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Trabalho Referente à Psicossociologia da Moda

Por:   •  21/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.528 Palavras (7 Páginas)  •  198 Visualizações

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Sumário        

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES        3

CONTEXTUALIZAÇÃO – OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA        4

HISTÓRICO        5

OBSERVAÇÃO E METODOLOGIA        8

APRENDIZADOS        8

FUNDAMENTAÇÃO DO PROJETO        8

DESCRIÇÃO DO PROJETO E “REASON WHY”        8

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - O setor norte da Avenida Central, ainda sem a Praça Mauá e o Cais do Porto. Foto Marc ferrez, 1906. BN Digital, domínio público        6

Figura 2 - Por várias décadas, a Rio Branco esteve a serviço do tráfego de automóveis. Foto de 1969. arquivo Nacional, domínio público        7

 Figura 3 - A construção do Edifício Avenida Central marcou o fim da era dos bondes na Rio Branco. Biblioteca do IBGE, domínio público        8

Figura 4 - Edifício Rio Branco 1, com sua arquitetura pós-moderna, que busca unir o novo com as formas de composição antiga. Foto A. Jacob, Wikimedia Copmmons        8

CONTEXTUALIZAÇÃO – OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

No presente trabalho a escolha de bairro foi o Centro da cidade do Rio de Janeiro. As justificativas foram diversas, como serão apresentadas neste documento, mas o intuito foi de trazer um foco de um Rio de Janeiro pouco falado, pelo menos depois da transferência de zona “chic” do centro para outras localidades.

Num primeiro momento, a opção foi a área do trem da Central do Brasil, uma área interessantíssima no quesito pluralidade. O relato da experiência de campo foi entender o por quê do “conforto” ser tão primordial para esses indivíduos e o aprendizado era olhar pela visão daqueles indivíduos. Os ensinamentos foram que, ao retirar juízos de valores, é possível afirmar que o “conforto”, entendido como roupas de ginástica, tênis esportivos, cores neutras, foi justificado pelo fato que essa coletividade que utiliza os trens mora distante de seu trabalho. Há a presença de diversas sacolas e isto foi um ponto marcante para a confecção do trabalho, de como poderíamos melhorar a praticidade do que aquelas pessoas carregam.

De outro lado, foi analisado o contexto da Avenida Rio Branco, com diferenças visíveis na vestimenta ao comparar com a Central, uma roupa formal que agrega calça social, saia lápis e camisas de alfaiataria, terno e outros aspectos que serão abordados neste trabalho. O ponto em comum entre as duas localidades foi a bolsa grande, entretanto, neste caso era de um material diferente da observação na central, de couro muitas vezes. Com a pesquisa pela plataforma SurveyMonkey foi possível entender as necessidades deste público. A grande justificativa foi a praticidade e espaço para levar uma quantidade significativa de objetos, pois passam o dia fora.

O objetivo deste trabalho é entender o público-alvo que trabalha no centro da cidade do Rio de Janeiro e fazer um projeto de uma bolsa que seja compatível com seu estilo de vida e suas necessidades. O gerenciamento do tempo curto num local onde o foco atual é trabalho, o conforto social que a bolsa proporciona e a conversa com os códigos locais foram pontos importantes para a ideia do produto. O foco escolhido foram os trabalhadores da Avenida Rio Branco, estes que passam o dia fora de casa e necessitam de um acessório que seja socialmente atraente numa situação mais formal até num contexto happyhour. A concorrência entre lojas e camelôs foi um desafio para ser superado. A estratégia de vender o produto em somente algumas lojas proporciona uma exclusividade para os clientes que irá remeter à Belle Époque ao aproximar aquele contexto onde existe o orgulho pela expansão e progresso científico, cultural e tecnológico com a funcionalidade do contexto social atual desta avenida. Além disso, os entrevistados requisitaram tecido leve, divisões e outros pontos que serão abordados posteriormente.

HISTÓRICO

A Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco, teve o início de sua construção no ano de 1904, ocorrido após o “bota-abaixo”. De acordo com os dados de Memória da destruição, uma publicação da Secretaria Municipal de Cultura, a antiga capital federal desapropriou e demoliu cerca de 1700 imóveis no intuito de abrir novas vias, como a Beira-Mar e o alargamento da Carioca e Uruguaiana, por exemplo.

A inauguração se deu em 1905 e tinha como intenção principal ser o grande cartão-postal brasileiro e, também, foi a primeira via da cidade a ter o acesso a luz elétrica. Era vista como parte central do projeto urbanístico do prefeito Pereira Passos, que buscou apagar o passado colonial e focar na fase republicana em que o país se instalava. A aspiração com estas reformas urbanas e a construção da Avenida Central era a criação de uma atmosfera cosmopolita com associação direta a Paris, vista na época como capital mundial da ciência, modernidade e progresso. Para isso, a prefeitura efetivou uma fachada em torno da avenida com as referências do art nouveau.

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Figura 1 - O setor norte da Avenida Central, ainda sem a Praça Mauá e o Cais do Porto. Foto Marc ferrez, 1906. BN Digital, domínio público

A partir de 1910, o conjunto de edifícios em torno da avenida somava 86 prédios, a maioria construída por lojas de artigos finos importados que fizeram aparecer um novo hábito entre as camadas abastadas e médias, o footing ou passear a pé, na intenção de se inteirar da moda do dernier bateau, ou seja, chegada no último navio e assim, a nova avenida carioca passou a ser uma grande passarela da moda.

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