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Trabalho Sobre Sartre

Por:   •  30/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.406 Palavras (10 Páginas)  •  439 Visualizações

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Sobre o autor:  Jean-Paul Sartre nasceu em Paris no dia 21 de junho de 1905, e morreu no dia 15 de abril de 1980, onde também está sepultada sua companheira.

Escreveu "A Lenda da Verdade" ao qual não foi muito bem aceito pelos leitores que o seguia. Tinha uma companheira que se chamava Simone de Beauvoir, que era Escritora e filósofa francesa. Depois de um tempo o mesmo foi contemplado pelo Instituto Francês em Berlim, para se dedicar ao estudo da fenomenologia do filósofo Edmund Husserl entre outras teorias, mediante a esses estudos e aprofundamento no assunto, elaborou suas próprias ideias referente ao existencialismo.

O mesmo também era comunista e apoiava na Hungria através do ditador soviético Stálin, Sartre também ficou conhecido por negar recusando ao recebimento do Prêmio Nobel de Literatura , onde fez uma carta de recusa para apresenta-la.

Tópicas Importantes da Obra:

              No primeiro momento surgiram várias críticas ao existencialismo como sendo algo que mantém as pessoas no imobilismo e no desespero e que por consequência acabava criando uma idéia de algo contemplativo e que fugia do nosso alcance. Essa era uma das críticas dos comunistas. 

Tais ideias existencialistas também sofreram outras críticas pois, eram tidos como pessimistas. Tinham ideias que segundo os mesmo enfatizava a ignorância humana, desconsiderando assim tantas outras coisas belas que nos seres humanos temos. Ou então, desconsiderar a solidariedade humana.  

Já considerando os aspectos religioso, lhes foram acusados de negar a realidade e a seriedade dos ensinamentos do homem, desconsiderando assim tudo aquilo que foi deixado como mandamentos de deus para o homem. Com isso, o homem então pode fazer o que bem entender e não tem poder de julgamento sobre o outro podendo assim viver como ele bem entende. 

Partindo de todas essas críticas as ideias de Sartre é que ele se propõe a escrever esta obra intitulada de "O existencialismo é um humanismo " ,para deixar bem claro em qual sentido ele entende as ideias humanistas . Para ele o existencialismo é "uma doutrina que torna a vida humana possível e que, por outro lado, declara que toda verdade e toda ação implicam um meio e uma subjetividade humana  " (SERTRE, 1970, p.20).  

Sartre diz que as pessoas associam o existencialismo a algo negativo e que por conseqüência  acabam se confundindo com as ideias naturalistas mas, para ele o existencialismo não pode ser relacionado ao mesmo pois, não trás questionamentos tão enfáticos quanto.  Algumas noções  naturalistas nos levam a acreditar que não vale a pena ir de encontro ou então questiona-las, seus romances nos mostram isso. E por essa ideia é que os naturalistas trazem é que muitos  o confundem com o  existencialismo. 

Partindo dessa noção Naturalista x Humanista é que Sartre vem problematizar o que de fatos as pessoas tanto tem a temer, já que, suas preocupações não se dão com o  pessimismo que o existencialismo supostamente  trás, mas sim, com a possibilidade de encontrar um caminho- escolhas- que as pessoas  não querem encarar. 

                 Mas, para entendermos melhor essa problemática, Sartre nos trás uma breve definição daquilo que entendemos por existencialismo e chega a concluir que; o mesmo tem tomando definições muito amplas, pois a falta de uma doutrina para especificar conceitos surrealistas acabaram empregando as doutrinas existencialistas que não condiz com a sua real definição.  

Porém, o que complica a noção das ideias existencialistas é o fato de que ela se define segundo Sartre entre duas espécies, sendo elas, existencialistas cristãos em que podemos citar nomes como Jasper e Gabriel Marcel e aos existencialistas ateus a quem podemos citar Heidger, os existencialistas franceses e Sartre propriamente dito. Mas, o que de fato ambos conceitos existencialistas- com caminhos relativamente distantes- tem em comum ? O fato de consideram que a existência precede a essência. Ao entender religioso sobre a sua óptica de existencialista  podemos dizer que:  

"Deus produz o homem de acordo com técnicas e com uma concepção, exatamente como o artífice fabrica um corta- papel seguindo uma definição e uma técnica. Dessa forma, o homem individual realiza um determinado conceito que existe no entendimento divino." (SARTRE, 1970, p.24). 

Já numa concepção existencialista ateísta, mesmo negando  a existência de Deus não desconsideram que a existência precede a essência e como o próprio Sartre toma como uma forma mais lógica vem dizer que:  

"O homem existe primeiro, se encontra, surge no mundo, e se define em seguida. Se o homem, na concepção do existencialismo, não é definível, é porque ele não é, inicialmente, nada." (SARTRE,  1970, p.25). 

Esse existencialismo ateísta, então considera uma natureza humana pelo simples fato de não existir um Deus que atribua sentido. O homem então só é aquilo que ele mesmo se fez durante a sua existência, podendo este ser considerado como o primeiro princípio do existencialismo.  

Para os existencialistas o homem é responsável por todos seus atos, afinal foi ele mesmo quem o fez durante a sua existência. Para (SARTRE, 1970, p.26),o homem é " um projeto que vive enquanto sujeito", ou seja, antes desse projeto nada existe, mas sim a partir do projeto é que eu vou me formando. 

               Já com relação ao desamparo, para o Existencialismo segundo Sartre, se trata da falta de uma moral a priori, ou seja, com a recusa de um Deus também se recusa a existência de morais ou normas de comportamento que o sejam por natureza, assim o homem se encontra em desamparo já que se vê sem um “bem” e sem condutas pré-existentes.

Desse modo, se recusa também a idéia de todo e qualquer determinismo sobre o homem e reafirmando, com isso, a responsabilidade do homem diante sua liberdade e diante o fato de ele ser o detentor de um futuro virgem construído por ele no exercício de sua liberdade.

Utilizando-se da mesma lógica que o existencialista também enxerga a paixão, os sentimento e valores e aquilo que alguns chamariam de sinais: nenhum deles são determinantes do nosso comportamento e, portanto, não podem ser usados como justificativas para nossas ações, porque é exatamente por meio destas que significamos e construímos os citados fenômenos.

É importante evidenciar que o desamparo está em constante associação à angustia, e também ao desespero. O desespero aqui é entendido como referente aos limites e possibilidades que cercam nossas escolhas por meio das condições à nos impostas, em outras palavras, o desespero esta relacionado com o fato de que só podemos nos ater aquilo que depende de nós e de nossa vontade a partir de elementos prováveis, esse pensamento implica numa insegura quanto a engajamentos coletivos, pois não há garantias de que as pessoas que hoje estão juntas numa causa não possam mudar suas escolhas. Assim, como implicação do desespero temos o fato de que devemos fazer nossa parte, sendo essa nossa única certeza, sem contar fielmente com os outros.

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