ATPES TERMODINÂMICAS
Projeto de pesquisa: ATPES TERMODINÂMICAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 13/9/2014 • Projeto de pesquisa • 2.342 Palavras (10 Páginas) • 294 Visualizações
ATPS DE TERMODINÂMICA
Introdução:
A termodinâmica é o ramo da física que estuda as relações entre o calor trocado, representado pela letra Q, e o trabalho realizado, representado pela letra τ, num determinado processo físico que envolve a presença de um corpo e/ou sistema e o meio exterior. É através das variações de temperatura, pressão e volume, que a física busca compreender o comportamento e as transformações que ocorrem na natureza.
ETAPA 1
Passo 1(equipe)
1-Pesquisar como funciona o sistema de refrigeração de um motor de combustão interna, qual é o tipo de substância utilizada como líquido de arrefecimento e quais as suas propriedades.
Há dois tipos de sistemas de arrefecimento encontrados em carros: arrefecimento a líquido e arrefecimento a ar.
Arrefecimento a líquido;
O sistema de arrefecimento a líquido faz circular um fluido por mangueiras e partes do motor. Ao passar pelo motor quente o líquido absorve calor, resfriando o motor. Depois que o fluido deixa o motor ele passa por um trocador de calor, ou radiador, que transfere o calor do fluido para o ar que passa pelo radiador.
Arrefecimento a ar;
Alguns carros mais antigos (o Fusca e seus derivados, por exemplo) e uns poucos contemporâneos usam motores refrigerados a ar. Em vez de haver um líquido circulando pelo motor, o bloco e o cabeçote são dotados de aletas que aumentam a área de
absorção de calor e de contato com o ar, conduzindo o calor para longe do motor. Uma potente ventoinha força o ar sobre essas aletas, que resfriam o motor ao acelerar a transferência de calor para o ar. Quando o motor é exposto ao fluxo de ar, como nas motocicletas, a ventoinha pode ser dispensada.
A água é um dos fluidos mais eficazes na conservação de calor, mas ela congela numa temperatura muito alta para ser usada em motores de automóveis. O fluido que a maioria dos carros usa é uma mistura de água e etileno-glicol (C2H6O2), também conhecido como aditivo de radiador ou anticongelante. Adicionando-se etileno-glicol à água, os pontos de ebulição e de congelamento melhoram significativamente.
Água pura
50/50
C2H6O2/Água
70/30
C2H6O2/Água
Ponto de congelamento
-0º C
-37º C
-55º C
Ponto de ebulição
100º C
106º C
113° C
Passo 2 (Equipe)
1- Comparar a quantidade de água e de ar necessárias para proporcionar a mesma refrigeração a um motor de automóvel.
Resposta:
Q= m.c.∆T
m.cágua.∆T = m.car∆T
m.água = c.água
m.ar C.ar
c.água = 4.186 J\Kg.K = 4.186 J\Kg.K
c.ar = 1.000J\Kg.K
Logo,
São necessários 4.186 J\Kg. K de
ar para proporcionar a mesma refrigeração da água.
Passo 3 (Equipe)
1- Pesquisar qual a faixa de temperatura em que geralmente o líquido de arrefecimento opera, e o tipo de termômetro utilizado para fazer essa medição da temperatura do motor do carro.
Resposta: O principal soluto nos líquidos de arrefecimento é o etileno glicol, (1, 2
etanodiol), álcool de fórmula HO-CH2CH2-OH. A sua temperatura de congelamento é de -12,9oC, e a de ebulição é de 197,3º.A adição de 50% de etileno glicol à água de arrefecimento faz com que a temperatura de congelamento seja inferior a -33C, e a de ebulição, superior a 160ºC.
Para medir a temperatura e utilizado um Sensor temperatura líquido de arrefecimento que Informa à central a temperatura do líquido de arrefecimento, o que é muito importante, pois identifica a temperatura do motor. Nos momentos mais frios o motor necessita de mais combustível.
2- Justificar a importância desse tipo de medição em relação à combustão do combustível.
