Ética No Trabalho
Ensaios: Ética No Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: JDSsouza • 24/3/2015 • 906 Palavras (4 Páginas) • 285 Visualizações
A Ética é uma parte da filosofia prática também conhecida por filosofia moral. Os problemas principais da ética estão relacionados com os fundamentos do dever e com a natureza do bem e do mal, ou seja, tudo aquilo que está relacionado com o modo como devemos viver. Não por acaso, a palavra “ética” vem do grego éthikos e significamodos de ser. Em outras palavras, esse termo pode ser entendido como a reflexão sobre o comportamento moral.
A diferença entre Ética Formalista e Ética Aplicada
A ética de Kant pode ser entendida como formalista, ou seja, ele apresenta uma forma de agir moralmente correta, mas não especifica o que devemos ou não fazer em situações concretas. O filósofo Hegel criticou o formalismo de Kant e propôs uma ética vinculada à história, ao contrário do que ele entendia ser a ética kantiana, que, por não levar em conta a história e o desenvolvimento da sociedade, não conseguia resolver os problemas do indivíduo concreto.
Diferente da ética formalista é a Ética Aplicada, na qual se discute o que é obrigatório ou permissível fazer em relação a situações concretas. Consideremos, por exemplo, que matar uma pessoa seja moralmente incorreto. Mas e se essa pessoa for uma ameaça à sua vida ou à vida de outra, matá-la seria um ato moralmente correto? Da mesma forma, consideremos o roubo e o furto como atos moralmente incorretos. Mas e se essa pessoa for uma mãe desesperada para alimentar os filhos?
Uma área que se desenvolveu a partir da Ética Aplicada foi a Bioética, que discute, entre outros problemas, aqueles relacionados com o uso de animais em experimentos científicos.
O que os filósofos antigos pensavam sobre a Ética?
Desde os sofistas a preocupação sobre o comportamento humano faz-se presente. A ética dos sofistasera relativista, ou seja, para eles não havia normas que poderiam ser universalmente válidas, o contrário do que disse Kant séculos depois.
Sócrates já dizia algo no mesmo sentido que Kant, mas, para ele, a alma humana era, em sua essência, razão e nela deveriam ser encontrados os fundamentos da moral. Platão, por sua vez, desenvolveu esse pensamento com uma distinção entre corpo e alma: o corpo, por ser dotado de paixões, poderia desviar o homem do bem. Para alcançar a ideia de bem, o homem precisaria da pólis, de modo que aquele que age de forma ética é bom e, também, um bom cidadão.
Dissociando o homem da sociedade, os estoicos pensavam na ética como um autocontrole individual com aceitação em relação ao que acontece e com a noção de amor ao destino. Tudo faria parte dos planos de uma razão universal. A consequência do agir, segundo esses princípios, seria a imperturbabilidade da alma.
Para os epicuristas, a imperturbabilidade da alma era também a finalidade da ética, mas os princípios que eles seguiam eram quatro: 1) Não há o que temer quanto aos deuses; 2) Não há o que temer quanto à morte; 3) A felicidade pode ser alcançada; 4) Pode-se suportar a dor. Eles defendiam também que o bem fundamental é o prazer, mas não no sentido do prazer sexual, e sim do prazer da amizade.
Aristóteles e a ética do equilíbrio
A preocupação da ética de Aristóteles, também racionalista como a de Platão, era relacionar mais profundamente o homem com a vida na pólis. Por isso, abandonou o dualismo platônico corpo-alma.
A ética aristotélica é um estudo da virtude – em grego, areté, que também pode ser traduzido por “excelência”. Isso significa que o objetivo do ser humano é atingir o grau mais elevado do bem humano – a felicidade. Para alcançar a virtude, o homem precisa escolher “o caminho do meio”, a justa medida das coisas, e agir de forma equilibrada. A covardia e o medo de tudo, por exemplo, não seriam o certo, mas não ter nenhum medo também não. A melhor forma de agir seria preservar a cautela, evitando os excessos, tanto de medo tanto de destemor.
Para alcançar a felicidade,
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