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Transtornos invasivos do desenvolvimento

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Por:   •  11/12/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.226 Palavras (9 Páginas)  •  412 Visualizações

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2 IMPORTANCIA DAS HABILIDADES SOCIAIS NA INFÂNCIA

Hoje em uma sociedade que se modifica rapidamente. A cada dia deparamos com situações que exigem aprendizagem de novos conhecimentos para responder às necessidades da infância e adolescência, então segundo (Del Prette, & Del Prette, 2005) para lidar com os desafios e demandas atuais, a criança precisa desenvolver um repertório cada vez mais elaborado de habilidades sociais, essa área vem recebendo grande atenção de psicólogos, psiquiatras e educadores. Pois a competência social é considerada um indicador bastante preciso do ajustamento psicossocial e de perspectivas positivas para o desenvolvimento, enquanto que um repertório social empobrecido pode construir um sintoma ou correlato de problemas psicológicos. Os transtornos invasivos do desenvolvimento, como o autismo, síndrome de Rett e de Asperger são, por definição, caracterizados por “anormalidades qualitativas nas interações sociais recíprocas e em padrões de repetitivo”, que afetam a qualidade das relações interpessoais.

No caso especifico do autismo. Atualmente dispõe-se de instrumentos e procedimentos para avaliação, bem como de programas de intervenção para o ensino de habilidades e redução desses comportamentos .Segundo (Del Prette 2005, p.19), os problemas comportamentais e emocionais, que acompanham os diferentes transtornos psicológicos e que podem se expressar como dificuldades interpessoais na infância, em dois grandes grupos: Os externalizantes (que se expressa predominantemente em relação a outras pessoas) e os internalizastes (que se expressa predominantemente em relação ao próprio individuo).Os problemas externalizantes são mais frequentes em transtornos que envolvem agressividade física e/ ou verbal, comportamentos opositores ou desafiantes, condutas antissociais como mentir e roubar e comportamentos de risco como uso de substancias psicoativas. Os problemas internalizastes são mais prontamente identificáveis em transtornos como: depressão, isolamento social, ansiedade e fobia social (Del Pertte& Del Prette 2005,p. 19). Alguns transtornos psicológicos são mais prontamente reconhecidos pelos sintomas, entre tais transtornos, podem ser citados os de comportamento anti-social, agressivo ou opositor e os hipercinéticos (hiperatividade e desatenção).

Então isso ocorre porque os comportamentos antissociais decorem de uma multiplicidade de fatores que interagem e potencializam efeitos negativos a curto, médio e longo prazo, caracterizando uma trajetória de risco, em curto prazo, podem gerar rejeição dos colegas e dos adultos, baixo rendimento acadêmico ou indisciplina, a médio e longo prazo, tais comportamentos podem aumentar a probabilidade de fracasso escolar, evasão, Delinquência, Drogadição, alcoolismo, participação em gangues, criminalidade e, finalmente, dependência das instituições sociais de assistência e maiores taxas de morte e doença. Em relação ao que foi mencionada anteriormente a importância das habilidades sociais para a qualidade de vida das crianças e adolescentes é também mencionada em documentos- compromisso de agencias de amparo á infância. “Esses documentos são orientados por um conceito abrangente de saúde enquanto estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Além disso, a organização mundial de saúde (OMS) propõe que os serviços de saúde inclua a promoção das chamadas “chamadas habilidades de vida”, da qual fazem parte habilidades sociais denominadas empatia, comunicação, lidar com emoções e estresse, solução de problemas e tomada de decisão.

3 COMPETÊNCIA SOCIAL E AUTISMO

O autismo é uma condição que afeta as principais áreas do desenvolvimento, quais sejam, a interação social e a lin¬guagem, além da ocorrência de comportamentos repetitivos e estereotipados (Associação Psiquiátrica Americana, 2002). Es¬ses últimos se expressam de diferentes formas: na brincadeira, que pode carecer de criatividade e espontaneidade; na fala, que pode ser ecolálica; e no desenvolvimento motor, caracterizado por repetições involuntárias e sem aparente função (ex: rituais e maneirismos) (Bosa, 2002). As manifestações dessas dificul¬dades poderão variar de acordo com o nível desenvolvimental e a idade cronológica da criança, entre outros fatores (APA, 2002). Quanto maior o comprometimento cognitivo, maior a tendência a se isolar e a não se comunicar (Klin, 2006). Por outro lado, a ideia de que a criança com autismo não demonstra afeto e é inquestionavelmente distante e não-comunicativa, também não tem recebido apoio empírico (Bosa, 2002). Há fartas evidências sobre a capacidade da criança com autismo em desenvolver relações de apego a seus cuidadores e de responder à interação social (ver Sanini, Ferreira, Souza, & Bosa, 2008). Os comprometimentos que parecem ser substan¬ciais são, de fato, os da habilidade de atenção compartilhada, especialmente a iniciativa para buscar e manter a interação, de forma recíproca e espontânea.

Competência social é definida como um conjunto de comportamentos aprendidos no decorrer das interações sociais, especialmente, nas interações com pares. Assim, o desenvolvimento da competência social, em uma perspectiva organizacional-relacional (Del Prette& Del Prette 2005, p. 23). Procura ressaltar a variedade de soluções adaptativas, empregadas em diferentes contextos e situações, que permitem à criança desenvolver-se socialmente. O foco são os recursos que a criança utiliza para lidar com esse desafio, não se tratan¬do apenas de “aptidões”. Isso significa que, nos casos de crianças com autismo, até mesmo seus sintomas podem constituir recursos que auxiliam a interação. Por exemplo, as estereotipias motoras de uma criança podem ser vistas, pelos colegas, como “habilidades” e despertar admiração, mais do que rechaço (Waters & Sroufe, 1983). Na área da psicologia do desenvolvimento, a compe¬tência social é uma habilidade que emerge da experiência proporcionada por relações mais próximas e íntimas (Hartup 1989) e constitui a base do desenvolvimento global da criança (cognitivo, emocional, linguagem, etc.). Um dos obstáculos na compreensão do conceito está no uso indistinto entre diver¬sos termos do campo do desenvolvimento social, como, por exemplo, “comportamentos pró-sociais”, “condutas social-mente adaptadas”, “competência cognitiva” e “competência sócio-cognitiva”, trazendo imprecisão ao conceito (Pizzinato & Sarriera, 2003). Em especial, é importante ressaltar que o termo competência social não é sinônimo de habilidade

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