Resposta:
Fazendo a regulagem da temperatura do fluido, o motor trabalha na sua temperatura normal e aumenta o rendimento do motor e consequentemente reduz o consumo de combustível.
3- Converter a temperatura máxima e mínima encontradas e a diferença entre elas em outras duas escalas termométricas, a Kelvin e Fahrenheit.
-12ºC para congelamento e 197,3ºC para ebulição
Kelvin
Congelamento: -285.15ºK
Ebulição: 470,45ºK
K = °C + 273,15
Fahrenheit
Congelamento: - 53,6ºF
Ebulição: 387,14ºF
°F = °C × 1,8 + 32
4- Comentário sobre a utilização dessas escalas em outros países:
A escala Celsius é usada em quase todo o mundo cotidianamente, apesar de ter sido chamada de centigrama até o final de 1980 e início de 1990, principalmente em previsões do tempo em redes de rádio e televisão europeias como a BBC, a ITV, e RTÉ.
A escala Fahrenheit foi utilizada principalmente pelos países que foram colonizados pelos britânicos, mas seu uso atualmente se restringe a poucos países de língua inglesa, como os Estados Unidos
O kelvin (símbolo: K) é o nome da unidade de base do Sistema Internacional de Unidades (SI) para a grandeza temperatura termodinâmica. O kelvin é a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo da água.
Passo 4 (Equipe)
Comparar o coeficiente de dilatação térmica da gasolina e do álcool e verificar em que horário é mais vantajoso o abastecimento com esses combustíveis, baseado em propriedades físicas como densidade e temperatura.
Resposta:
Gasolina
Massa específica = 0,66 Kh\dm3
Coeficiente de dilatação = 9,6 x 10-4 (20 - 220ºC)
Ponto de fusão ºC = -95,3
Ponto de ebulição ºC = 68,74
Álcool
Massa especifica = 0,79 Kg\dm3
Coeficiente de dilatação = 1100 x 10-6(0 – 60ºC)
Ponto de
fusão ºC = -114,1
Ponto de ebulição ºC = 78,3
Baseado nos dados acima a gasolina e mais vantajosa abastecer nos horários em que a temperatura está mais fria, ou seja, pela manhã, já o álcool e mais vantajoso em horários com temperatura mais elevada.
ETAPA 2
Passo 1 (equipe)
Pesquisar em livros da área a Primeira Lei da Termodinâmica, descrevendo a equação matemática que representa essa lei.
Resposta:
A primeira lei da termodinâmica nada mais é que o princípio da conservação de energia e, apesar de ser estudado para os gases, pode ser aplicado em quaisquer processos em que a energia de um sistema é trocado com o meio externo na forma de calor e trabalho.
Quando fornecemos a um sistema certa quantidade de energia Q, esta energia pode ser usada de duas maneiras:
1. Uma parte da energia pode ser usada para o sistema realizar um trabalho (t), expandindo-se ou contraindo-se, ou também pode acontecer de o sistema não alterar seu volume (t = 0);
2. A outra parte pode ser absorvida pelo sistema, virando energia interna, ou seja, essa outra parte de energia é igual à variação de energia (ΔU) do sistema. Se a variação de energia for zero (ΔU = 0) o sistema utilizou toda a energia em forma de trabalho.
ΔU= Q – t
Assim temos enunciada a primeira lei da termodinâmica: a variação de energia interna ΔU de um sistema é igual a diferença entre o calor Q trocado com
o meio externo e o trabalho t por ele realizado durante uma transformação.
Aplicando a lei de conservação da energia, temos seguinte equação:
Equação: (ΔU= Q – t à Q = ΔU + t)
* Q à Quantidade de calor trocado com o meio:
Q > 0 à o sistema recebe calor;
Q < 0 à o sistema perde calor.
* ΔU à Variação da energia interna do gás:
ΔU > 0 à a energia interna aumenta, portanto, sua temperatura aumenta;
ΔU < 0 à a energia interna diminui, portanto, sua temperatura diminui.
