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Esforço de Construção de um Projeto Profissional a Partir da Ruptura

Por:   •  26/2/2016  •  Resenha  •  1.676 Palavras (7 Páginas)  •  918 Visualizações

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Resumo do Texto Serviço Social e o Popular - Silva, Maria Ozanira da Silva – Cap. 3 “Esforço de Construção de um Projeto Profissional a Partir da Ruptura”

ESTADO

1. GRAMSCI

O Estado Ampliado.

Até a década de 80 os Assistentes Sociais viam o Estado como um mero representante da burguesia pela Teoria Crítica de Marx, porem Gramsci amplia este debate onde a visão contemporânea de Estado é de um Estado Ampliado, não mais como um mero representante da burguesia, mas como um espaço de luta contra a repressão da burguesia.

Sendo assim eu posso levar para o Estado as minhas reivindicações.

Para Gramsci, o Estado é coercitivo, violento, pela ação da força e através de seus aparelhos de manipulação ideológica com a finalidade de convencer seus governados à obediência, aparelhos como escola, igreja, família, mídia, etc.

Violência – Monopólio do Estado

Ideologia – Monopólio da sociedade civil (ideologia vai construir a hegemonia).

A grande contribuição de Gramsci foi modificar a visão que temos do Estado, e a partir daí quando os Assistentes Sociais começam a perceber esta perspectiva de Gramsci, iniciam um novo olhar a respeito do Estado.

Foi importante para o SESO entender que o Estado envolve coerção e ideologia, e a partir daí irão entender que ao invés de virar as costas para o Estado, deveriam estar dentro do Estado, trabalhando, construindo a contra hegemonia (Estado e Sociedade Civil). Modificar esta relação de poder. Ex.: Provocar – construir – uma consciência de que as Políticas Sociais não são um favor do Estado, porém um dever e um direito garantido por lei a este cidadão.

2. LOJKINE

Se eu quero conhecer o Estado, preciso conhecer o modo de produção capitalista.

Por conta da tecnologia precisamos de pouca mão de obra.

O que move a economia é o mercado financeiro, a maior parte do lucro não vem mais das indústrias, mas do mercado financeiro (especulação). É mais relevante ao empresário aplicar seu capital no mercado financeiro do que investir em modernização ou melhorias para a produção.

Um mundo globalizado onde o que pode afetar países distantes pode afetar o Brasil economicamente, por causa deste jogo econômico.

3. POULANTZAS

Vai dar uma centralidade aos movimentos sociais (importante notarmos que o código de ética do SESO afirma a nossa posição em auxiliar os movimentos sociais).

Ele procura estudar como se articulam o Estado, o poder e as classes sociais.

Identifica 3 tipos de Estado dependendo da categoria, mais repressivo ou menos repressivo.

O Estado se materializa, passa a existir de forma concreta, real através de suas instituições (mídia, igreja, escolas, família)

Para o SESO foi importante este debate para entender que é nas instituições que o Estado executa, é onde ocorre as políticas sociais. Sendo assim entender o poder que o Estado exerce através de suas instituições na implementação das políticas sociais.

Tanto Gramsci, Lojkine quanto Poulantzas concordam que o Estado visa atender os interesses da burguesia, como afirma Marx, porem cada um amplia este debate sinalizando pontos relevantes que se complementam nesta questão de Estado Ampliado.

AS CATEGORIAS NO CONTEXTO DO SESO.

Estudando o Estado os autores identificam o Estado Capitalista como autoritário, pois envolve coerção, é violento através da ação da força e através de seus aparelhos de manipulação ideológica, com a finalidade de convencer seus governados à obediência. Pelo uso também de suas instituições como a escola, família, mídia, igreja

Ele cria uma estrutura blindada em volta de si mesmo com a finalidade de manter todas as decisões políticas, econômicas, em torno dele, além de ter o monopólio legal da violência a sua disposição. (Basta analisarmos que o Estado é constituído de Judiciário, Legislativo e Executivo, já dificultando a participação popular nas decisões).

O Estado não é aliado dos movimentos populares, pois, o Estado tem um caráter autoritário com relação aos movimentos populares, regulando, reprimindo suas ações, hora estimulando-os e cooptando-os quando interessa ao bloco do poder (Organizando em proveito próprio); em outros momentos quando não interessa ao bloco do poder (não é proveitoso a ele) reprimindo, regulando (desorganizando em proveito próprio). O Estado cumpre no âmbito político-ideológico, uma função organizadora-desorganizadora de acordo com os interesses dominantes.

O papel do Estado no processo de desenvolvimento capitalista no Brasil é polarizar os interesses da classe dominante e procura garanti-los através do seu aparato repressivo e ideológico do contexto institucional, tendo em vista o seu controle da sociedade civil e seu enfraquecimento.

Também é o principal financiador da acumulação, em favor do grande capital, agenciando recursos captados no exterior.

Tanto aspectos materiais como imateriais, ou seja, a população não tem acesso a todos os bens socialmente produzidos, pois ocorre de forma desigual a sua distribuição ou acesso.

INSTITUÍÇÕES

Instituições são micro representações do Estado responsáveis pela reprodução ideológica e pelo controle da população que se dá através das políticas sociais.

Elas são espaços contraditórios e que visam atender muito mais os interesses das classes dominantes e do Estado.

Maria Ozanira percebe que as instituições são micro representações do Estado, sendo assim tem dentro de si todas as contradições que o Estado possui em suas relações de poder.

As políticas sociais se tornam concretas, reais, por meio das instituições, estas estão dentro da sociedade capitalista que tem sua base no antagonismo de classes – Burguesia X Proletariado – e surgem apenas para atender uma necessidade da sociedade capitalista, elas não surgem por acaso.

Ex.: a escola surge com a finalidade de capacitar o homem a produzir,

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