Adeus ao Trabalho?
Por: Márcia Souza • 2/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.429 Palavras (6 Páginas) • 351 Visualizações
Trabalho em equipe |
Disciplina: Questão Social e Serviço Social |
Alunas: Evellin Cinthia Barbosa Lins de Souza, Márcia Costa Souza, Maria do Rosário Trajano da Silva |
Data: 21/05/2018 |
ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho? Ensaios sobre as metamorfose e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas/SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2017, pág. 47 à 63.
RESUMO
O livro “Adeus ao Trabalho?, Ensaio sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho” de Ricardo Antunes, nos traz uma reflexão baseada em estatísticas sobre o processo transformador que ocorreu dentro do campo profissional. O qual, foi totalmente impulsionado pelas necessidades da expansão do capitalismo, e da evolução do setor econômico, que afetou toda a classe trabalhadora. O livro nos mostra e nos apresenta, uma realidade que está diretamente ligada ao cotidiano enraizado na mudança, no cenário trabalhista, onde funções foram descontinuadas para uma adequação às necessidades do mercado, à uma nova prestação de serviço pela classe trabalhadora. Nesse sentido, esta classe por sua vez, foi de certa forma prejudicada quando teve seus direitos reduzidos (assim como também os salários), aumentando a questão do subemprego, com trabalhos de baixa remuneração, correndo o risco de serem dispensados a qualquer momento.
Houve uma alta inclusão das mulheres dentro do ambiente trabalhista. A perda de mão de obra em determinadas áreas industriais, e o aumento de atividades na parte de bens e serviços e de consumo. O trabalho nas indústrias, era desenvolvido, ou seja, era desempenhado por vários trabalhadores braçais através de atividades manuais, onde existia uma grande quantidade de funções e trabalhos dentro dessa área. Após a modernização, Impulsionada pela necessidade do capitalismo de produzir mais, e pagar muito menos, muitos trabalhos manuais dentro das Indústrias foram descontinuados, onde várias pessoas exerciam funções diferentes, houve uma grande diminuição e redução do quadro devido a essa modernização. A máquina praticamente substituiu a mão de obra humana, não sendo mais necessário, tanto os funcionários para desempenhar aquelas diversas funções, e isso ocasionou o grande desemprego nas indústrias, ocasionando então, uma crescente criação de subdesemprego (criação de empregos temporários não mais nessa área industrial). De um lado, houve a diminuição da classe operária Industrial Manufatureira (que eram aqueles que trabalhavam com máquinas caseira; e o trabalho manual de mineração, e trabalhos agrícolas) nos países de Capitalismo avançado. E por outro houve um grande aumento da expansão do trabalho assalariado na indústria de serviço, grandes e pequenos negócios, comércio, finanças, seguros, bens imóveis, hotelaria, restaurante e investimentos pessoais, e de saúde com a maior heterogeneização o qual foi incluído o contingente feminino intensificando-se a precariedade a terceirização e subcontratação o aumento do desemprego estrutural. Ou seja, se de um lado reduziu o número de operários Industrial Fabril do outro lado aumentou o subproletariado e a precariedade do trabalho assalariado inferior.
Podemos entender que com a retratação nesse processo referente ao mundo do trabalho, houve uma diminuição dos trabalhadores industriais e uma modernização desses trabalhos, que eram feitos manualmente, ou seja, de forma artesanal. Onde haviam várias pessoas exercendo diversas funções para complementar uma atividade, houve a destituição de todas essas atividades, sendo incluídas as mulheres dentro desse mercado de trabalho. Esse trabalho era bastante precarizado. Com menores salários, aumento de desemprego, já que a quantidade necessária para atender as necessidades, não era tão grande. Com a modernização, as pessoas eram substituídas por máquinas, já que as máquinas eram capazes de realizar muito mais atividades, se comparadas ao número de trabalhadores existentes nessas indústrias.
Corroborando com isso, segue alguns dados, referentes à essa nova forma de trabalho, no mundo capitalista: na França no ano de 1962, o contingente operário era de 7,488 milhões. No ano de 1975 chegou à 8,118 milhões e em 1989 sofreu uma redução para 7,121 milhões. Em 1962 representava 39% da população ativa em 1989 esse índice baixou para 29,6% (dados extraidos de Economie et statistiques, L’INSEE, in Bihr, 1990; ver também Bihr, 1991:87-108).
De acordo com os Stuppini (1991.50) na Itália, também houve uma redução do operariado Industrial de 40% em 1980, para pouco mais de 30% em 1990 a grande responsável pela revolução tecnológica pela destituição dos trabalhadores industriais, devido a automação e alta tecnologia. Podemos mencionar as projeções do empresariado japonês, que tem como objetivo eliminar completamente o trabalho manual da indústria japonesa até o final do século. A fabricação de bens de consumo foi automatizado. Em contrapartida ocorreu o aumento da produção de serviços, os quais precisam de pessoas para serem realizados. Esses dados apontam um ano da revolução do proletariado fabril Industrial manual, especialmente em países de capitalismo avançado, quer que seja em decorrência do quadro recessivo, ou em função da automação da robótica, ou na microeletrônica gerando uma alta taxa de desemprego estrutural.
Paralelo à isso, a subproletarização do trabalho encontrada em forma de trabalho precário parcial temporária, contratação terceirizada vinculadas à economia informal, como de acordo com Alain Bihr (1991:89), os trabalhadores tem como a precariedade do emprego e da remuneração da regulamentação das condições de trabalho em relação às normas legais vigentes, ou acordados e a consequente agressão aos direitos sociais, assim como ausência de proteção sindical, configurando a tendência da individualização, atual tendência do mercado de trabalho e reduzir o número de trabalhadores centrais, (a qual é realizada a demissão sem nenhum custo sem maiores custos).
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