Vícios e Anomalias de Linguagem
Por: Kesia Azeredo • 14/5/2018 • Artigo • 844 Palavras (4 Páginas) • 427 Visualizações
Vícios e Anomalias de Linguagem
Vícios de linguagens são incorreções do uso da nossa língua falada, ou escrita. Resultado do descaso da pessoa que se expressa ou do conhecimento das exigências linguísticas da norma padrão. Como seres socialmente eminente, a todo momento estamos inseridos em diversos, circunstancias comunicativas, as quais nos levam a agir de forma diferente, no qual manuseamos nosso linguajar, um exemplo é quando participamos de uma conversa informal entre amigos, de uma entrevista de emprego, em concursos ou em exames avaliativos.
Na Moderna Gramática de Evanildo Bechara, os vícios de linguagem são considerados como: Solecismo, Barbarismo, Estrangeirismo e Anomalias de linguagem.
Solecismo, segundo Bechara, é caracterizado pelo erro de sintaxe, o que torna a frase mal estruturada em termos de oração, fazendo-a muitas vezes incompreensível, imprecisa ou inadequada. Exemplos de solecismo são: Eu lhe abracei, o correto é, Eu o abracei; Queremos fazermos tudo certo, quando o correto é, Queremos fazer tudo certo. Isso acontece porque na linguagem oral e coloquial, não nos preocupamos tanto com a construção das frases.
Barbarismo, é o erro no emprego de uma palavra, ao contrario do solecismo, que é um erro de sintaxe ou má combinação de palavras. Inclui o erro de pronúncia, de ortografia, de flexões, de significado, de palavras inexistentes na língua, de formação irregular de palavras e de prosódia, que é o erro da emissão de sons, como o acento e entonação. Exemplos disso são: contricto por contrito; cidadões por cidadãos; premoção por promoção. É muito comum o barbarismo ser cometido por estrangeiros, para adaptar-se ao seu idioma e expressões de língua.
Estrangeirismo, é o uso de palavras, expressões e construções diferentes do idioma que chegam a ele por empréstimos de outra língua. Os estrangeirismos léxicos que entram no idioma, por um processo comum de aprendizado de cultura, assumem um sentimento patriótico que, aos olhos dos extremamente patriotas, trazem desonra e da degradação do país. Esquecem-se que a língua, como produto social, está diretamente ligada aos contatos de povos. Esse tipo de patriotismo linguístico, é antigo e revela reflexos de antigas divergências históricas. Michael Bréal relata que filósofos gregos, que não faziam uso dos vocábulos turcos do léxico continuavam, a sua moda, a guerra da independência. Entre nós o repudio ao francesismo ou galicismo nasceu na repulsa, aliás, justa dos portugueses aos excessos dos soldados de Junot, quando Napoleão ordenou a invasão de Portugal. O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras em primeiro lugar aquela desnecessária por já se encontrarem no vocabulário próprio do país palavras e gírias equivalentes. A introdução de uma palavra estrangeira para substituir uma palavra já existente no vocabulário em geral se explica pela debilidade funcional da palavra ameaçada de substituição.
Atualmente no mundo globalizado em que vivemos, entre os contatos de nações e de culturas são disponibilizados de várias maneiras, os estrangeirismos transitam mutuamente com muita facilidade e rapidez. Para nós, brasileiros os estrangeirismos de maior frequência são os francesismos ou galicismos, espanholismos ou castelhanismos, italianismo.
De modo geral,
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