TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO
Por: Ricardo Buosi • 12/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.075 Palavras (9 Páginas) • 238 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto De Ciências Humanas
Curso De Psicologia
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO
(T.D.A.)
JUNDIAÍ
2015
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO
(T.D.A.)
Trabalho apresentado como parte integrante da disciplina Neurofisiologia, do Curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP, ministrada pela Professora Dra. Jeanete Naves.
JUNDIAÍ
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................3
1. Aspectos médicos................................................................................................3
2. Aspectos Neurofisiológicos 5
1. TRATAMENTO, TERAPIAS 7
2. PAPEL DO PSICÓLOGO NO TRATAMENTO 9
3. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
INTRODUÇÃO
- Aspectos médicos
A atenção é de fundamental importância nas nossas vidas e, os transtornos a ela relacionados, causam grande prejuízo nas atividades, desde as mais comuns, até as mais complexas. Conforme Schwartzman (2001, p 5), aprender alguma coisa, tentar se concentrar em um determinado assunto, fazer força para não perder nada do que está sendo dito num determinado momento e várias outras atividades dependem, em grande parte, da possibilidade de manter nossa atenção voltada para aquele estímulo naquele momento, como exemplo é colocada a seguinte situação: imagine que você está em uma reunião cercado por inúmeras pessoas. Você está conversando com alguém sobre um assunto muito importante. Apesar do nível de ruído no ambiente ser muito elevado, apesar dos garçons que passam oferecendo bebidas, apesar de as pessoas que os cercam estarem se movimentando e falando sem parar, você consegue se concentrar no que está sendo dito pelo interlocutor. Para que você possa se manter ligado ao que seu interlocutor está falando é necessário que você ignore todos os outros estímulos que chegam ao seu sistema nervoso naquele momento. Está é uma das funções que os mecanismos relacionados ao que costumamos chamar globalmente de atenção podem garantir. Schwartzman (2001, p 7) aponta que certas pessoas não conseguem se dedicar a uma tarefa em presença de estímulos que as distraiam, como por exemplo, trabalhar escrevendo alguma coisa enquanto ouve música ou com aparelho de televisão ligado. Outros, entretanto, não terão nenhuma dificuldade em escrever um texto ouvindo música, com filhos fazendo barulho no cômodo vizinho ou o cachorro brincando a seu lado.
A tríade sintomatológica clássica da síndrome caracteriza-se por: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Independentemente do sistema classificatório utilizado, as crianças com TDAH são facilmente reconhecidas em clínicas, escolas e em casa. Salientam Rohde e Halpern (2004, p 64 e 65) que, a desatenção, a hiperatividade ou a impulsividade como sintomas isolados podem resultar de muitos problemas na vida de relação das crianças (com os pais e/ou colegas e amigos), de sistemas educacionais inadequados, ou podem estar associados a outros transtornos comumente encontrados na infância e adolescência. Portanto, para o diagnóstico do TDAH, é sempre necessário contextualizar os sintomas na história de vida da criança. Algumas pistas que indicam a presença do transtorno são: a duração dos sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade. Normalmente, crianças com TDAH apresentam uma história de vida desde a idade pré-escolar com a presença de sintomas, ou, pelo menos,um período de vários meses de sintomatologia intensa; a freqüência e intensidade dos sintomas. Para o diagnóstico de TDAH, é fundamental que pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade/impulsividade descritos acima estejam presentes freqüentemente (cada um dos sintomas) na vida da criança; a persistência dos sintomas em vários locais e ao longo do tempo. Os sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade precisam ocorrer em vários ambientes da vida da criança (por exemplo, escola e casa) e manterem-se constantes ao longo do período avaliado. Sintomas que ocorrem apenas em casa ou somente na escola devem alertar o clínico para a possibilidade de que a desatenção, hiperatividade ou impulsividade possam ser apenas sintomas de uma situação familiar caótica ou de um sistema de ensino inadequado. Da mesma forma, flutuações de sintomatologia com períodos assintomáticos não são características do TDAH; prejuízo clinicamente significativo na vida da criança. Sintomas de hiperatividade ou impulsividade sem prejuízo na vida da criança podem traduzir muito mais estilos de funcionamento ou temperamento do que um transtorno psiquiátrico; entendimento do significado do sintoma. Para o diagnóstico de TDAH, é necessária uma avaliação cuidadosa de cada sintoma, e não somente a listagem de sintomas. Por exemplo, uma criança pode ter dificuldade de seguir instruções por um comportamento de oposição e desafio aos pais e professores, caracterizando muito mais um sintoma de transtorno opositor desafiante do que de TDAH. É fundamental verificar se a criança não segue as instruções por não conseguir manter a atenção durante a explicação das mesmas. Em outras palavras, é necessário verificar se o sintoma supostamente presente correlaciona-se com o constructo básico do transtorno, ou seja, déficit de atenção e/ou dificuldade de controle inibitório. A apresentação clínica pode variar de acordo com o estágio do desenvolvimento. Sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade são mais freqüentes do que sintomas de desatenção em pré-escolares com TDAH. Como uma atividade mais intensa é característica de pré-escolares, o diagnóstico de TDAH deve ser feito com muita cautela antes dos 6 anos de vida. É por isso, entre outras razões, que o conhecimento do desenvolvimento normal de crianças é fundamental para a avaliação de psicopatologia nessa faixa etária. A literatura indica que os sintomas de hiperatividade diminuem na adolescência, restando, de forma mais acentuada, os sintomas de desatenção e de impulsividade.
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