UMA CONCEPÇÃO TEÓRICA DA REPRODUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS
Por: Iorrane Cunha da Silva • 23/5/2016 • Resenha • 5.775 Palavras (24 Páginas) • 945 Visualizações
LIVRO: RELAÇÕES SOCIAIS E SESO
CAP. 1 : UMA CONCEPÇÃO TEÓRICA DA REPRODUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS:
1.1: A PRODUÇÃO CAPITALISTA É PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO:
Em primeiro lugar, para tratar do significado e motivo da profissão dentro do processo de reprodução das relaçoes sociais é preciso detectar o movimento histórico que se renovam as relações sociais no sistema capitalista.
Diante disso, é preciso ter noção de que a produção é uma atividade social, o que significa dizer que ela só ocorre por estar inserida na dinâmica da sociabilidade, permeada e realizada devido as relações sociais entre os homens, que estabelecem relações mútas de transformação da natureza para obter seu objeto. Essa relação entre os indivíduos variam de acordo com o nível de desenvolvimento dos meios de produção, e por isso a produção social é essencialmente histórica. Sendo a forma de produção, se ela está mais ou menos complexificada que vai traçar como os seres e a sociedade funciona, as relações sociais, portanto, modificam-se de acordo com a alteração dos meios materiais de produção.
No modo de produção capitalista, os homens expressam uma forma determinada de produção material e das relações sociais que tem efeitos da produção. Além de produzir os objetos, há relações sociais entre os homens, entre classes sociais. Para Marx, o capital não é uma coisa material, mas sim uma relação social de produção que corresponde a uma sociedade, "é o conjunto dos meios de produção monopolizados por uma determinada parte da sociedade" (MARX, , as condições horrorosas de trabalho frente a FT viva. (USADO NO TCC
O processo de reificação que ocorre no capital em que as relações sociais aparecem como relação entre coisas, já que o capital se expressa através de mercadorias, despeito de que sejam expessões de relações entre classes sociais antagônicas.
2. O CAPITAL COMO RELAÇÃO SOCIAL
2.1: O CAPITAL E A FORMA MERCADORIA:
O sistema capitalista, aparece como um mundo de mercadorias e por isso a investigação parte dela. Valendo ressaltar uma observação de que é somente sob a édige do capital industrial que a mercadoria assume uma forma geral pois ela atige a FT que começa ter lugar apenas para ser comprada e vendida, em que seu valor de uso é apenas fonte de mais valor.
As mercadorias caracterizam-se por serem objetos úteis que atendem necessidades sociais, são os valores de uso, que são suporte material dos valores de troca. Além disso, são produto do trabalho humano, e para a realização da troca, é necessário a criação de valores que são medidos através do temp de trabalho socialmente necessário durante a produção de tal objeto. Os produtos assumem, durante o processo histórico, a forma mercadoria porque são objetos gerados do trabalho particular que precisa ser trocado, integrado na DST
A partir dessa produção no intuito de realizar uma troca que seja útil para ambas as pessoas envolvidas, essa relação aparenta ser independente dos seus produtores, mas uma relação entre coisas, entre os seus objetos produzidos. As relações aparecem invertidas, ou seja, se mostram como relações sociais entre coisas e relações materiais entre pessoas.
2.2 A TRANSFORMAÇÃO DA MERCADORIA EM CAPITAL:
No capital, há um atrito entre os detentores dos meios de produção e de subsistência, a classe capitalista, a minoria, e os trabalhadores que não possuem condições de exercerem seu trabalho pois não tem os meios de produção necessários para isso, esses, portanto, apenas detem sua força de trabalho para sobreviver.
O produto da produção capitalista é a mais-valia, aquilo que indica mais trabalho, um sobrevalor diante do que foi feito no início da produção. É a materialização de tempo de trabalho excedente, não pago, que é apropriado pelos capitalistas.
A transformação de dinheiro em capital ocorre em 3 processos:
1) Na compra e vendo dos MP e da FT;
2) A partir do momento em que os MP são transformados em produtos, contendo o valor do K adiantado e o valor da mais-valia adicionada;
3) A transformação da mercadoria em dinheiro;
A FT tem no seu valor de uso uma fonte de valor, já que o seu consumo ocorre na materialização do trabalho, ou seja, na criação de valor. Para que isso ocorra, o capitalista, o dententor dos MP, precisa encontrar no mercado, trabalhadores livres, em dois sentidos, pois terá que dispor livremente da sua FT, sem ser propriedade de outra pessoa, como sua própria mercadoria e não ter nenhuma outra para vender.
O trabalhador, e portanto sua classe, se depara com a obrigação em vender, para sua própria subsistência, a única mercadoria que possui que é a sua FT, vende parte de si mesmo. Já que, uma vez desprovido dos MP, está também desprovido dos meios de subsistência e como os MP estão monopolizados pela classe kst não há outra forma de sobreviver a não ser vender parte de si em troca de um valor próximo aos meios necessários para sua subsistência e de sua família, o salário.
A condição história para o início do K é a existência no mercado da FT como mercadoria. A FT pertence ao kst que a comprou e que a emprega produtivamente durante um certo período de tempo, esse pertencimento ocorre do mesmo modo que os MP lhe pertencem. O kst, portanto, controla o seu trabalho, através de direcionamentos e vigilância, por motivos óbvios de maior exploração possível do trabalho e também para evitar disperdícios, o que significaria menos lucro.
O trabalho e o seu produto são propriedades do capitalista que o compra, o processo de trabalho fica, portanto, com uma sensação de ser entre coisas compradas por aquele que detém os MP, relações de coisas que são dessa pessoa. Isso significa dizer que uma vez consumida, a força de trabalho não pertence mais ao próprio indivíduo, mas ao capitalista que a comprou temporariamente mediante um contrato de trabalho. (TCC PARA EXPLICAR REIFICAÇÃO - RELAÇÃO ENTRE COISAS PAG. 47)
Essa mercadoria tem seu valor de uso como fonte de valor superior ao seu preço se ela criar um objeto, portanto, o seu valor na circulação é distinto da imensidão que se pode ser criado na esfera da produção, já que ela gera um aumento de valor: a mais-valia. Sendo de interesse do capitalista sempre procurar por uma maneira de aumentar o seu lucro e o mais valor, através do tempo socialmente necessário, seja aumentando a jornada de trabalho, ou aumentando a forma de produtividade, para obter o maior trabalho possível, pois toda intensificação significa mais valor. Os valores apenas se conservam a partir da absorção do trabalho vivo, que é o meio de valorização de todo capital.
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