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Síntes Capital e Fetiche - Iamamoto

Por:   •  2/5/2015  •  Resenha  •  1.581 Palavras (7 Páginas)  •  605 Visualizações

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IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de Capital fetiche: capital financeiro,

trabalho e questão social. – 4.ed. – São Paulo: Cortez, 2010.

DA INTRODUÇÃO – ILUMINANDO AS APROXIMAÇÕES QUE ESTÃO POR VIR...

O valor produzido anualmente divide-se em capital e rendas (renda do solo, lucro e salário).

Mistificação do processo social de produção, alienando-se das fontes de rendimento: capital-juro, terra-renda e

trabalho-salário. Não são independentes entre si, mas são partes do trabalho social materializado. Estão

vinculadas tanto na esfera da produção como na esfera da circulação.

Dos problemas que encobrem e mistificam então o modo de produção:

1) Trabalho e reprodução das relações sociais são tomadas como um dado apenas e não como um

problema;

2) Redução do trabalho ao trabalho concreto (processo técnico-material), esvaziado da compreensão de

trabalho abstrato;

3) Segmentação entre a produção (como se fosse apenas o antigo trabalho fabril) e a reprodução (restrita

apenas a um dos seus elementos que é a reprodução da força de trabalho);

4) Trabalho restrito ao trabalho material na sua transformação imediata da natureza.

Todos esses problemas incidem na nossa arena profissional – como se o Serviço Social não estivesse nesse

emaranhado, “elidindo, entretanto, suas implicações no circuito da produção e distribuição do valor e/ou da

mais-valia” (p.31).

Necessidade então do resgate da teoria do valor trabalho. Lembrando que trabalho concreto produz valor de

uso, satisfaz necessidades sociais da fantasia e do estômago. E o trabalho abstrato supõe igualação social de

diferentes tipos de trabalho, que se realiza na forma especifica de igualação dos produtos do trabalho na troca.

No processo de troca o trabalho privado se confirma como trabalho social – o que supõe um equivalente geral

que é o dinheiro, que permita trocar trabalho privado por outro trabalho privado. Esse trabalho privado só se

mostra social por meio de valor de troca, que o revela como trabalho abstrato, parte de uma mesma massa social

homogênea.

Valor de troca não é mero assessório na leitura de qualquer tipo de especialização do trabalho, não é suficiente

pensar o trabalho do assistente social, portanto, como mero trabalho concreto.

No intuito de desvendar os fetiches presentes no processo de produção e reprodução do capitalismo como

relação social, são consideradas (final da p. 32):

1) Produtividade do capital – como e por meio de que – o trabalho se manifesta como trabalho produtivo

e improdutivo;

2) Propriedade e renda fundiária;

3) Ápice da fetichização presente no capital-dinheiro que rende juros, o capital fetiche.

Esse ápice da fetichização é a representação da propriedade do dinheiro como meio ou forma de apropriação do

trabalho à margem, fora do processo de produção. “O capital dinheiro aparece na superfície numa relação

consigo mesmo, como fonte independente de valor, pois o juro aparece brotando da mera propriedade do

capital” (p.34).

Juro - parte da mais-valia, assim como lucro.

No empréstimo: é peculiar à circulação do capital como mercadoria; é uma transação jurídica; a propriedade do

capital não é cedida, não há compra e venda; há uma cessão provisória do capital com posterior reembolso

valorizado que é o seu valor acrescido de mais-valia sob a forma de juro; o capital mantem sua relação original

com seu proprietário.

A taxa de juro é determinada pela taxa geral de lucro e suas flutuações, mas com o desenvolvimento do sistema

de crédito, a taxa de juro torna-se independente da taxa de lucro.

Crédito: passa a ser condição do fluxo ininterrupto da produção; da redução do tempo de circulação; da

ampliação da capacidade de consumo; de media e nivelamento da taxa de lucro; estimula a especulação sem

limites e mantem separado o ato de compra e venda; é especulativa porque aposta na receita esperada calculada

por antecipação. “Eleva a ordem capitalista a sua forma suprema, aproximando-a de sua dissolução para

decepção dos ilusionistas da circulação” (p.36)

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Material elaborado por Vanessa Azevedo

CAPITULO I – A SOCIABILIDADE NA ÓRBITA DO CAPITAL: INVISIBILIDADE DO TRABALHO E

RADICALIZAÇÃO DA ALIENAÇÃO

2. DESVENDANDO O CAPITAL FETICHE: A VISIBILIDADE DO TRABALHO E OS PROCESSOS DE

ALIENAÇÃO

Possível tese: As relações sociais ficam escondidas pela “trindade econômica” que apresenta as fontes de rend a do

modo de produção capitalista, segmentadas ente si, como se fossem independentes do trabalho produtivo, criador da

mais-valia. Esta “trindade” é representada sob a forma de lucro industrial e comercial i, renda fundiária ii e juro iii. “Partes

do mesmo trabalho social

...

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