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Sociologia

Por:   •  20/10/2015  •  Artigo  •  610 Palavras (3 Páginas)  •  180 Visualizações

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Atividade 2

Para compreendermos melhor o pensamento boasiano, leia o texto “Franz Boas e a concepção particularista de cultura”, p.39-46, do livro de CUCHE, Denys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. São Paulo, 1999. Após, elabore um texto, destacando as principais premissas da sua concepção de cultura.

Franz Uri Boas foi o primeiro antropólogo a realizar pesquisas empíricas das culturas primitivas, assim, tornando-se o criador da etnografia. Boas, estudou em diversas universidades da Alemanha, e dentre outros cursos, foi o estudo da geografia que o levou a antropologia.

Entre os anos de 1883 e 1884 participou de uma expedição entre os Esquimós da terra de Baffin. Sua preocupação como geógrafo de estudar o efeito do meio físico sobre a sociedade esquimó o fez perceber que a organização social era determinada mais pela cultura do que pelo ambiente físico. Dessa forma retornou a Alemanha para se dedicar a antropologia.

Toda sua obra é uma tentativa de pensar a diferença entre os grupos humanos, que para ele é de ordem cultural e não racial.

Entre 1908 e 1910 Boas realizou um estuda da variação de traços morfológicos sob a pressão de um ambiente novo, do qual concluiu que as raças não são estáveis e não há caracteres raciais imutáveis consequentemente é impossível definir uma raça com precisão, mostrando uma dissociação entre cultura e biologia.

Assim, depois de se opor a noção de raça, ele assumiu um conceito de cultura mais pertinente à diversidade humana, para ele, não há diferença fundamental de “natureza” entre primitivos e civilizados, somente diferença de cultura adquirida e não inata. Boas, afirma embasado em seus estudos empíricos, que não existe nada de universal entre os povos e que a única coisa comum entre todos é a possibilidade de mudança e a capacidade de variar constantemente.

Boas estabeleceu como parâmetro um diálogo crítico com as teorias vigentes até então, em especial com a teoria evolucionista, para ele havia pouca probabilidade de descobrir leis universais de funcionamento das sociedades e das culturas humanas. E pelo mesmo motivo duvidava das teses difusionistas, pois recusava qualquer generalização que não pudesse ser demonstrada empiricamente.

Franz Boas propôs o método histórico também conhecido como particularismo histórico, acreditando ser necessário ir a campo e procurar saber da cultura dos povos, para se ter uma história baseada em fatos, já que era contra as teorias históricas. Para ele cada cultura é única e específica, pois tinha consciência da complexidade de cada sistema cultural.

 Essa mudança metodológica e conceitual foi relevante na antropologia e influenciou fortemente as demais ciências humanas e até mesmo a psicologia e a psicanálise

Em decorrência do sucesso dos trabalhos realizados em prol da existência de "culturas" e não "cultura", e contra o racismo, que Boas se tornou o fundador da antropologia cultural norte-americana e que sua abordagem se tornou das mais bem aceitas e coerentes, seu legado não está apenas presente nos seus escritos acerca de sua concepção de antropologia, e sim nos ensinamentos que transmitiu a seus alunos. Como professor, a influência de Boas foi clara sobre muitos antropólogos e linguistas famosos, como Gilberto Freyre, Ruth Benedict, Margaret Mead, que fundaram a linha de pensamento Boasiana chamada “Cultura e Personalidade”, aproximando psicologia e cultura.

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