Trabalho de Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência
Por: katiapierro • 20/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.066 Palavras (5 Páginas) • 381 Visualizações
Universidade Paulista – UNIP
Psicologia - Campus Pinheiros - Noite
Trabalho de Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência
Populações Indígenas no Brasil Atual
São Paulo, 2015
Introdução
Trabalho bimestral realizado para a disciplina de Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência com o objetivo de mostrar estatisticamente as populações indígenas no Brasil. O grupo escolheu o tema, As Populações Indígenas no Brasil Atual, a fim de demonstrar dados estatísticos e também mostrar um pouco de como é a vida atual de algumas tribos que ainda existem no nosso país.
Dados Estatísticos
Infelizmente no Brasil, muitos índios foram extintos ao longo dos anos. Os dados são imprecisos, porém o IBGE juntamente com a FUNAI, iniciaram em 1991 uma investigação da população indígena quanto a categoria de cor e raça, a qual se estendeu para 2000 e 2010, porém nesse último a pesquisa foi aprimorada e mais dados foram pesquisados como pertencimento étnico, línguas faladas e residentes de terras indígenas e fora delas. Seguem algumas tabelas do censo de 2010, último realizado, do IBGE que consideramos relevantes para a demonstração.
[pic 1]
Como demonstra a tabela 1, podemos verificar que no Brasil, aproximadamente 896,9 mil pessoas se consideram indígenas. Entre as regiões, o maior contingente ficava na região Norte, 342,8mil, e o menor no Sul, 78,8 mil. Considerando a maior concentração de indígenas fora das terras no Nordeste totalizando 126,6 mil.
Etnia
Em relação a etnia, foram identificadas 305 etnias a partir das pessoas que se declararam índios ou se consideraram índios.
A tabela 2 mostra as 15 etnias com maior número de indígenas por localização de domicílio.
Como demonstra a tabela 2, podemos verificar que a etnia com maior população indígena geral e dentro das terras é a Tikúna, 46.045, porém fora das terras é a Terena com 9.626 indígenas.
[pic 2]
Língua
Quanto a língua, segundo dados do IBGE foram contabilizados 274 idiomas falados, sendo a Tikúna a mais falada com 34 mil pessoas. Ainda segundo o IBGE crianças de 5 a 14 anos de idade falam a língua indígena porém a partir dos 15 anos de idade essa realidade começa a mudar drasticamente.
Economia
Quanto aos rendimentos, o censo não consegue demonstrar dados precisos pois o trabalho se mistura com o laser nas aldeias. O que o censo conseguiu demonstrar é que aproximadamente 52,9% dos indígenas não tinham rendimento porém esse percentual aumenta para 65,7% nas áreas rurais.
Domicílio
O censo de 2010, demonstra que somente 12,6% da população indígena reside em ocas ou malocas, enquanto a maior parte da população reside em casas.
Foi levantado também que as residências indígenas principalmente rurais possuem grande problema de saneamento básico, coleta de lixo e energia elétrica.
Kariri-Xocó
A fim de compararmos a realidade indígena diante das estatísticas, escolhemos os Kariri-Xocó para imergir no mundo do índio e ver através de seus olhos a vida na aldeia.
Os Kariri-Xocó estão no Sul de Alagoas na cidade de Porto Real do Colégio, onde habitam 550 famílias de várias etnias.
As casas ficam em ruas com nomes e números e são de alvenaria, com energia elétrica, saneamento básico, água tratada e telefones públicos.
Dentro da aldeia há um posto de saúde e um posto da FUNAI.
Os índios Kariri atravessam a ponte e vão comprar na feira da cidade onde aproveitam também as barraquinhas de camelôs as quais se tem de tudo um pouco.
Os índios que possuem mais dinheiro compram roupas, eletrodomésticos, bicicletas e a feira tem seu funcionamento até as 13 horas e depois todos vão embora.
Eles se organizam com estruturas bem definidas, onde se tem lideranças, caciques, pajés, conselho tribal, chefes de família, chefes de casa e comunidade.
Cada índio tem um papel, o cacique por exemplo comanda as atividades comunitárias, algumas vezes viaja para representar a tribo perante o governo. O pajé por sua vez domina as leis da natureza, as curas, ele é o conselheiro da aldeia, repreende quando necessário e garante a cultura viva.
As mulheres indígenas dessa aldeia desenvolveram ao longo da história, por introdução à força, devoção aos santos católicos, e dessa forma elas além de cozinhar e cuidar das crianças, fazem orações para doentes, e misturam os aprendizados católicos com ramos de ervas para benzer.
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