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Suicidio: Uma questão de Saúde Pública e Um desafio para a Psicologia Clinica

Por:   •  20/11/2015  •  Resenha  •  1.297 Palavras (6 Páginas)  •  884 Visualizações

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

RIGO, S. C. SUICÍDIO: Uma Questão de Saúde Pública e Um desafio Para a Psicologia Clínica. In: Conselho Federal de Psicologia. O Suicídio e os Desafios para a Psicologia. 1. ed. Brasília: CFP, 2013. 30-40 p.

Anilda Freitas de Sousa Córdova Piauilino

INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (1987), é Psicanalista e especialista em Psicologia Hospitalar, Idealizadora, fundadora e coordenadora do Núcleo de e Prevenção do Suicídio – NEPS, desde 2007. Atua também como psicanalista em consultório próprio. Tem experiência na área da Psicologia Clinica e Psicologia Hospitalar com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica, principalmente na área de depressão e suicídio. É membro-docente da Associação Cientifica Campo Psicanalítico, membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano do Brasil – Fórum Salvador, e membro Internacional dos Fóruns. Integra o GT13 – Grupo de Trabalho sobre Suicídio da ULAPSI – União Latino Americana de Psicologia.

RESUMO DO TEXTO

A autora fala neste texto sobre suicídio e nos apresenta múltiplas informações sobre o que vem sendo desenvolvido a 22 anos a respeito do suicídio. Ela nos apresenta o Nesp, que é uma instituição pública que disponibiliza acompanhamento psicológico, psiquiátrico e terapia ocupacional; com a família; promove reuniões sobre depressão e suicídio.

O suicídio é classificado pelo Código Internacional das Doenças (CID-10), como morte violenta por causas externas, isto é, não decorrente de doenças. Por não haver uma explicação universal para o ato suicida torna necessário, para compreendê-lo, levar em conta três fatores: que são os atuais e externos ao sujeito, os relacionados à sua historia e os transtornos mentais preexistentes e o contexto sociocultural do ato.

O suicídio é uma manifestação humana, uma forma de lidar com o sofrimento, uma saída para livrar-se da dor de existir. É um fenômeno que vem ganhando proporções alarmantes que ultrapassam um milhão de mortes por ano no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Mais da metade das mortes violentas no mundo são em decorrência do suicídio com números que apontam em torno de três mil mortes por dia no mundo, se considerarmos que metade das pessoas que se suicidam, realizam uma tentativa anterior, isso faz da tentativa de suicídio um importante fator de risco do suicídio. Por essa razão, o tratamento de pessoas que tentaram contra a sua vida se torna uma ação essencial na prevenção do suicídio.

A grande incidência de acordo com alguns estudos é nos casos de depressão, esquizofrenia, alcoolismo. A depressão, por sua vez, figura como a mais prevalente entre esses transtornos. Os estudos mostram que nem todos deprimidos se suicidam e nem todas as pessoas que cometeram suicídio estavam com depressão.

O sujeito humano está sempre tentando encontrar um objeto capaz de preencher seu vazio existencial. Nesse movimento, encontra e elege um objeto, elevando-o à categoria de ideal, acreditando que esse ideal poderá tamponar sua falha estrutural. Na incessante procura de preencher sua falta estrutural, o sujeito idealiza um objeto, com o qual se liga, experimentando a falsa idéia de completude. Para alguns sujeitos, entretanto, sua ligação a um objeto torna-se vital, de tal modo que ela se desfaz,seja pela morte, perdas ou abandono do objeto e expões o sujeito a sua completude.

A depressão, portanto, está geralmente associada à situação de perda do objeto idealizado, que pode ser experimentado como abandono, decepção, desapontamento e ilusão. É observado em crianças, adolescentes e jovens que a de pressão é desencadeada pela incapacidade em atender as exigências do ideal eleito por eles. Nua sociedade capitalista onde o discurso se caracteriza por um gozo de satisfação em que não há lugar para tristeza, para falha ou mesmo para a dor. E a família, como núcleo social exigindo que seus jovens sejam bem sucedidos, que se tornem ícones de seu tempo. É de se esperar que num contexto em que não é permitido falhar, errar, muitas crianças e jovens sentem incapazes de atender a essa demanda, a essa expectativa do sucesso se refugiando numa depressão e, por sua vez, se precipitando num ato suicida.

Segundo Lacan a angústia é o único afeto que não engana, visto que é real e experimentado no corpo. A clinica estabelece uma diferença entre o ato suicida cuja intenção de morte é incontestável daquela em que o sujeito inconscientemente deseja fracassar. A psicanálise vai denominar de acting out e de passagem ao ato. Entretanto, seja num acting out ou uma passagem ao ato, o que está em jogo é o sofrimento do sujeito, impossível de ser mensurado. O psicólogo ou qualquer outro profissional da saúde precisa estar ciente de que independentemente do tipo de ato, o paciente deve ser tratado com respeito e dignidade.

A ordem médica, em consonância com sua ética, baseiam sua prática no principio de que

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