Os Tipos de observação participante

Tipos de observação participante

Lapassade (2001) considera três tipos de Observação Participante. O primeiro, que designou por Observação Participante periférica, em que o observador tem um certo grau de implicação no grupo, mas não tanta que possa bloquear a sua capacidade de análise. Está mais relacionada com o objetivo da pesquisa, sem manter relações que venha comprometer a pesquisa. Observando a rotina diária, e extraindo dados significativos para o grupo. Uma das principais vantagens deste tipo de observação participante é a capacidade de conhecer um determinado grupo e se manter neutro, sem influenciar na coleta de campo. Em contrapartida existe a desconfiança do grupo em relação ao pesquisador, já que ele não está tão inserido na dinâmica do grupo.

 Já no segundo, Observação com participação ativa, o pesquisador mantém uma participação mais operante no grupo, participando da suas dinâmicas, vivenciado o significado que cada um transmite a um determinado objeto. Esse tipo de observação participante é a mais utilizada pelos pesquisadores, que apreende e ao mesmo tempo se distancia. Uma das vantagens é, por estar inserido de forma mais ativa, isso permite que ele ganhe a confiança mais rápido das pessoas e colete mais dados. No entanto, a facilidade de se envolver na pesquisa e influenciar em alguns dados é mais fácil.

No terceiro tipo, Observação participante total ou completa, é utilizada em estudos de Etnometodologia, em alguns casos de investigação. O pesquisador analisa a dinâmica do grupo de forma mais compreensiva. E possui uma facilidade de ter acesso a informações e detalhes importantes do grupo. Porém esta requer um tempo maior no campo, por conta da sua complexidade.

Onde e quando se utiliza a observação participante?

A observação participante tem origem na antropologia e na sociologia e é geralmente utilizada na pesquisa qualitativa para coleta de dados em situações em que as pessoas se encontram desenvolvendo atividades em seus cenários naturais, permitindo examinar a realidade social (Holloway e Wheeler, 1996). Ela é mais utilizada quando se tem a necessidade de apreender a realidade social de forma mais direta e compreensiva, abordando nas pesquisas qualitativas e antropológicas.

Tipos de método de caso de estudos

Método de estudo de caso único: diz respeito a uma investigação no qual o pesquisador tentar encontrar o porquê e o como a partir de uma teoria que já está formulada, e busca verificar se as preposições da teoria está correta. É utilizado quando um caso é considerado raro, por não ter muita pesquisa acerca do assunto, e não há muitas situações em que se possa comparar. Quando tem a pretensão de unir diversos aspectos do objeto de pesquisa em uma interpretação unificada.

Método de estudo de casos múltiplos: é considerado quando se tem uma prerrogativa que se pretende analisar com bases em outros estudos de casos. Por exemplo quando há uma inovação nas técnicas de produção de uma fábrica de costura, e o pesquisador quer fazer um estudo de caso para saber se essa técnica inovadora vai ter um êxito. Outro pesquisador pode utiliza-se dos métodos deste pesquisador para aplicar em outro setor de produção de uma fábrica. É necessário que se busque casos em que o fenômeno sejam representativos e outros que não seja conforme o fenômeno, e assim fazer uma síntese dos múltiplos casos, focando no que se quer estudar.