Trabalho E Organizações
Trabalho Escolar: Trabalho E Organizações. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: israel.estrela • 4/10/2013 • 1.810 Palavras (8 Páginas) • 338 Visualizações
Estudo de Caso das Unidades: O Mundo do Trabalho e a Estrutura das Organizações
1) Caracterize, em linhas gerais, os principais períodos que marcam as transformações ocorridas no mundo do trabalho, desde o advento do capitalismo.
A 1ª Revolução Industrial foi um dos primeiros marcos importantes que geraram mudanças no modo de pensar em trabalho, bem como no trabalho em si. As energias animal e hidráulica foram substituídas pelo carvão e pela máquina a vapor. As indústrias têxteis e as siderúrgicas tomaram novos rumos, impulsionando as demais atividades produtivas. O capitalismo, idealizado também por Adam Smith, veio como uma forma de produção independente ao Estado, garantindo aumento da produção e da mais-valia aproveitando-se das máquinas, somando-se trabalho. Houve a valorização do trabalho privado em detrimento do público e divisão clara entre ricos e pobres, trabalho produtivo e improdutivo.
Weber defendeu a valorização do trabalho usando a ética protestante em sua defesa, havendo exploração excessiva da mão de obra trabalhadora calcada no sucesso servindo a Deus.
A 2ª Revolução Industrial veio com o advento do motor à explosão interna, utilização do petróleo e da eletricidade. Houve promoção da indústria petroquímica, das máquinas automáticas e de novos meios de transporte e de comunicação. A gestão administrativa correspondia ao modelo taylorista-fordista, valorizando o conhecimento científico estudando a melhor maneira de execução de tarefas, decompondo-as. O monopólio e a concentração financeira fomentam conflitos entre capital e trabalho, gerando greves e resistência por parte dos trabalhadores. O modelo fordista aprimora o sistema fabril com rígido controle do tempo de tarefas. Além disso, houve a criação da sociedade do bem-estar, garantindo proteção social e distribuição de ganhos.
A 3ª Revolução Industrial rompe com o paradigma anterior, trazendo à tona o uso da energia atômica, o progresso da TI e da gestão de produção com modelos mais flexíveis. O trabalhador passa a ter maior participação na tomada de decisões, fomentando a produtividade e a boa qualidade na produção e redução de hierarquia.
Com a globalização, o trabalho se torna mais rápido, com giro rápido de capital, facilidade de comunicação e conforto.
2) Qual a diferença entre trabalho e emprego?
Ambos os conceitos mantêm uma relação com desenvolvimento de atividades, físicas e/ou intelectuais, pelo ser humano. Entretanto, trabalho é o exercício de uma atividade no intuito de obter, fazer ou transformar algo, ou seja, é uma prática muito antiga que se iniciou desde o momento em que o homem começou a interagir com a natureza. O trabalho era realizado quase exclusivamente por escravos e servos, enquanto pessoas de outras classes sociais privilegiadas gozavam do ócio. Logo, esse termo carrega, inclusive atualmente, o significado de sacrifício, fardo, peso, punição, etc.
Analisando-se historicamente, o emprego é muito mais atual do que o trabalho. O emprego, por conseguinte, veio se desenvolvendo a partir do trabalho no contexto da I Revolução Industrial e se difundiu no contexto capitalista, isto é, objetivando-se o aumento da produtividade (mais-valia) passou-se a empregar o contrato de trabalho, surgindo, assim, o emprego assalariado. O dono do capital possui os meios de produção e o lucro, enquanto o trabalhador obedece a ordens, despende sua força de trabalho e recebe o salário.
3) Há abaixo alguns nomes importantes na história do mundo do trabalho. Ao lado, descreva sinteticamente a principal contribuição de cada um para compreendermos como esse mundo se estrutura.
Max Weber No contexto da época, que tinha o trabalho como utilitarista opondo-se ao ócio, tentou-se resolver o problema das formulações econômicas de Adam Smith propondo ideologias paternalistas de hierarquia e obediência, reorganizando a relação empregador-empregado e explorando excessivamente os trabalhadores. O protestantismo tornou natural a autoridade, pois essa era vista como obrigação religiosa para o controle. Além disso, o trabalho, que se tornou sistematizado e metódico, deveria ser visto como uma vocação, uma missão no intuito de satisfazer as vontades de Deus, ou seja, aumentou a ênfase moral. O sucesso, portanto, advinha de muito esforço e de trabalho pesado.
Marx Em oposição ao poder surgiu a resistência por parte dos trabalhadores apoiados por Marx, com reflexões críticas sobre o capitalismo. Para este, em oposição a Smith, o trabalho deveria ser exaltado como uma atividade humanizadora (que garante a individuação), desfragmentado e sem visar somente a mais-valia, mas também a satisfação pessoal. Ou seja, opõe-se à ideia de trabalho como mercadoria: alienante, explorador, humilhante, monótono, discriminante, submisso e embrutecedor.
Taylor Conciliou, juntamente com Fayol, trabalho e capital com ideias de administração científica: altos salários e baixo custo de produção. O aumento da mais-valia relativa foi proposto utilizando a decomposição e a cronometragem (exatidão e rapidez) das tarefas, com melhor treinamento. Ademais, o gerenciamento dos trabalhadores poupa este do ato de pensar, aumentando ainda mais sua produtividade e extinguindo “tempos mortos” no trabalho. Em suma, o taylorismo possuía as seguintes concepções: formalista, mecanicista, naturalista e hedonista.
Keynes Foi opositor do liberalismo e fomentou a intervenção estatal e a construção da sociedade do bem-estar por meio da promoção do pleno emprego. Deveria haver, portanto, equilíbrio entre proteção social e distribuição de ganhos de produtividade. Para tanto, era essencial movimentar os recursos econômico-financeiros por meio do ciclo progressista: consumo gera demanda, que gera empregos, que mantém ou aumenta o consumo.
Ford Implementou inovações tecnológica (mecanicismo) e econômicas (produzir mais do mesmo). Assim, melhorou a fabricação introduzindo no sistema de fabricação as esteiras, os moldes e as máquinas especializadas que ditavam o ritmo de trabalho. No intuito de vigiar e solucionar problemas criou o departamento social. Garantindo o pagamento de salários altos, manteve o distanciamento entre trabalhador e sindicato. As empresas, entretanto, frente a jornadas extenuantes, enfrentavam altas taxas de absenteísmo, rotatividade e indisciplina.
4) O mundo do trabalho é hoje melhor ou pior do que foi até a década de setenta do século XX? Justifique apontando as tendências que estão reconfigurando o mundo do trabalho hoje.
Atualmente, existe ampla área de atuação profissional
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