Vygotsky

Exercícios do capítulo V, página 154.

1) O que o educador precisa considerar ao programar uma atividade para seus alunos, se seu objetivo é garantir que as crianças aprendam e se desenvolvam?

R: Deve considerar a capacidade e o nível real de desenvolvimento do aluno, pois o ser humano, nasce sem direção, sem conhecimento, e ele precisa de um adulto ou de uma criança mais velha para ensinar, pois estes tem mais experiência, assim a criança se prepara para em breve realizar atividades por si mesma.

2) Do ponto de vista da teoria histórico-cultural, que papel tem a educação no desenvolvimento humano e que papel desempenha o educador nesse processo de desenvolvimento?

R: O papel é de dirigir o trabalho educativo para estágios de desenvolvimento ainda não alcançados pela criança. Ou seja, o trabalho educativo deve impulsionar novos conhecimentos e novas conquistas, a partir do nível real de desenvolvimento da criança. Já o educador deve, portanto, intervir, provocando avanços que de forma espontânea não ocorreriam.

3) Como a teoria histórico-cultural conceitua atividade e que implicações esse conceito tem para o processo educativo escolar?

R: Atividade não é sinônimo de execução de uma tarefa pela criança. Ao contrário, a atividade envolve o conhecimento de objetivo pela criança e, mais ainda, esse objetivo da atividade deve responder a um motivo, a uma necessidade ou a um interesse da criança. Quando refletimos sobre isso, percebemos que devemos envolver, sempre que possível, a criança no processo de planejamento, seja de forma direta, quando ela participa das decisões do que fazer e de como fazer, seja de forma indireta, quando apontamos para ela o objetivo da tarefa proposta na perspectiva de criar ou responder a uma necessidade, motivo ou interesse seu.

4) Como o educador pode atuar para criar novos motivos, interesses ou necessidades de conhecimentos nos alunos?

R: É preciso distinguir os motivos eficazes, aqueles que levam o sujeito a agir, daqueles motivos que são compreendidos pelo sujeito, mas são ineficazes para impulsionar sua ação. A criança tem que ter oportunidades de experiências diversificadas, obter condição para que a ação se torne uma atividade significativa, escolher bem aquilo que será proposto às crianças, e também é preciso que o educador descubra as formas mais adequadas de trabalho com o seu grupo. Isso se faz possível quando o educador conhece os níveis de desenvolvimento real e próximos das crianças.

5) Como a teoria histórico-cultural compreende a relação entre aprendizagem e desenvolvimento? Quais as implicações dessa compreensão para o trabalho do educador?

R: O desenvolvimento da inteligência e da personalidade é externamente motivado, ou seja, é resultado da aprendizagem. As características inatas do indivíduo são condição essencial para seu desenvolvimento, mas não são suficientes, pois não têm força motora em relação a esse desenvolvimento. Na ausência da relação com a cultura, o desenvolvimento tipicamente humano não ocorrerá.