Satisfação no trabalho

Satisfação e saúde no trabalho – Aspectos conceituais e metodológicos

O artigo busca mostrar a relação do conceito entre saúde e satisfação no trabalho, apresentando uma visão sobre conceitos e modelos teóricos, relacionados sobre a satisfação no trabalho, fazendo esta abordagem relacionada com a saúde do trabalhador.

E visto que o ambiente psicossocial no trabalho, engloba as relações sociais e de trabalho, ou seja fatores psicossociais no trabalho são aqueles referidos à interação no ambiente de trabalho, condições organizacionais e habilidades do trabalhador etc.

O modelo de satisfação no trabalho tem sido visto de diversas maneiras, dependendo do referencial teórico adotado.

A satisfação no trabalho é vista de muitas vezes como sinônimo de motivação, como atitude ou como estado emocional positivo.

A diferença entre motivação e satisfação é claramente assinalada por Steuer (1989) , ao explicar que a motivação manifesta a tensão gerada por uma necessidade e a satisfação expressa a sensação de atendimento da necessidade.

Outros autores optam por adotar a distinção entre satisfação e insatisfação estabelecida na teoria da motivação-higiene, que considera satisfação e insatisfação no trabalho como fenômenos distintos de natureza diversa, onde a insatisfação e determinada pela carência fatores extrínsecos ao trabalho ou “fatores de higiene” ( remuneração, supervisão, ambiente de trabalho) e a satisfação é determinada pelos fatores intrínsecos ao trabalho ou a “fatores motivadores” relacionados ao conteúdo do trabalho e aos desafios das tarefas (Araújo,1985;Coda 1986,Licht1990;Paula? 1990;Perez Ramos,1980

Em relação a satisfação no trabalho como estado emocional, observam-se dois aspectos relacionados a satisfação no trabalho: Um componente cognitivo, que esta relacionado ao que o indivíduo pensa e as opiniões sobre o trabalho, e um segundo componente afetivo ou emocional, que esta relacionado no bem estar da pessoa diante do trabalho, sugerindo que a satisfação no trabalho e baseada parcialmente no que o indivíduo pensa e parcialmente no que o indivíduo sente( Wriget e Cropanzano,2000; Zalewska,1999).

Psicopatologia e psicodinâmica do trabalho

O sofrimento no trabalho é abordado por Djours, por meio da noção de carga “ psíquica” referidos aos elementos afetivos e relacionais da carga mental do trabalho, onde a carga mental esta ligada a fenômenos de ordem neurofisiológicas e psicológicas .

No entanto se um trabalho é livremente escolhido e organizado, ele oferece vias de descarga da carga psíquica, e portanto é um trabalho equilibrante, estruturante. Se não permite descarga da energia psíquica acumulada, torna-se fonte de tensão e desprazer, a carga psíquica origina a fadiga e, a partir daí a patologia.

Segundo Djours 1987, considera a insatisfação no trabalho como uma das formas fundamentais de sofrimento do trabalhador. Tal insatisfação pode ser decorrente de sentimentos de indignidade pela obrigação de realizar uma tarefa desinteressante e sem significado.

Neste sentido o trabalho e visto como uma das mais importantes