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ATPS - EADF

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Por:   •  8/10/2014  •  2.261 Palavras (10 Páginas)  •  381 Visualizações

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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA

CAMPUS - MARIA CÂNDIDA

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS (ATPS)

ESTRUTURA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

São Paulo

2014

NOME: RA:

Nathália Ferreira Baisi 8651262315

Pedro Henrique Oliveira 4200051012

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS (ATPS)

ESTRUTURA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Relatório de ATPS, da disciplina de Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras dos alunos do 5° semestre do curso de Ciências Contábeis, supervisionado pelo professor Valente.

São Paulo

2014

1 - INTRODUÇÃO

Todas as atividades financeiras das empresas precisam ser registradas. Os administradores financeiros colhem essas informações, as analisa, estrutura e apresenta aos acionistas, sócios e diretores da Empresa.

Essas informações visam demonstrar a situação financeira da empresa e são dividas em:

• Demonstrações Financeiras Primárias: Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado;

• Demonstrações Financeiras Secundárias: principalmente a Demonstração de Origens e Aplicação dos Recursos;

• Métodos de Análise: Horizontal e Vertical e;

• Índices: Grandezas relativas construídas a partir dos números (Demonstração Primária).

O trabalho será elaborado com base no estudo bibliográfico das Estruturas das Demonstrações Financeiras e analise das demonstrações financeiras publicadas da empresa Natura Cosméticos S.A. Visando à elaboração de um Relatório com o Parecer Contábil da empresa Natura Cosméticos S.A.

2 - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras representam um canal de comunicação da empresa com diversos usuários. Elas permitem uma rápida visão intuitiva da situação da empresa, um ponto de partida para análises posteriores.

2.1 - Demonstrações Financeiras Primárias

2.1.1 - Balanço Patrimonial.

BALANÇO PATRIMONIAL

Representa os bens e direitos que a empresa possui e também mostra como os recursos que serão distribuídos dentro do Ativo e, de forma muito genérica, em quanto tempo tais recursos irão ser recuperados ou novamente transformados em dinheiro.

ATIVO PASSIVO

Representa os bens e direitos que a empresa possui. Representa as dividas e obrigações que a empresa possui. Recursos de terceiros.

Ativo Circulante: Passivo Circulante

Ativos que a empresa irá receber ou realizar no prazo máximo de 1 anos a partir da data do Balanço. Dividas que a empresa deve pagar no prazo máximo de 1 anos a partir da data do Balanço.

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Ativos que serão recebidos ou realizados após 1 anos. Dívidas que a empresa deve pagar a partir de 1 ano.

Ativo Permanente PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ativos de uso e utilização nas atividades da empresa e cuja realização é lenta e demorada. A principio, estes ativos não estão disponíveis para venda. Recursos que são de propriedade dos sócios e que permanecem com a empresa para seu uso próprio.

TOTAL ATIVO TOTAL PASSIVO + P. LÍQUIDO

Todos os recursos que a empresa tem em seus ativos são financiados por recursos do Passivo. Por esta razão o Ativo é sempre igual ao Passivo + Patrimônio Líquido.

Obs.: Cada um dos 3 grupos do Ativo definem prazos diferentes para a realização de cada Ativo. Realizar um ativo significa transforma-lo em dinheiro.

2.1.2 – Demonstração de Resultado

DRE - Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Operacional Bruta É feita com o objetivo de mostrar os resultados, isto é, lucro ou prejuízo. Para isto, somam-se as receitas e diminuem-se as despesas ou custos, obtendo assim os resultados. As receitas: são FONTES de recursos, já as despesas e custos: são APLICAÇÕES de recursos. Quanto maior os lucros que uma empresa puder obter, maior é sua capacidade de investir em seus ativos, utilizando seus recursos próprios.

(-) Deduções de Receita Bruta

Devoluções de Vendas

Abatimentos

Impostos sobre Venda

(=) Receitas Operacionais Liquidas

(-) CMV / CSP / (CPV)

(=) Lucro Bruto / Resultado Bruto

(-) Despesas Operacionais

Despesas com vendas

Despesas Administrativas

(+/-) Resultado Financeiro Liquido

(+) Receitas Financeiras

(-) Despesas Financeiras

(+/-) Outras Receitas e Despesas Operacionais

(=) Lucro ou Prejuízo Operacional

(+/-) Resultado não Operacional

(+) Receitas não Operacionais

(-) Despesas não Operacionais

(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) e CSL (ou Prejuízo)

(-) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

(-) Provisão para Contribuição Social s/ Lucro Líquido (CSLL)

(=) Resultado depois do Imposto de Renda e da CSLL (ou Prejuízo)

(-) Participações

(-) Contribuições

(=) Lucro ou Prejuízo do Exercício (Resultado Líquido)

2.2 - Demonstrações Financeiras Secundárias

2.2.1 – Demonstração de Origens e Aplicação dos Recursos.

A DOAR – Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos indica as modificações na posição financeira da companhia.

Os financiamentos estão representados pelas origens de recursos, e os investimentos pelas aplicações de recursos, sendo que o significado de recursos aqui não é simplesmente o de dinheiro, ou de disponibilidades, pois abrange um conceito mais amplo. Representa capital de giro líquido que, na denominação dada pela lei, é Capital Circulante Líquido.

2.3 - Métodos de Analise

2.3.1 – Analise Vertical

Tem por objetivo determinar a relevância de cada conta em relação a um valor total. No Balanço Patrimonial calcula-se a participação relativa das contas, tomando-se como base o seu capital total. Já na Demonstração de Resultados, o referencial passa a ser o valor da Receita Operacional Líquida.

A análise vertical é a técnica mais simples e também a mais completa para análise de Balanço. Ela mede PROPORÇÕES entre valores, ajudando-nos a determinar quais as contas de maior importância e relevância para a análise.

