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Testes Psicológico A

Por:   •  8/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  449 Visualizações

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HTP
Casa-Árvore-Pessoa
Técnica projetiva de desenho

INTRODUÇÃO

  • Informações sobre como uma pessoa experiencia sua individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar;
  • Estimula a projeção de elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento de comunicação terapêutica efetiva;

DESCRIÇÃO GERAL

Planejado para incluir, no mínimo, duas de 4 fases:

  • 1ª: desenhar a mão livre uma casa, uma árvore e uma pessoa (como adicional pode-se pedir que desenhe uma pessoa do sexo oposto);
  • 2ª: Inquérito posterior ao desenho, envolvendo uma série de perguntas relativas às associações do indivíduo  sobre aspectos de cada desenho;
  • 3ª: O indivíduo desenha novamente os desenhos de uma casa, uma árvore e uma pessoa (ou duas), dessa vez usando giz de cera ou lápis de cor;
  • 4ª: Perguntas adicionais sobre os desenhos coloridos;
  • Dependendo das fases incluídas: dura de 30 min a uma hora e meia;
  • Avalia-se sinais de psicopatologia existente ou potencial baseados no conteúdo, características do desenho, como tamanho, localização, a presença ou ausência de determinadas partes e as respostas do indivíduo durante o inquérito.

OBJETIVOS E APLICAÇÕES CLÍNICAS

  • Possibilita o acesso às reações do indivíduo a uma situação não estruturada;
  • Os desenhos estimulam o estabelecimento de interesse, conforto e confiança entre examinador e o cliente;
  • Propósitos diagnósticos: HTP fornece informações que relacionadas às outras técnicas e testes podem revelar conflitos e interesses gerais dos indivíduos, bem como aspectos específicos do ambiente que ele ache problemáticos;
  • Na terapia: os desenhos podem refletir mudanças globais no estado psicológico de um indivíduo

Princípios de uso

  • População: mais adequado para indivíduos acima de 8 anos de idade. Mais comumente aplicado em crianças e as diferenças entre as características de desenhos de adultos e crianças têm sido identificadas;
  • Usuários do teste: devem ter sido treinados e supervisionados na aplicação individual de instrumentos clínicos para crianças e adultos. Quem não tiver experiência na área de avaliação dos testes projetivos deve trabalhar com um supervisor clínico até que seja obtido um bom nível de concordância mútua na habilidade de aplicação e avaliação.

Protocolo de aplicação

  • Observações gerais
  • Proporção
  • Perspectiva
  • Detalhes
  • Uso geral das cores

INTERPRETAÇÃO

Atitude 

  • Comum: aceitação razoável;
  • Indivíduos hostis e com distúrbios orgânicos: dificilmente rejeitarão completamente o HTP;
  • Rejeição do desenho da pessoa: associações com dificuldades nas relações interpessoais; desperta mais associações no nível consciente; consciência corporal acentuada torna indivíduos desajustados pouco à vontade;

Tempo, latência, pausas

  • 3 desenhos: entre 2 a 30 minutos;
  • Rapidez incomum: livrar de uma situação desagradável;
  • Tempo excessivo: relutância em produzir algo ou significado emocional intenso envolvido;
  • Maníacos: podem demorar pela riqueza de detalhes irrelevantes desenhados;
  • Obsessivos-compulsivos: tendência de produzir meticulosamente todos os detalhes relevantes;
  • Mais de 30 segundos latência: potencial para psicopatologia, forte conflito;
  • Mais que 5 segundos de pausa: forte conflito (observar parte do desenho anterior, atual ou posterior à pausa).

Capacidade Crítica e Rasuras

  • “Nunca aprendi a desenhar”, “Isto aqui está fora de proporção” – excessivos: potencial para patologia (acompanhadas de ausência de tentativas para corrigir);
  • Autocrítica incluem: abandono do objeto não completado, apagar sem tentar redesenhar e apagar e redesenhar (com meticulosidade exagerada, tentativa de obter perfeição ou deterioração da qualidade da forma podem indicar patologia).

Comentários

  • Comentários escritos: nomes de pessoas, ruas, árvores, números ou outros elementos: podem indicar uma atitude compulsiva para estruturar a situação ou para compensar uma idéia ou sentimento obsessivo ativado por alguma coisa no desenho;
  •  Expressões emocionais persistentes de maior ou menor intensidade ou repressão de emoção sempre indicam desequilíbrio da personalidade, desajustamento ou problema orgânico.

Características gerais dos desenhos

  • Proporção
  • Perspectiva
  • Detalhes
  • Inquérito posterior ao desenho

Casa

  • Proporção
  • Perspectiva
  • Detalhes
  • Inquérito posterior ao desenho

Árvore

  • Proporção
  • Perspectiva
  • Detalhes
  • Inquérito posterior ao desenho

Pessoa

  • Proporção
  • Perspectiva
  • Detalhes
  • Inquérito posterior ao desenho

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

  • A técnica usada (em desenhos) atinge o nível do pensamento primitivo pictórico. Ele está no mesmo plano que o do próprio pensamento inconsciente... Parece que o afeto proveniente de uma figura alcança mais profundamente o inconsciente do que a linguagem, devido ao fato da expressão pictórica ser mais adequada ao estágio de desenvolvimento em que o trauma ocorreu; ela permaneceu mais dentro da amplitude do concreto e do físico do que a expressão verbal.
  • Estudos com pacientes de clínicas, pré e pós-cirúrgicos, esquizofrênicos submetidos à hemodiálise, crianças com paralisia cerebral, etc.

CONTEXTOS DE APLICAÇÃO

  • Pode ser utilizado em todos os contextos;
  • Manual: Inicialmente o HTP foi utilizado como uma medida de QI para adultos e tem sido usado na seleção de pessoal;
  • Relatos de pesquisa: estudo de caso (clínica, escolar e hospitalar), grupos específicos psicodiagnósticos ou médicos (saúde mental), populações não-clínicas procurando correspondência com medidas gerais da personalidade (em todos contextos).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS DO MANUAL

  • Validade: estudos com o HTP em 109 crianças, sendo 32 que sofreram abuso físico (em tratamento), 32 (em tratamento) e 45 crianças bem ajustadas: ¼ das crianças que sofreram abuso incluíram 4 ou mais características: fumaça na chaminé da casa, ausência de janelas no andar térreo da casa, cabeça da pessoa maior que ¼ da altura total, pés omitidos, desenho de pessoa feito apenas com formas geométricas e membros da pessoa muito assimétricos.
  • Validade: Abuso sexual (4 estudos): nuvens em qualquer desenho, genitais desenhados na pessoa, mãos muito grandes, olhos da pessoa enfatizados e muito grandes, olhos da pessoa pequenos ou omitidos, pernas da pessoa juntas e pressionadas à outra, árvores fálicas, sombreamento da face, do corpo, dos membros, das mãos ou do pescoço da pessoa, formas triangulares enfatizadas no desenho da pessoa, ênfase vertical no desenho da casa.

ATUALIZAÇÕES

  • Estudos associados à obesidade (Santos, Peres e Benez, 2002);
  • Estudos de validade com avaliação da auto-estima (Silva e Villemor-Amaral, 2006);
  • Estudos de identificação de abuso sexual (Deffenbaugh, 2003).

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