* t à Energia que o gás troca com o meio sob a forma de trabalho:
t > 0 à o gás fornece energia ao meio, portanto, o volume aumenta;
t < 0 à o gás recebe energia do meio, portanto, o volume diminui.
Passo 2 (equipe)
1- Pesquisar, em livros da área, revistas e jornais, ou sites da internet, os modos de transferência de calor que ocorrem nos motores automotivos, as equações envolvidas e o significado de cada termo, e como esses modos afetam o desempenho do carro.
Resposta:
Condução
_ Modo de transferência em sólidos e líquidos em repouso
_ A intensidade é função do material e do gradiente de temperatura
_ É o modo de transferência de calor no cabeçote, paredes do cilindro, pistão, bloco e coletores, onde:
q= fluxo de calor (W/m2)
k = condutibilidade térmica (W/m/K)
A = área transversal de transferência (m2)
Convecção
_ Modo de transferência entre fluidos e uma superfície sólida;
_ A intensidade é função do fluido, do movimento relativo da diferença de temperaturas;
_ No motor a convecção é forçada, em regime turbulento, pois existe bombeamento dos fluidos;
_ Depende de relações empíricas específicas para cada tipo de escoamento e geometria;
_ É o modo de transferência de calor entre os gases e líquidos e as paredes dos componentes do motor, onde:
h = coeficiente de transferência de calor por convecção (W/m2/K)
Tw = temperatura da superfície da parede sólida (K)
T= temperatura média do fluido (K)
Radiação
_ Modo de transferência entre corpos quentes e frios por meio de emissão e absorção de ondas eletromagnéticas;
_ A intensidade é função da diferença de temperaturas;
_ Depende de parâmetros de forma, absorção e emissividade específicos para cada tipo material e geometria;
_ É um modo secundário de transferência de calor entre os gases quentes durante a queima e as paredes do cilindro;
_ É mais significativo em motores de ignição por compressão (ciclo Diesel) devido a presença de fuligem durante uma fase da queima do combustível no cilindro;
_ Existe radiação térmica proveniente do coletor de escape, onde:
α= constante de Stefan-Boltzmann = 5,67x10-8 W/m2/K4
€ = emissividade
Ff = fator de forma
Tw = temperatura da superfície da parede
sólida (K)
Tg = temperatura média do fluido (K)
Passo 3 (equipe)
1- Relacionar esses modos de transferência às propriedades dos materiais que compõem o motor.
Resposta:
A transferência de calor afeta o desempenho, a eficiência e as emissões dos motores através dos seguintes parâmetros:
_ Temperatura e pressão dos gases de combustão(afeta potência útil);
_ Consumo específico de combustível;
_ Detonação (troca de calor para os gases não queimados) que limita a taxa de compressão;
_ Aquecimento da válvula de exaustão (afeta a eficiência volumétrica de admissão);
_ Emissões de CO e HC queimados na exaustão;
_ Temperatura dos gases de exaustão (EGT) que controla turbo compressores e recuperadores;
_ Aquecimento do óleo (maior atrito);
_ Expansão térmica dos componentes (pistão, anéis, cilindro, cabeçote, etc.);
_ Carrega o sistema de resfriamento e seus acessórios;
_ Temperatura máxima típica do gás queimado: 2200 ºC (2500 K)
_ Temperatura máxima do material da parede do cilindro:
_ Ferro fundido 400 ºC (673 K)
_ Ligas de alumínio 300 ºC (573 K)
_ Lubrificante 180 ºC (453 K)
_ Pico de fluxo de calor para as paredes do cilindro:
0,5 a 10 MW/m2
Passo 4 (equipe)
Pesquisar, em livros da área, revistas e jornais, ou sites da internet, como ocorre o desperdício na forma de calor no motor de um automóvel, e quais as novas tecnologias baseadas em
materiais termoelétricos.
Resposta:
Uma descrição detalhada da distribuição da energia no motor a combustão interna
é apresentada por Heywood (1988), mostrando a transformação da energia química do combustível nos diferentes processos de transferência de calor e de realização de
trabalho.
