Wundt e o Surgimento da Psicologia
Por: Ariezor • 5/9/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.532 Palavras (7 Páginas) • 662 Visualizações
FACULDADE REDENTOR
CURSO DE PSICOLOGIA
CARLOS HENRIQUE BARBOSA ROZEIRA
LETICIA COSTA GODINHO
LEANDRO NOVAES VALINHO
DEMÉTRIO OLIVEIRA PRAXEDES
WILHELM WUNDT E O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA
Itaperuna 2016
CARLOS HENRIQUE BARBOSA ROZEIRA
LETICIA COSTA GODINHO
LEANDRO NOVAES VALINHO
DEMÉTRIO OLIVEIRA PRAXEDES
WILHELM WUNDT E O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA
Trabalho apresentado à Faculdade Redentor como requisito para a obtenção de nota na disciplina de História da Psicologia do Curso Superior em Psicologia.
Professora: Érika Siqueira Tiradentes
Itaperuna 2016
WILHELM WUNDT E O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA
INTRODUÇÃO
Wilhelm Maximilian Wundt, filósofo, médico, físico, escritor, professor, é estimado por muitos estudiosos como o pai da Psicologia. A posição de destaque que ocupa entre os psicólogos e a sua grande influência internacional fundamenta numa cadeia de ocorrências: Wundt não se restringiu a instituir em 1879, em Leipzig, o primeiro laboratório destinado à investigação experimental dos fenômenos da consciência, fato que muitos consideraram o marco inicial da Psicologia como ciência independente.
Wundt desenvolveu também um amplo sistema para o nascimento desta nova ciência, escrevendo livros e artigos, analisando muitos aspectos que partiam desde a Psicologia Experimental Fisiológica à Psicologia dos Povos, produzindo a origem daquilo que conhecemos atualmente como Psicologia Social.
Apesar da enorme fundamental concepção, a Psicologia dos Povos não trouxe quaisquer efeitos precisamente duradouros, principalmente no que se diz a respeito da compreensão de fenômenos complexos ou daqueles que se referem ao desenvolvimento humano.
Há quem crer que nos livros e artigos da história da psicologia, Wundt é um dos pensadores mais injustiçados. Excessivamente simplificados são seus pensamentos e argumentos, quando integralmente distorcido.
Vejamos a seguir um pouco de sua história.
PRIMEIROS ANOS DE VIDA
Wundt nasceu na Alemanha, em 16 de agosto de 1832, num pequeno povoado próximo ao rio Nickarau. Morreu em 31 de agosto de 1920.
Teve uma infância triste, com pouco amor de sua família, de raros amigos, muito tímido e medroso. Seu avô dispensou cuidados por algum tempo, mas de quem Wundt realmente gostava é de seu professor particular, um jovem pastor que fora assistente de seu pai, o qual forneceu os primeiros passos de sua educação em sua própria casa.
Estudou em escola pública, na sua adolescência, aos 13 anos de idade, mas como vivia em devaneios constantes, repetiu a primeira série escolar do ginásio. Mas se recuperou e após a conclusão do ensino médio, estudou medicina e logo iniciou sua vida acadêmica, sendo auxiliar de grandes mestres e professor particular. Desde o início de sua carreira se envolvia com experimentação e quantificação de fatos vinculados à ciência e ao comportamento.
Wundt, em 1858, foi assistente de Helmholtz em Heidelberg, ocupando a posição até 1865. Durante esse período, começou os primeiros estudos sobre a psicologia, que posteriormente foram reunidos em sua primeira obra propriamente psicológica.
CARREIRA ACADÊMICA
Wundt estudou por um semestre na Universität Berlin e, no ano seguinte, 1857, voltou para Heidelberg e ministrou um curso de Fisiologia Experimental. Porém somente quatro alunos participaram do curso, o que o deixou decepcionado e preocupado, pois na Alemanha o privatdozent, como eram chamados os professores que poderiam também dar aulas particulares, como era o caso de Wundt, recebiam o pagamento através de taxas que os alunos pagavam. Em suas aulas, ele usava técnicas de demonstração para comprovar as teorias das aulas. Para ser bem-sucedido, Wundt aumentou sua carga de trabalho, o que ocasionou uma sobrecarga sucedida de uma doença que o deixou em perigo de vida.
Em 1858, Wundt foi chamado para ser assistente no Departamento de Fisiologia na Universität Heidelberg. Ele inicialmente ficou exultante com o cargo. Depois de um tempo, Wundt era obrigado a lecionar para uma turma de medicina sobre Fundamentos da fisiologia e procedimentos laboratoriais, pois na época foi aprovada a lei que estudantes de medicina fizessem aulas de fisiologia em laboratórios. Então Wundt não atuava mais como assistente de pesquisa, sua função era lecionar. Entretanto, ele criou um curso de antropologia, que tratava da relação indivíduo e sociedade, atualmente chamado de psicologia social.
Para Wundt a psicologia se dividia em três principais partes:
-Ciência indutiva, experimental. Tratava de um método experimental para estudar a vida mental.
-Observações naturalistas. Ele acreditava que a cultura influenciava nos nossos processos mentais superiores. Esses processos não podem ser quantificado cientificamente, seriam estudados através de leituras e registros.
-Metafísica cientifica. Teoria sobre o universo da visão da psicologia e outras ciências.
Em 1863, Wundt escreveu um livro, Lições sobre Psicologia Humana e Animal, abordando sobre psicologia cultural. Ficando cada vez mais descontente com seu cargo de assistente, pediu demissão, em 1864, do Instituto e criou seu próprio laboratório caseiro que sustentou com os royalties de seus livros.
Wundt viu-se interessada pela vida política e tornou-se presidente da Associação Educacional para os Trabalhadores de Heidelberg, depois foi membro do Parlamento de Baden. Mas acabou percebendo que sua área não era a vida política, voltando assim para Universität Heidelberg. Em Heidelberg foi professor extraordinário, aceitou ocupar a cadeira de Filosofia Indutiva de Zurique e no ano seguinte ocupou a mesma cadeira em Leipzig.
O ESTUDO DA CONSCIÊNCIA
A psicologia para Wundt era a ciência da mente, tendo como seu objeto a experiência imediata, tal como é produzida diretamente e fenomenalmente ao observante.
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