TEMA: FAMÍLIAS
Por: DIcamargo • 23/6/2015 • Trabalho acadêmico • 4.947 Palavras (20 Páginas) • 278 Visualizações
FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS – FIO
DISCIPLINA: SEMINARIO
PROFESSORA: DÉBORA
TRABALHO PARA: APRESENTAÇÃO
TEMA: FAMÍLIAS
DATA DE APRESENTAÇÃO: 03 DE JUNHO DE 2015.
DURAÇÃO DO SEMINARIO: 1 HORA E 30 MINUTOS
INTEGRANTES: ADRIANA NUNES, DIEGO CAMARGO, FRANCIELE MOURA, JANETE GODOI, MARIA FERNANDA, MÔNIA ARANTES, RAFAELA SIQUEIRA.
FAMÍLIAS
Introdução
O que é família?
Verifica-se que o conceito de família “natural”, instituída pelo formalismo, constituída durante o Império Romano, vem perdendo cada vez mais espaço, dando origem ao novo conceito de família, pautados pelo afeto e pela dignidade da pessoa humana. Família é o vinculo mais intimo que temos, é a base e o alicerce. Poucas pessoas conhecem a origem do termo “família”, seus aspectos primordiais, passando a intitular que a família é qualquer união que de fato exista. Contudo, a família em si é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência e do bem-estar do ser humano na sociedade. Como disse Amy Swerdlow quando afirma: “O conceito de família é uma parte tão importante da nossa herança psicológica e cultural que a simples menção do termo invoca intensas emoções”.
Conceito
Fazendo um estudo etimológico da palavra família percebe-se que advém da expressão latina famulus, que significa escravo doméstico, que designava os escravos que trabalhavam de forma legalizada na agricultura familiar das tribos ladinas, situadas onde hoje se localiza a Itália. Inclusive, pode-se dizer que a família é a considerada a unidade social mais antiga do ser humano, a qual, historicamente, na pré-história, constituía-se como um grupo de pessoas relacionadas a partir de um ancestral comum ou através do matrimônio (vínculo sanguíneo). Em ambas as ocasiões, recebiam a denominação de clã.
É na família que temos o amparo e a preparação de como nos comportar em sociedade. Prepara-nos para o que o mundo nos oferece. Aprendemos que a educação é uma das maiores qualidades do ser humano, que as crenças nos guiam e nos fortalece na compreensão do nosso dia a dia, muitas vezes nos tornando fortes para lidar com determinados acontecimentos, por fim valores e princípios que nos passam de geração em geração para não perdermos o foco e nem nossa essência. Mais ao falarmos de um assunto tão amplo, paramos para pensarem quantos tipos de família estamos nos referindo?
Todos nós pertencemos a algum tipo de família, nossas reflexões sobre ‘família’, por mais objetivas que sejam, estão inevitavelmente marcadas pela nossa própria experiência, tanto nas nossas famílias de origem quanto naquelas que constituímos com nossos companheiros e filhos. A “Família” pode referir-se a um grupo de indivíduos que se reconhecem ou que são reconhecidos como ‘parentes’.
Conceito Sócio Histórico
A evolução da família desde os primórdios, na dita pré-história, época em que pode ser dito que o ser-humano iniciou sua jornada, a família já constituía a principal das bases tanto do ser-humano, como da sociedade. Afinal, nesta época, a mulher realizava trabalho nas cavernas (que eram consideradas as residências), como cultivava na terra. Inclusive, a importância da terra era tamanha, que era feita uma analogia da fertilidade da mulher com a terra que esta cuidava. Lado outro, aos homens era destinado às funções da segurança da família (o caráter protetivo, tendo em vista que neste momento existiam as guerras entre os clãs) e a caça (que era considerado trabalho, pois os homens caçavam para comer ele e sua família, sobreviver).
Aliás, quanto ao papel do homem nesta época, leciona Cláudio Jannotti da Rocha, pode ser comparado até mesmo ao pensamento mágico:
“É desconhecido o motivo pelo qual os homens pré-históricos desenhavam nas paredes das cavernas. A ideia que mais prevalece é a que esses desenhos eram feitos por caçadores. Como num sentido mágico, eles poderiam interferir na captura de um animal desenhando-o ferido na parede, podendo dessa forma, dominá-lo com facilidade. Esse “pensamento mágico”, dito primitivo, pode ser comparado ao pensamento infantil, o qual as fantasias são a realidade psíquica predominante, os símbolos representam valores diferenciais, manipuláveis de acordo com o desejo (ROCHA, Cláudio Jannotti da. Dispensa Coletiva. 1ª ed. Belo Horizonte: RTm, 2011, p.27.)
Serão justamente as relações de parentesco sanguíneo (clã), é quem darão origem às primeiras sociedades humanas organizadas. Por isso, a denominação família surge a partir dessas organizações sociais.
Após a pré-história (dito comunismo primitivo), surge o escravismo. Neste momento, mais precisamente durante o Império Romano, a família sofreu uma mudança, através do desenvolvimento de sociedades mais complexas, na qual os laços sanguíneos eram cada vez mais dissolvidos entre a população. Ao contrário dos clãs, que se formavam a partir da relação de parentesco com um ancestral comum, a família natural romana originava-se através de uma relação jurídica, o casamento. Daí surge à expressão família natural, que abrangia apenas por um casal e seus filhos.
Uma mudança importante do clã para a família natural, é que enquanto que naquele modelo a mulher, trabalhava tanto em casa, como no cultivo de alimentos, neste a mulher passou-se a se concentrar geralmente somente dentro de casa, cuidando da família, em especial criando os filhos, a dita família natural foi incorporada pela Igreja Católica, que consumou o casamento em instituição sacralizada e indissolúvel, e única formadora da família cristã, formada pela união entre duas pessoas de diferentes sexos, unidas através de um ato solene, e por seus descendentes diretos, a qual permaneceu durante o feudalismo e perdura até o presente datal, no capitalismo. Todavia, a consanguinidade e a tradicional instituição do casamento (família natural), vêm perdendo espaço nas mais recentes doutrinas e jurisprudência, e até mesmo pela própria norma, por dois quesitos muito mais inquinados e apropriados à realidade: o afeto e a dignidade da pessoa humana. Diante destas ponderações, pode-se dizer que a família possui grande importância, tanto para os seus membros, como para a sociedade, servindo como um instrumento tanto de formação como de inclusão social.
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