A estratégia do Ministério da Saúde, lançada em março de 2011, tem como objetivo introduzir uma rede de assistência para garantir que as mulheres tenham direito ao planejamento reprodutivo e uma atenção humanizada à gravidez, parto e pós-parto
Artigo: A estratégia do Ministério da Saúde, lançada em março de 2011, tem como objetivo introduzir uma rede de assistência para garantir que as mulheres tenham direito ao planejamento reprodutivo e uma atenção humanizada à gravidez, parto e pós-parto. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: aleteninho • 15/5/2014 • Artigo • 1.084 Palavras (5 Páginas) • 493 Visualizações
Especialização em Saúde Pública e Saúde da Família
Disciplina: Políticas de Atenção a Saúde da Mulher
Professora: Rosalice
RELATÓRIO SOBRE A ESTRATÉGIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE:
REDE CEGONHA
Alexandra Souza de Carvalho Prado
MAR / 2014
DISPOSIÇÕES GERAIS
A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde lançada em março de 2011, que visa implementar uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Esta estratégia tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional, iniciando sua implantação respeitando o critério epidemiológico, taxa de mortalidade infantil e razão mortalidade materna e densidade populacional.
Com um investimento de R$ 9,4 bilhões do Ministério da Saúde, que serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança, a Rede Cegonha iniciou o atendimento às futuras mães pela Amazônia e pela região Nordeste, que registram a maior taxa de mortalidade infantil e materna do País. Também terão prioridade as regiões metropolitanas de todo o país, porque concentram o maior número de gestantes.
É importante ressaltar o conceito de morte materna o qual engloba as mortes que ocorrem durante a gestação ou até 42 dias após o parto, qualquer que tenha sido a duração da gravidez. A estatística para calcular as taxas de mortalidade materna incluem causas diretas de morte materna, como eclampsia e hemorragia pós - parto, e indiretas (doenças preexistentes agravadas na gravidez, como diabetes e doenças circulatórias), e exclui causas externas, como acidentes. A seguir apresentamos um gráfico com as principais causas de morte entre as mulheres no período gestacional e pós-gestação.
Fonte da Imagem: Folha de São Paulo
Fato é que o Brasil possui uma meta junto à ONU, no chamado Quinto Objetivo do Milênio que é melhorar a saúde da mulher, reduzindo para 35 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos até 2015.
Problemas como a hipertensão é apontada, desde 1990, como a principal causa de morte materna, seguida de hemorragia e infecção pós-parto, de acordo com os registros do Ministério da Saúde. Em 2010, 13,8 mortes maternas por hipertensão foram contabilizadas para cada 100 mil nascidos vivos. Em 1990, esse índice chegou a 40,6 por 100 mil. Houve redução nas mortes por hemorragia (índice de 7,9 por 100 mil em 2010) e por infecção pós-parto (4,4 por 100 mil em 2010) da ordem de 60% desde a década de 1990.
Entre as causas de morte materna, o aborto registrou queda no período, sendo situado em quinto lugar. Contudo, este número pode estar subestimado, tendo em vista que a prática é considerada crime, salvo nos casos em que a gestação oferece risco à vida da gestante ou quando teve origem a partir de estupro.
A única causa indireta que aparece entre as principais relacionadas à morte materna nos últimos 30 anos é a doença circulatória agravada pela gravidez e pelo parto.
Uma das inovações do programa em relação aos serviços oferecidos atualmente é a proximidade com que vai atuar o governo federal junto aos estados e municípios, para que haja maior comprometimento com a mudança das práticas, e que os repasses estarão diretamente vinculados às ações realizadas. Serão disponibilizados os testes rápidos de gravidez em todos os Postos de Saúde, a fim de que, uma vez confirmada a gestação, se inicie o quanto antes o pré-natal. A partir da confirmação, deverão ser garantidas pelo menos seis consultas médicas, além de uma série de exames clínicos e laboratoriais. A gestante será vinculada desde o pré-natal à maternidade onde será realizado o parto. Caso necessário, as grávidas devem receber auxílio para o deslocamento até o local das consultas de pré-natal, e para se deslocarem até a maternidade, quando forem dar à luz.
A Rede Cegonha prevê ainda a qualificação dos profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento às mulheres durante a gravidez, parto e puerpério, bem como a criação de estruturas de assistência, como a Casa da Gestante e a Casa do Bebê, e os Centros de Parto Normal, que devem funcionar em conjunto com a maternidade para humanizar o nascimento.
As boas práticas
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