Teste de Fluência Verbal
Por: Anderson Fonseca • 9/3/2019 • Monografia • 4.215 Palavras (17 Páginas) • 507 Visualizações
Marcilene Anacleto Melgaço
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Estudo de Confiabilidade do Teste de Fluência Verbal Alternada
Belo Horizonte
2019
Marcilene Anacleto Melgaço
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Estudo de Confiabilidade do Teste de Fluência Verbal Alternada
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentado à Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais como requisito básico para conclusão do curso de Psicologia.
Professor Orientador: Dr. Jonas Jardim de Paula
Belo Horizonte
2019
Revista para submissão: Neuropsicologia Latinoamericana
Categoria: Artigo Original
Título: Estudo de confiabilidade do Teste de Fluência Verbal Alternada
Autores: Marcilene Anacleto Melgaço¹; Jonas Jardim de Paula²
Afiliação: 1 Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte MG, Brasil; ² Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte MG, Brasil
Título Abreviado: Confiabilidade do Teste de Fluência Verbal Alternada
Título em inglês: Alternate Verbal Fluency Test Reliability Study
RESUMO:
INTRODUÇÃO: O Teste Fluência Verbal alternada é destinado à avaliação dos processos de fluência das palavras. Ele é composto por três etapas, onde o indivíduo submetido ao teste deve pronunciar o máximo de palavras que se recordar nas categorias frutas, animais e por último, à alternância de ambas as categorias. Para realizar o Teste de Fluência Verbal alternada, o sujeito precisa ter habilidade que envolve aspectos cognitivos relacionados à linguagem (expressiva, capacidade articulatória), acesso ao sistema de memória semântica, funções executivas (sobretudo flexibilidade cognitiva e memória de trabalho) e velocidade de processamento (DE PAULA, et al., 2015). A fluência do Teste de Fluência Verbal está relacionada a aspectos neurológicos, na capacidade do indivíduo em se comportar num padrão estabelecido de regras, no caso do TFV, produzir o maior número de palavras no período de sessenta segundos para cada uma das categorias (animais, frutas e as categorias animais e frutas de forma alternada), evitando repetições e/ou variações dessas categorias (ex: cachorro, cadela; boi, vaca). Proveniente de uma habilidade cognitiva complexa, a linguagem envolve processamento nos níveis semântico, fonético, fonológico, morfológico, lexical, sintático, pragmático e prosódico (FUENTES, et al., 2014). METODOLOGIA: Foram avaliados 44 participantes brasileiros de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, com qualquer grau de escolaridade. O critério de inclusão dos participantes ao estudo foi possuir o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) assinado. Cada um dos participantes foram submetidos a quatro aplicações do Teste de Fluência Verbal Alternada, sendo estas aplicações: 1ª aplicação, reteste em 15 dias, 30 dias e 45 dias. O critério de exclusão da amostra se deu aos participantes que não fossem submetidos ao reteste em até 5 dias da data agendada. Sendo assim, dos 44 participantes, 42 foram submetidos a 1ª aplicação e reteste de 15 dias, 33 participantes foram submetidos a 1ª aplicação, reteste de 15 dias e reteste de 30 dias e 33 participantes foram submetidos aos 4 momentos de aplicação do teste (1ª aplicação, reteste 15 dias, reteste 30 dias e reteste de 45 dias). RESULTADOS: A tabela 1 mostra os dados descritivos dos Testes de Fluência Verbal Alternada nos quatro tempos de testagem com resultados de média, desvio padrão, número mínimo e máximo de palavras. A tabela 2 mostra a correlação entre os tempos de aplicação. Quanto mais aplicações, mais a correlação e precisão nos mostram resultados fracos. A figura 1 representa o total de palavras ou pares obtidos nos 4 momentos do teste. Observa-se que, com exceção do momento 3 da categoria animais, os resultados foram crescentes a cada aplicação. A figura 2 mostra os diagramas de dispersão entre a primeira e as demais testagens nas três etapas do Teste de Fluência Verbal Alternada. Nota-se que apesar de haver uma linearidade há uma dispersão dos pontos cada vez maior a cada reteste. CONCLUSÃO: Quanto mais aplicações do Teste de Fluência Verbal Alternada o participante é submetido, menor a correlação com o desempenho, indicando assim aprendizagem com a tarefa. Assim, apesar do Teste de Fluência Verbal Alternada ser um dos principais instrumentos na avaliação de danos neurológicos e ser fidedigno naquilo que se propõe a medir, o mesmo é indicado para uma única aplicação, não sendo aconselhável retestes de 15, 30 ou 45 dias após a primeira aplicação.
PALAVRAS CHAVES: Teste de Fluência Verbal Alternada; Linguagem; Fluência Verbal; Memória Semântica; Confiabilidade Teste de Fluência Verbal.
ABSTRACT:
INTRODUCTION: The Alternate Verbal Fluency Test is used to evaluate the fluency processes of words. It is composed of three stages, where the individual undergoing the test should pronounce the maximum number of words to remember in the categories of fruits, animals and, lastly, the alternation of both categories. In order to perform the Altered Verbal Fluency Test, the subject must have an ability that involves cognitive aspects related to language (expressive, articulatory ability), access to the semantic memory system, executive functions (mainly cognitive flexibility and working memory) and processing speed (DE PAULA, et al., 2015). The fluency of the Verbal Fluency Test is related to neurological aspects, the individual's ability to behave in an established pattern of rules, in the case of the TFV, to produce the highest number of words in the sixty second period for each of the categories (animals, fruit and animal and fruit categories alternately), avoiding repetitions and / or variations of these categories (eg dog, dog, ox, cow). From a complex cognitive ability, language involves processing at the semantic, phonetic, phonological, morphological, lexical, syntactic, pragmatic, and prosodic (FUENTES, et al., 2014) levels. METHODOLOGY: We evaluated 44 Brazilian participants of both sexes, with a minimum age of 18 years, with any degree of education. The criterion of inclusion of the participants to the study was to have the signed Free and Informed Consent Term (TCLE). Each of the participants were submitted to four applications of the Alternate Verbal Fluency Test, being these applications: 1st application, retest in 15 days, 30 days and 45 days. The criterion of exclusion of the sample was given to the participants who were not submitted to the retest within 5 days of the scheduled date. Thus, of the 44 participants, 42 were submitted to the first application and 15 days retest, 33 participants were submitted to the 1st application, 15 days retest and 30 days retest, and 33 participants were submitted to the 4 test application moments application, retest 15 days, retest 30 days and retest 45 days). RESULTS: Table 1 shows the descriptive data of Alternate Verbal Fluency Tests in the four test times with results of mean, standard deviation, minimum and maximum number of words. Table 2 shows the correlation between application times. The more applications, the more correlation and precision show us weak results. Figure 1 represents the total of words or pairs obtained in the 4 moments of the test. It is observed that, except for moment 3 of the animals category, the results were increasing with each application. Figure 2 shows the scatter diagrams between the first and the other tests in the three steps of the Alternate Verbal Fluency Test. Note that although there is a linearity there is an increasing dispersion of points at each retest. CONCLUSION: The more applications of the Alternate Verbal Fluency Test the participant is submitted, the lower the correlation with performance, thus indicating learning with the task. Thus, although the Alternate Verbal Fluency Test is one of the main instruments in the assessment of neurological damage and is reliable in what it is proposed to measure, it is indicated for a single application, and it is not advisable to retests 15, 30 or 45 days after the first application.
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