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Resenha livro erving

Por:   •  7/10/2015  •  Resenha  •  832 Palavras (4 Páginas)  •  331 Visualizações

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RESENHA

A obra ora resenhada é de autoria de Erving Goffman, um estudioso/cientista social. No livro o Autor elaborou sua obra baseado em estudos de casos práticos, na forma de relatos por pessoas estigmatizadas, também fundamentou sua obra baseado em outros tantos autores que na sua forma trabalharam sobre o assunto, porém, o que difere seu livro dos outros, é o seu interesse e comprometimento com a analise e ligação do caso real social com a teoria.

O autor através da presente obra faz um estudo cientifico social dos conceitos de estigma e a identidade social. Primeiramente o autor apresenta o conceito de estigma, como sendo, algo que não é habilitado perante a aceitação social plena, ou seja, pessoas ou situações que aos olhos dos “normais” (termo usado pelo autor, para diferenciar as pessoas estigmatizadas das que não o são, e a qual será usada nessa resenha no mesmo sentido) não são naturais e aceitáveis. Ao longo do livro, o autor traz a voga diversas declarações e relatos de pessoas que por alguma razão, seja ela, física, mental ou de caráter, encaixam-se nesse conceito de estigma, e as quais relatam suas experiências quando do contato com as outras pessoas normais.

No contexto literário da obra, analisa-se pelo autor, quais as reações e efeitos da socialização dos estigmatizados na interação social, no decorrer da obra, também, se analisa as diferentes reações quando do estigma ser identificável a primeiro plano, ou quando não. Dessa forma, seguindo, o autor apresenta a dificuldade que os estigmatizados tem em reconhecer sua identidade social, pois, por vezes, acabam por não conseguir encontrar-se, assim não conseguindo transmitir sua real identidade social, o que na maioria das vezes os leva a conviver com pessoas iguais a elas, o que ilusoriamente os torna aceitáveis, ou até mesmo, os leva a fugir da convivência pessoal e social, se trancando em sua próprio mundo, usando isso como uma válvula de escape a assumir sua real identidade, o que pelo autor é definido como desvios, ou até mesmo tentam de todas as formas controlar as informações, não expondo aos outros seu eu real, tentando disfarçar o estigma para tentar ser considerado como normal aos olhos dos normais.

 Mais adiante, o Autor trata das relações dos estigmatizados com o seu próprio eu, que seriam os casos de aceitação própria, é nesses casos que há a confusão na identidade social do individuo, e nesses momentos também, que surgem os desvios, ou seja, são os casos de não aceitação em que o individuo estigmatizado, desvia de tudo e de todos, focando seu social e pessoal somente no “defeito” que o acoberta.

No decorrer da presente obra, pode-se observar que o autor demonstra que o estigma é algo imprevisível, e que pode ser acometido a qualquer pessoa normal, e isso me leva a pensar que somos nós, os ditos normais, que criamos estigmas, e somos nós que não sabendo lidar com o estranho, acabamos por excluir aquele diferente de nós, quando seria tão mais fácil, compreender que o estigma poderá nos acometer, e que não seria correto separar as relações sociais por estigmas.

O autor apresenta vários conceitos e estudos, porém, é difícil identificar qual o seu real posicionamento, por vezes é possível afirmar que ele tem um maior interesse e apreço pelos estigmatizados, focando seu posicionamento na dificuldade de identidade social e própria aceitação pelo estigmatizado, porém, ao mesmo tempo o autor aponta de forma genérica a culpa indireta que a sociedade e as pessoas tidas como normais tem em relação a criação de estigmas, e nesse ponto concordo com o Autor, pois acredito que o problema maior, está nas pessoas em aceitar o diferente, o ser humano, não gosta de mudar algo que já esta consolidado, tem medo por muitas vezes, e quando se deparam com alguém, que lhe é diferente aos olhos, não consegue admitir e entender que o estigmatizado pode ser tão bom, ou até melhor que ele mesmo não tendo, por exemplo, uma perna, e é com receio dessa indiferença e ignorância dos normais, que aos indivíduos estigmatizados, em relações sociais, em diversas vezes os mesmo tendem a desviar, a esconder suas limitações, para assim parecerem iguais aos normais, e assim não serem diferenciados.

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