Revisão da psicologia escolar (estudo histórico e cultural introdutório)
Seminário: Revisão da psicologia escolar (estudo histórico e cultural introdutório). Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amarin • 11/11/2014 • Seminário • 925 Palavras (4 Páginas) • 501 Visualizações
Resenha sobre psicologia escolar ( Estudo histórico-cultural introdutório)
MIRANDA, Marília Gouvêa. O processo de Socialização na escola: a Evolução da Condição Social da Criança. In: LANE, S. & CODO, W. Corgs. Introdução a Psicologia Social: O Homem em Movimento, Ed. Vozes. p. 125 – 135.
O texto estudado mostra uma realidade presente na atuação dos profissionais na área da educação e na escola. Um aspecto importatne é o fato de existir diferentes enfoques teóricos e metodológicos no processo de socialização na escola, onde as concepções que se tem em torno do assunto não passa por atualizações, redefinições e questionamentos contínuos, levando aos profissionais (psicólogos e pedagogos), terem uma visão equivocada, acrítica e destituída do caráter histórico e socialmente determinado.
A ausência dessa visão sócio-histórica leva a uma idealização na idéia de infância, a finalidade da escola, as relações entre crianças, escola e sociedade e o próprio processo de socialização.
A idéia de infância que temos hoje foi adquirida através de uma reestruturação social que ocorreu apos a idade média junto com a vinda da Burguesia e o capitalismo, a partir do século XVIII. Anteriormente na idade média a criança era criada e convivia junto com os adultos, não existia o sentimento de família privada, e todas elas se socializavam na dia a dia com as atividades que repetiam ao verem os adultos fazerem como, jogos, trabalho, a socialização acontecia no convívio com a sociedade.
Com a vinda do capitalismo, a aprendizagem social deixa de ocorrer dessa forma e é substituída pela educação escolar, conjuntamente a isso os pais passam a se sentirem totalmente responsáveis pela formação moral de seus filhos, nascendo assim o sentimento de família privada, união afetiva entre o casal, pais e filhos.
Assim a idéia de infância como natural, a idéia de natureza infantil e a visão que temos hoje da criança, como um ser puro e ingênuo, frágil e com necessidades de cuidado para não se corromper foi trazida e determinada socialmente pelos interesses da burguesia determinada pela organização social capitalista. Não existe portanto uma natureza infantil, mas uma condição de ser criança socialmente determinada por fatores que vão do biológico ao social, produzindo uma realidade concreta. A independência da criança é um fato social e não um fato natural.
Tanto a pedagogia tradicional, quanto a pedagogia nova tem a percepção de infância equivocada, sendo uma visão naturalista e biológica de infância, desconsiderando a condição histórico-social da criança.
A psicologia moderna, que vem ao auxilio da pedagogia nova é igualmente individualista, naturalista e biológica.
Não se pode supor, como a psicologia quase sempre faz, um desenvolvimento social individualista que depois se amplia, se integra ao mundo social adulto. Desde sempre a criança já sofre um processo de socialização através do qual a sua origem social de classe, determina sua condição de ser social.
A psicologia quase sempre estuda os fatores como a "influência do meio", tenta entender, como a criança se socializa, esquecendo que o processo de socialização da criança é concretamente determinado pela sua condição histórico-sócial.
A escola que veio com o surgimento do capitalismo toma pra si mesmo a responsabilidade de ensinar a criança, assim é interrompido o processo de aprendizagem social, que antes ocorria através do convívio direto com os adultos. A criança que antes, era livre e tinha um convívio direto com os adultos e a sociedade, agora possa a ser separadas e ser vista como
...