Quarta Revolução Industrial
Por: Júlia Zuffa • 20/5/2022 • Trabalho acadêmico • 2.380 Palavras (10 Páginas) • 152 Visualizações
Introdução
Todos os avanços da quarta revolução industrial reflete no comportamento, na saúde, educação e bem estar do ser humano, o que levanta diversos debates éticos tornando possível refletirmos até que ponto essa tecnologia é benéfica.
Desigualdade social e classe média
Quanto mais impactos da quarta revolução industrial são percebidos, mais compreendemos os motivos do aumento da desigualdade social.
A popularização das tecnologias juntamente com a queda de preços atraiu muitos empresários que, viram aí sua oportunidade de crescimento tecnológico e de substituição de funcionários por máquinas. Há alguns anos, com a chegada dos computadores conseguimos observar o quanto a junção homem e máquina foi mais eficaz que a junção homem e homem. Agora com as máquinas com inteligência artificial, principalmente o machine learning o homem será dispensado fazendo com que a máquina seja o principal e único “trabalhador” em diversas áreas. Isso gera um número super elevado em um fator em que o número deveria ser o mais baixo possível, o desemprego. O desemprego atinge desde a classe mais baixa até a classe média, essa que muitas vezes não perde o emprego, mas não recebe mais o quanto deveria para manter uma vida “classe média”. Isso interfere em muitos pontos principalmente na educação, onde cada dia mais presenciamos a elitização das universidades, visto que, um estudante da alta classe consegue obter as melhores tecnologias para estudar, já as classes menos favorecidas não conseguem ter acesso.
Comunidade
A consciência de massa durante muito tempo promoveu a crença de que para o bem de todos é devido abdicar das vontades individuais que não se aplicam a maioria, ou ao que os regentes dos movimentos sociais consideram como interessante. Na atualidade o indivíduo tem a sabedoria que ele pode ser um número, mas seu conteúdo é único e ele tem valor. Um movimento observado desde que a comunicação neutralizou as distâncias entre os semelhantes é que nossos desafios não são tão únicos assim, hoje em dia é possível haver um outro alguém que vive, ou viveu algo semelhante ao nosso desafio (isto não diminui o sentir do indivíduo, isto é único). Esta harmonia fortalece ponto de vista individual e estimula o surgimento de novas comunidades.
A digitalização fortaleceu estes elos além do mundo Web e justificou grande movimentos, constituído por pequenas ondulações, que unidos têm força de tsunami. Sem sobras de dúvida, o digital agregou muito mais valor e benefício em sua aplicação na atualidade do que em pontos negativos. (Citar origem do Waze). É possível notar a presença de públicos uma vez ausentes, mais presentes em demandas que favorecem a sociedade como um todo, tais como como política, ações sociais (soluções tecnológicas voltadas para desenvolvimento cultural e social) e cidadania.
O Indivíduo
A digitalização do mundo como conhecemos teve tamanho impacto pois, apesar de pequenas, as mudanças cotidianas tornaram “palpável” mensurar o ganho da tecnologia no mundo. Como assim? Permitiu com que o indivíduo pudesse criar escalas de quão grande ela pode ser, ou até onde ela pode chegar. Nos dias atuais, já está bem claro que o “céu é o limite”.
A tecnologia encurtou de tal forma o acesso ao conhecimento que o nível de conhecimento “mínimo” do trabalhador da atualidade é agressivo em comparação ao que gerações anteriores foram exigidas e este é um dos pontos que agravam a desigualdade citada neste texto. Este aspecto não pode ser encarado tão somente no ponto negativo, o acesso ao conhecimento a um clique de distância permitiu que óticas antigamente não observadas estejam em também em foco e possam atender necessidades que durante décadas não foram consideradas. De fato, é natural, mesmo sem a tecnologia, que geração após geração se cria a expectativa de o que está por vir será melhor, porém a aplicação da tecnologia deve abranger todos os indivíduos nela inserida. É indevido esperar que a maioria consiga acompanhar como o mundo vem evoluindo de forma tão abrupta e sem suas devidas introduções, na verdade é possível notar que o mundo só não está pior pois ainda há muitos que utilizam métodos antigos neste mundo novo. Inclusive, aqueles que nasceram neste mundo novo, podem não entender muito bem algumas soft skills que são necessárias para convivência harmoniosa, taí outro ponto que devemos dar atenção.
Identidade moralidade e ética
A quarta revolução industrial está promovendo inúmeros avanços tecnológicos rápida e sistematicamente. Essas inovações tecnológicas são caracterizadas pela integração e harmonia de muitas descobertas e disciplinas diferentes. As tecnologias do meio digital, físico e biológico podem interagir entre si. Entretanto, essas transformações estão gerando dilemas éticos e morais.
A tecnologia está mudando não só o que fazemos, mas quem somos. Com o avanço da biotecnologia e da IA, nossa expectativa de vida está aumentando, nossa saúde e cognição estão melhorando.
Hoje, está muito mais fácil sequenciar um genoma humano (se antes custava US$ 2,7 bilhões, hoje custa menos de US$ 10 mil). Doenças causadas por questões genéticas podem ter um melhor e mais personalizado tratamento. Contudo, não se trata apenas de simplesmente melhorar a saúde humana, e sim modificar a genética. No futuro, não existirão mais obstáculos técnicos (e sim, jurídicos, morais, éticos e religiosos) para projetar bebês resistentes a doenças específicas ou com características particulares, extinguindo doenças genéticas, devido à facilidade para manipular o genoma humano.
Também existe a questão da IA. Se redes sociais já preveem o conteúdo que o usuário quer consumir, podem existir, no futuro, máquinas que façam isso e até mesmo antecipem e ultrapassem nossos pensamentos e nos controlem, tornando-nos previsíveis.
Conexão humana
No livro é comentado a falta de contato físico humano com o decorrer do tempo, cada vez mais as pessoas vão se fixando nas tecnologias e interagindo menos pessoalmente umas com as outras. Em uma das pesquisas do MIT, comentada no livro, demonstra que 44% dos adolescentes nunca se “desplugam”, ou seja, nunca param de usar algum aparelho eletrônico para qualquer finalidade. Hoje em dia, existe muitas pessoas com problemas em se socializar com outro pessoalmente por conta do excesso de tempo gasto em redes sociais e/ou outros tipos de aplicativos.
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