Resenha Livro Amar e Ser Livre

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ACADÊMICA: Gabriela D. S. Gattringer

Resumo do Livro: Amar e Ser Livre

Autor: Sri Prem Baba

As relações representam um aspecto fundamental para a evolução da consciência humana. Em contato com o outro, descobrimos diversos aspectos da nossa personalidade que estão reprimidos, ou seja, negados ou escondidos dentro de nós.

A energia vital, entendida como o principio que rege a vida ou fonte de êxtase, em algum momento pode vir a sofrer uma interferência, um bloqueio, ou uma perturbação. Isso acontece quando a sexualidade é ativada e começa a se manifestar na criança através da sua espontaneidade, que a partir do momento que começa a ser reprimida, o medo e o ódio começam a se instalar.

Um ponto importante é quando começa a sentir atração pelos pais (Complexo de Édipo), porém, alguns pais não sabem lidar com isso e simplesmente tentam eliminar esse impulso, causando a dor e o rompimento com a essência. Tentamos preencher esse vazio de diversas maneiras, mas só poderá ser aliviado através da energia sexual que por fim, ativará alguns mecanismos de defesa como a negação, repressão e as máscaras.

Para conseguir reconverter a energia vital distorcida, é preciso encarar a maldade, enxergando a dor por trás dela e tentar ressignifica-la. Isso é possível quando observamos as situações negativas que se repetem no decorrer da vida, ou seja, a psique fica fixada nesse ponto atraindo aquela situação. Existem muitas camadas de energia distorcidas encobrindo nosso verdadeiro eu e só poderão ser liberadas quando examinarmos as nossas insatisfações, temos consciência das nossas fantasias ou tendências sexuais, conseguir identificar nosso prazer no desprazer e, principalmente a harmonização com o pai e a mãe.

A mãe é o primeiro portal da estruturação da consciência. O segundo portal é o pai que é reconhecido mais tarde e o terceiro portal é Deus, que geralmente é uma projeção dos pais, uma representação mental. Para que ocorra a harmonização é necessário compreender sua relação com essas figuras que fizeram parte da sua formação e liberar os sentimentos negados que sustentam a identificação com a criança que acredita não ter sido amada na infância. A carência está relacionada à mãe, mesmo que o pai também tenha sua parte. Conforme a criança vai evoluindo e amadurecendo no processo de cura, ela pode ressignificar seu nascimento.

O “outro” também possui grande importância para os relacionamentos. Ele nos fornece um portal para um tipo de conhecimento que nos permite enxergar a verdade. Quando nos apegamos a um relacionamento que já não promove o nosso crescimento, significa que estamos presos ao vício da codependência, ou seja, dependendo do outro para ser feliz. Mas isso não é real. A felicidade está no encontro com Deus – O seu coração. O outro é somente uma forma para que você possa se voltar para o seu coração.

O autoconhecimento nesse caso é fundamental. É preciso ter consciência dos nossos mecanismos de defesa, das nossas carências e maldades. É preciso purificar o coração para que a felicidade se manifeste. Um dos maiores obstáculos é a luxúria que se manifesta de diversas maneiras, desde as mais grosseiras até as mais sutis.

A palavra luxúria é empregada para expressar um desejo passional ou exagerado pelo ato sexual. E, nesse caso é utilizada com o objetivo de poder sobre o outro, bloqueando a capacidade de amar. A única forma de sair da luxúria é o autoconhecimento, compreendendo quem de nós deseja o outro e o que queremos do outro.

Somos constantemente chamados a tomar consciência das partes negadas da nossa personalidade, para então purifica-las, porque sem isso não podemos encontrar a fonte do amor dentro de nós mesmos – Sem revelação não há intimidade. Sem intimidade não há aprofundamento do amor - Ao evoluirmos no processo de purificação começamos a encontrar a verdadeira autoconfiança que nos permite percorrer o caminho da ascensão.

Portanto, para nos transformarmos, precisamos ter disposição para olhar nossos defeitos. Precisamos ir além do orgulho e de todos os seus desdobramentos para encontrar a humildade de nos mostrar ao outro e também para receber a revelação dele.

Ao receber a revelação do outro, muitas vezes, deixamos de admirá-lo porque, na verdade, estávamos projetando nele partes nossas que não queríamos entrar em contato.

Aí surge o Novo Casamento e uma das suas principais regras é que nele não existe o jogo de acusações. Ele é um ideal elevado de relacionamento, com o objetivo de despertar o amor incondicional. A solução para todos os males da humanidade está na cura das relações, principalmente entre o feminino e o masculino. Podemos dizer que a chave para a transformação planetária encontra-se na sexualidade. Nesse sentido, o Novo Casamento possibilita um amplo campo para a evolução através desse aspecto da consciência despertando a verdadeira liberdade.