. O diretor pergunta o que as pessoas podem fazer para ajuda-lo e ele diz que só quer ser tratado como todo mundo, após um momento de silêncio, os alunos começam a bater palmas para Brad demonstrando aceitação, ele então se vira para o diretor com um sorriso no rosto e como narrador, diz que com poucas palavras e com um pouco de educação, foi como se abrisse uma porta para um novo mundo. Desde o princípio, Brad demonstra que seu grande desejo, é se tornar um professor.