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Trabalho

Por:   •  16/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.279 Palavras (10 Páginas)  •  176 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A ESCOLA COM QUE SEMPRE SONHEI SEM IMAGINAR QUE PUDESSE EXISTIR – RUBENS ALVES O livro de Rubens Alves apresenta a escola da Ponte, uma escola localizada em Portugal, mostrando a realidade à modernidade, a escola dos sonhos de qualquer aluno, sem defeitos, alunos e professores unidos pela mesma causa: a aprendizagem, onde todos são iguais sem distinção. Na escola da Ponte todos se conhecem, se tratam bem, não há turmas, nem alunos convencionais, todos se ajudam. Professores orientando alunos e alunos orientando aqueles que têm mais dificuldade de aprendizado, ou seja, os educadores da escola da Ponte são as próprias crianças, elas estão prontas a ajudar e a ensinar quem tiver com dificuldade, e não se tem medo de falar que não sabe, é um trabalho de união é uma equipe. Lá se compartilham espaços, dividem-se ambientes, somam-se ensinamentos, vive-se em “grupo” Predomina-se a autonomia, sendo o ensino um ato de colaboração mútua entre alunos e professores, numa verdadeira expressão de solidariedade. O autor apresenta “A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir”, é porque em nossa realidade não existe esse modelo de escola, vivemos em um mundo de preconceitos, onde a educação é sempre seguida pelo o que esta no programa de ensino, para passar no vestibular, para ter um bom emprego ou porque a sociedade julga que deve ser assim. O livro mescla todas as abordagens estudadas ao longo do semestre, mas vamos mencionar: Psicanalítica, Histórico-cultural, Construtivista, Inteligências Emocionais e Inteligências Múltiplas, em comparação a escola da Ponte.

Abordagem Histórico-Cultural O método Histórico cultural foi uma teoria desenvolvida pelo psicólogo russo Lev Vygotsky, no qual ele foca a interação e a relação professor/aluno, aluno/aluno que se produz o conhecimento, e foca também que todo aprendizado é necessariamente mediado e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo do que o previsto por Piaget. O aprendizado não se subordina ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro, provocando saltos qualitativos de conhecimento. E eles adquirem conhecimento observando o meio, entrando em contato com o que já foi descoberto e organizando o conhecimento junto com os outros, no caso professor e turma. O ensino deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real da criança aquilo que a criança é capaz de fazer de forma independente. O papel do professor é de animador, ele atua como mediador entre o aluno, os conhecimentos que este possui e o mundo, intervém pouco e orienta. O dialogo é a essência desta educação. Professor e aluno são, portanto, sujeitos de um processo em que crescem juntos. “Ninguém educa ninguém, ninguém se educa; os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. (MIZUKAMI p.86) Para Vygotsky, a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro de nós que vai se atualizando conforme o tempo passa. O desenvolvimento é pensado como um processo, onde está presentes a maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que permitem a aprendizagem. A metodologia utilizada é o dialogo, colaboração de todos, são formados grupos para a elaboração de trabalhos. Parte-se do conhecimento cotidiano para se chegar à produção de conhecimento. O professor propõe tarefas que desafiam os alunos. Erros são considerados parte do aprendizado. Os conteúdos são apresentados por temas. Utilizam muitos materiais, recortes, reportagens, internet e filmes para apresentação. É feita a auto avaliação e avaliação mútua. Vygotsky conclui que o bom ensino não é aquele que incide sobre o que a criança já sabe ou já é capaz de fazer, mas é aquele que faz avançar o que a criança já sabe, ou seja, que a desafia para o que ela ainda não sabe ou só é capaz de fazer com a ajuda de outros. Para assim formar pessoas cooperativas, que tenham compromisso com o mundo e com o outro, que saibam tanto expor suas ideias quanto ouvir. Gente que não necessariamente terá um conhecimento enciclopédico, mas que saberá como procurar as informações que lhe fazem falta.

Abordagem Construtivista Construtivismo constitui uma ideia de que nada, esta pronto, acabado, e de que especificamente, o conhecimento não é dado em nenhum momento, como algo terminado. Ele se desenvolve pela a interação do individuo com o meio físico e social. E se constitui pelas suas ações e não por qualquer dotação previa, na bagagem hereditária ou no meio. E assim afirma que antes de qualquer ação do individuo não existe psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento e conhecimento. Segundo Piaget, o mundo do conhecimento: sua formação e seu desenvolvimento. Construtivismo não é uma pratica ou um método, não é uma técnica de ensino nem uma forma de aprendizagem, não é um projeto escolar, e sim, uma teoria que permite aos indivíduos reinterpretar todas essas coisas, que a aprendizagem só faz sentido a partir do processo de desenvolvimento do conhecimento. O método construtivista na educação baseia-se na escrita, pois acredita que o aluno tem condições de se alfabetizar sem a ajuda de modelos e mecanismos que o induzem a decorar, repetir e repetir, declamar, transmitir e aprender o que já está pronto, em vez de fazer, agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida pelo os alunos e professores, ou seja, pela sociedade. Para construtivismo a educação deve ser um processo de construção vivenciada no dia-a-dia para adquirir o conhecimento. Conclui-se daí que o estudante pode construir seu conhecimento, atuando, executando, gestando, construindo este saber a partir do ambiente social em que vive e da relação com os colegas e professores. Defende-se que o construtivismo educacional é obra da união pedagógica mais recente, uma versão estendida destes métodos. No qual não concordam com o método ensinado pelo modo tradicional nas escolas, as quais continuam recorrendo aos instrumentos do aprendizado mecanizado, que obriga os alunos a decorarem e repetirem o conhecimento que lhes é transmitido. Piaget defende a teoria do construtivismo educacional no qual, a criança constrói o conhecimento a partir de suas descobertas, quando em contato com o mundo e com os objetos. Por isso, não adianta ensinar a um aluno algo que ele ainda não tem condições intelectuais de absorver. Ou seja, o trabalho de educar não deve se limitar a transmitir conteúdos, mas a favorecer a atividade mental do aluno, pois o conhecimento

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