A QUIMICA NA AGRICULTURA
Artigo: A QUIMICA NA AGRICULTURA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vandersy • 5/7/2014 • 4.408 Palavras (18 Páginas) • 814 Visualizações
GOVERNADOR VALADARES - MG
2014
A Química na agricultura e o Desenvolvimento Sustentável
Introdução
A sustentabilidade envolve desenvolvimento econômico, social e respeito ao equilíbrio e às limitações dos recursos naturais. Entre todos os setores de atividades econômicas, a agricultura é aquele dos mais frequentemente questionado a propósito das preocupações em promover um “desenvolvimento sustentável” no seio de nossas sociedades. Dados recentes revelam que, na França, ela contribui com cerca de 18% das emissões de gás com efeito estufa (CITEPA, 2008) e consome cerca de 70% da água no planeta (CNRS, 2002). É também muitas vezes denunciada por efeitos danosos em termos de poluição da água, do ar e dos solos. Ademais, a agricultura é cada vez mais questionada em razão, entre outros problemas, da erosão dos solos, desertificação, perda da biodiversidade, menor qualidade sanitária dos alimentos, destruição dos empregos e êxodo rural (em aceleração nos países do hemisfério “Sul”). No entanto, é necessário que a agricultura alimente melhor a população mundial, que não cessa de aumentar , como também satisfazer uma demanda crescente de produtos cada vez mais diversificados . A Química realizou descobertas ao longo dos anos que contribuíram grandemente para o aumento da produção agrícola. Um exemplo é a descoberta da síntese da amônia, que levou à produção de adubos químicos nitrogenados.
Toda essa evolução química garantiu a possibilidade de produzir alimentos suficientes para toda a população do planeta. Mesmo assim, um problema que ainda persiste é a fome. O modelo de desenvolvimento adotado na maioria dos países, a chamada “sociedade de consumo”, leva as indústrias e fábricas a extrair o máximo de recursos do planeta para acumular riquezas e satisfazer o consumismo exagerado.
1 - CONHECENDO OS SOLOS
A variação dos solos depende da posição em que os solos estão em uma determinada paisagem, bem como o conteúdo de sua matéria orgânica, Minerologia dentre outros fatores, por isso, quanto mais escura é a cor do solo, significa que há maior quantidade de matéria orgânica nele e isto pode indicar a fertilidade deste solo. A textura dos solos também está relacionada com as partículas que os compõe. Já a consistência está relacionada com a influência que as forças de coesão e adesão exercem sobre as partes que constituem o solo, variando ainda, conforme a umidade do mesmo.
Abaixo uma tabela com a composição das substâncias sólidas, líquidas e gasosas do solo:
Substâncias Sólidas Água Ar
Partículas Minerais: originadas da desintegração e decomposição das rochas.
Partículas Orgânicas: formadas por restos de seres vivos ou produtos eliminados por estes.
É o meio onde os nutrientes solúveis do solo estão dissolvidos. Ocupa o espaço entre as partículas permitindo a respiração dos microorganismos e das raízes das plantas.
1 .1 - FORMAÇÃO DO SOLO
O solo nada mais é do que o resultado da ação conjunta de agentes externos (como chuva, vento, umidade etc.) sobre restos minerais, porém enriquecidos com matéria orgânica.
Sem a presença de matéria orgânica não há a formação de solo, tratando-se somente de minerais não consolidados.
O solo pode ser compreendido como conseqüência da ação do tempo, dos vegetais e animais, do clima e da topografia sobre o material do subsolo (rocha). Estes fatores são chamados de agentes formadores do solo. Estes agentes podem ser divididos em agentes ativos; o clima e a biosfera, e a agentes passivos: a rocha e o relevo.
O tempo determina a maturidade do processo de formação do solo, dividindo os solos em jovens e maduros, dependendo da intensidade da atuação.
1.2 - PERFIL DOS SOLOS
O solo é dividido em camadas horizontais ( fig 01 ), chamados de horizontes. As características que podem ser levadas em conta para diferenciação dos horizontes dependem do conhecimento da pessoa que está realizando o trabalho e são baseados em alguns critérios como textura, cor, consistência, estrutura, atividade biológica, tipo de superfície dos agregados, etc.
Normalmente o solo possui três horizontes bem fáceis de distinguir, o horizonte O, que representa a matéria orgânica presente na superfície; o horizonte A, que representa a região em que o solo perde material para as camadas mais profundas e o horizonte B, local em que se acumulam os materiais perdidos pelo horizonte A.
Outras camadas importantes para se distinguir um perfil de solo são o horizonte C, e R, caracterizados pela rocha matriz decomposta (C) e não decomposta (R).
No exame do perfil do solo três variáveis são de fácil identificação, podendo ser realizadas no campo e por pessoas sem experiência nesta área.
A cor é uma das características que mais chamam a atenção, devido às várias tonalidades de coloração existentes no perfil, permitindo uma rápida delimitação dos horizontes.
Na determinação da cor do solo 3 são os fatores predominantes; a matéria orgânica, que confere uma cor escura; o ferro, que confere um tom avermelhado e a quantidade de sílica (quartzo), que clareia o horizonte. Ou seja, quanto mais escuro (negro) for o solo, mais matéria orgânica ele possui; quanto mais vermelho, mais compostos de ferro e quanto mais claro (branco), mais quartzo terá.
A textura do solo refere-se às proporções dos grupos de grãos que formam o solo, ou seja à proporção de argila, silte e areia. Na prática o conhecimento da textura é feito mediante a manipulação do solo úmido entre os dedos, o que dará uma idéia, pela manipulação táctil, da predominância das frações granulométricas finas e grosseiras.
A consistência do solo é a última variável de fácil identificação no campo e é dividida em seca, úmida, molhada e cimentada. Estas classes são expressas pelo grau de adesão ou pela resistência à deformação.
Figura 01 – camadas do solo
Se observarmos um determinado volume de solo, verificaremos
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