Trabalho de Serviço Social

Trabalho de Serviço Social

Aluna: Keiciane Pinheiro Peixoto

Curso: serviço social

1) “Na atual conjuntura de precarização e subalternização do trabalho à ordem do mercado e de mudanças nas bases da ação social do Estado, as manifestações da “questão social” assumem novas configurações e expressões como: insegurança e vulnerabilidade do trabalho e a penalização dos trabalhadores, o desemprego, o achatamento salarial, o aumento da exploração do trabalho feminino, a desregulamentação geral dos mercados e outras tantas questões com as quais os assistentes sociais convivem cotidianamente”. Com base na afirmativa de Yasbek discorra brevemente sobre os elementos que conformam o contexto de precarização do trabalho e sua relação com o Serviço Social brasileiro.  

 

             Para abordamos os elementos que contribuíram para a precarização do trabalho nas últimas décadas não podemos deixar de citar a política neoliberal e as privatizações dos setores públicos que trazem insegurança aos servidores públicos.             A constituição de 1988 (Constituição Cidadã), embora assegure direitos, não foi suficiente para impedir o sucateamento/perda de direitos trabalhistas propostos pelas políticas/contrarreformas atuais, que baseado numa visão econômica de contenção de gasto pelo estado congelando salários   e realização de concursos públicos, dando  ênfase  a terceirização, subcontratação e empregos temporários , os quais causam no trabalhador  medo, insegurança e exploração  

  Os elementos de precarização aumentaram ainda mais com as medidas de distanciamento social tomadas para evitar a propagação do novo coronavírus. Diversos setores da economia têm sofrido grandes perdas e atingindo de forma direita as famílias que dependem do emprego assalariado.  

A redução do ritmo das atividades industriais e comerciais aumentou a possibilidade de demissões em grande escala, agravando a crise financeira e econômica que o Brasil já atravessa. Nesse caso, as condições de trabalho consideradas insuficientes tornam-se mais instáveis.  

            Um exemplo de insegurança e instabilidades que podemos citar é o aplicativo de entrega porque o entregador trabalha o dobro para atender as demandas e não possuir vínculo empregatício com a empresa, ou seja, se ele sofrer um acidente não terá direito ao seguro saúde e nem receberá ajuda financeira da emprega para ficar em casa até sua recuperação.  

                No contexto de uma pandemia, o cruel modelo econômico continua (ainda mais cruel e excludente) para as classes subalternas. O auxílio emergencial, que foi criado para como medida provisória devido ao avanço do coronavírus no Brasil não alcançou  todas as famílias que dele necessitava,  isso acarretou um desmazelo social,  enfatizando várias expressões da questão social entre elas a fome,  o desemprego, a prostituição , a condição vulnerável de morador de rua .De acordo com a autora Maria Carmelita Yazbek, diante dessa situação o Assistente Social vem reformulando suas técnicas  intervindo nas relações sociais ou seja, na vida cotidiana dos seus  usuário que necessita de atendimento  desse profissional  na busca por seus  direitos. Sendo que essa intervenção podem ser voltadas para a renovação da ordem vigente, ou seja, de mostrar a necessidade e importância das lutas da classe trabalhadora ou simplesmente ser voltada para a manutenção da ordem vigente .

A atuação  técnica  dos assistentes sociais  pautada  no Código de Ética e no Projeto Ético Político  da categoria  e sendo possuidores de relativa autonomia  dão a eles a possibilidade  de superar/atuar no combate a perpetuação dessa ideologia assistencialista/ capitalista, voltando suas ações  para a conquista/manutenção  dos direitos e efetivação  dos direitos  já  conquistados pela CF/1988 e de muitos outros que se faz necessário para que a  desigualdade  social  venha a diminuir no Brasil.