Pode-se apreciar que somente uma parte do total da energia da combustão é transferida diretamente ao eixo. Aproximadamente 75% da energia do combustível são perdidos, sendo os restantes aproveitados na forma de trabalho (Bohacz, 2007).
Gerando energia a partir do calor.
Agora cientistas das universidades do Oregon, Estados Unidos, e do Conselho de Pesquisas da Austrália, trabalhando conjuntamente, descobriram não apenas como recuperar essa energia perdida pelos motores a combustão, mas também como retirar energia das fontes geotérmicas, uma forma de geração de energia limpa e renovável disponível em áreas vulcânicas.
Os cientistas criaram um novo tipo de material termoelétrico - ou material termogerador, capaz de converter calor em energia elétrica - utilizando nanofios. "[...] dispositivos termoelétricos nanoestruturados poderão ser práticos para
aplicações como a recuperação do calor perdido nos motores de automóveis, resfriadores construídos diretamente dentro dos chips e refrigeradores domésticos mais compactos e silenciosos," explica Heiner Linke, um dos
pesquisadores.
Ele e seu colega Tammy Humphrey descobriram que dois objetos podem ter diferentes temperaturas e ainda assim manterem o equilíbrio mútuo em nanoescala. Esse é um fenômeno crucial para que se possa atingir o desempenho necessário para o uso prático dos materiais termoelétricos na geração de energia elétrica e na refrigeração.
Materiais termoelétricos
Imagine uma xícara de café sobre uma mesa: o café irá esfriar gradualmente porque as moléculas na xícara transferirão automaticamente o calor do café para a mesa, até atingir o equilíbrio térmico. Esse fenômeno é explicado pelas leis da termodinâmica: o calor irá sempre fluir do mais quente para o mais frio. O problema é que a energia gasta pelos elétrons para fazer essa transferência é simplesmente perdida.
Os materiais termoelétricos tentam recuperar essa energia convertendo-a em eletricidade. Mas eles não funcionam muito se o fluxo de calor for descontrolado. A descoberta feita por Humphrey e Linke envolve justamente o controle do movimento dos elétrons, utilizando materiais que são estruturados em nanoescala.
Eles demonstraram que, se uma tensão elétrica for aplicada a um sistema elétrico que tiver uma diferença de temperatura, é possível controlar elétrons que tenham uma energia específica. Isto significa que, se o material nanoestruturado for projetado para permitir apenas o fluxo desse tipo de elétron,
atinge-se um novo tipo de equilíbrio, no qual os elétrons não migram espontaneamente do quente para o frio.
Como o sistema não ficará verdadeiramente em equilíbrio, o fluxo de elétrons pode ser revertido, permitindo que um equipamento funcione na eficiência máxima possível. Para os motores de carro, essa eficiência máxima teoria é conhecida como limite de Carnot.
Os pesquisadores acreditam que a tecnologia atual já possibilite que seus materiais nanoestruturados criem equipamentos que atinjam 50% do limite de Carnot. Os mais eficientes materiais termoelétricos conhecidos hoje atingem apenas 15% desse limite.
O trabalho foi apresentado neste último dia 5 de Abril, na Conferência de Dispositivos em Nanoescala e Integração de Sistemas, realizada em Houston, nos Estados Unidos.
Bibliografia
http://www.brasilescola.com/fisica/termodinamica.htm
http://www.infoescola.com/fisica/primeira-lei-da-termodinamica/
Shah, R. Compact heat exchangers. In: The CRC handbook of
mechanical engineering. Kreith, F. et Goswami, D. Y. (ed.). Boca
Raton: CRC Press, 2ª ed., 2005
Fundamentos de temperatura de calor e de massa. Inclopera/DeWitt/Bergman/Lavine,
6 ª. ed
http://emtemposc.blogspot.com.br/2011/05/tabela-de-calor-especifico-da-agua-e-do.html
http://www.fisica.net/ead/mod/glossary/showentry.php?courseid=1&eid=422&displayformat=dictionary
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