2.3.2 – Analise Horizontal

Tem por objeto demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contábeis em períodos consecutivos. A análise horizontal compara percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é feita olhando-se horizontalmente através dos anos nas demonstrações financeiras e nos indicadores. É importante salientar, neste caso, a necessidade de que os valores comparados estejam expressos em moeda de poder aquisitivo constante.

2.4 - Índices

A análise financeira utiliza a informação contida nos demonstrativos financeiros ou contábeis da entidade (o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício, suplementados pelas demonstrações de fluxo de caixa e outras demonstrações), as ferramentas primárias para análise financeira são os índices financeiros.

Quando se analisam demonstrações financeiras, a primeira tarefa é determinar que informação que se procura. Há muitas técnicas analíticas que podem revelar informações sobre uma empresa. Uma vez que o analista financeiro saiba isto, pode-se usar a técnica correta. Índices financeiros é a ferramenta analítica de um analista. Índices são fáceis de computar, verificáveis e permitem comparações período a período e da empresa com outras de seu ramo de atividade.

O estudo destes índices é feito analisando-se o índice de maneira absoluta, ou seja, a análise do significado intrínseco do índice (ou do índice por si só), ou comparando-se sua evolução nos vários períodos enfocados, ou ainda com outras empresas do mesmo setor.

Análise de coeficientes realizam os seguintes objetivos:

• Mensurar a saúde financeira total do negócio;

• Endereçar as principais áreas de negócios que afetam a lucratividade da empresa e sua força de ganhos;

• Avaliar a posição de liquidez da empresa, bem como a situação do fluxo de caixa;

• Identificar uma condição de alavancagem da empresa (mix de endividamento de sua estrutura financeira) e;

• Contribuir para avaliação total do risco creditício – os coeficientes indicam até certo ponto se a condição financeira de uma empresa a torna um “bom” ou “mau” risco de crédito.

A análise por índices financeiros é uma das ferramentas mais utilizadas no mercado financeiro. Mas uma análise feita somente com índices financeiros é uma análise fraca e pobre, e certamente poderá conter inúmeras falhas.

Índices financeiros não são suficientes para um julgamento adequado e uma decisão correta. Estando aliados à análise vertical já mostram de forma melhor a situação financeira da empresa.

Os índices financeiros dividem-se em:

• Situação Financeira: Estrutura de Capitais e Liquidez

• Situação Econômica: Rentabilidade

Estrutura de Capital

Para Matarazzo (2010) esse grupo de índices demonstra grandes segmentos para a linha de decisões financeiras em termos de aplicação e obtenção de recursos.

Índice Fórmula Significado Interpretação

Participação de Capital de Terceiros (Capital de Terceiros / Patrimônio Liquido) x 100 Quanto à empresa tomou de capitais de terceiros para cada R$100,00 de Capital Próprio. Quanto menor, melhor.

Composição do Endividamento (Passivo Circulante / Capitais de Terceiros) x 100 Qual o percentual de obrigações a Composição do Endividamento em relação às obrigações totais. Quanto menor, melhor.

Imobilização do Patrimônio Líquido (Ativo Permanente / Patrimônio Líquido) x 100 Quanto à empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R$100,00 de Patrimônio Líquido. Quanto menor, melhor.

Imobilização dos Recursos Não-Correntes (Ativo Permanente / PL + ELP) x 100 Que percentual dos recursos nãocorrentes (Patrimônio Líquido e Exigível a Longo Prazo) foi destinado ao Ativo Permanente. Quanto menor, melhor.

Liquidez

Matarazzo (2010) aponta que através dos índices desse grupo pode-se verificar a situação financeira da empresa, pois são a partir destes que ocorre o confronto dos ativos circulantes com as dívidas. Uma empresa ter boas condições de pagar suas dívidas deve-se ter bons índices de liquidez.

Indice Fórmula Significado Interpretação

Liquidez Geral (AC + RLP) / (PC + ELP) Quanto à empresa possui de Ativo Circulante+Realizável a Longo Prazo para cada R$1,00 de dívida total. Quanto maior,

melhor.

Liquidez Corrente AC / PC Quanto à empresa possui de Ativo Circulante para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Quanto maior,

melhor.

Liquidez Seca Ativo Líquido / PC Quanto à empresa possui de Ativo Líquido para cada R$1,00 de Passivo Circulante. Quanto maior,

melhor.

Rentabilidade

Matarazzo (2010) afirma que através dos índices de rentabilidade é possível verificar os capitais investidos e com isso qual foi o resultado econômico da empresa.

Indice Fórmula Significado Interpretação

Giro do Ativo Vendas Líquidas / Ativo Quanto à empresa vendeu para cada R$1,00 de investimento total. Quanto maior,

melhor.

Margem Líquida (Lucro Líquido / Vendas Líquidas) x 100 Quanto à empresa obtém de lucro para cada R$100,00 vendidos. Quanto maior,

melhor.

Rentabilidade do Ativo (Lucro Líquido / Ativo) x 100 Quanto à empresa obtém de lucro para cada R$100,00 de investimento total. Quanto maior,

melhor.

Rentabilidade do PL (Lucro Líquido / PL médio) x 100 Quanto à empresa obtém de lucro para cada R$100,00 de capital próprio investido, em média, no exercício. Quanto maior,

melhor.

3 – ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL: Empresa Natura Cosméticos S.A

Vide anexo 1 e 2.

4 – PARECER CONTABIL DE ACORDO COM A ANALISE VERTICAL E HORIZONTAL

Relatório sobre a Revisão de Informações Contábeis Intermediárias Consolidadas

Ao

Conselho de Administração e aos Acionistas do

Natura Cosméticos S.A.

Introdução

Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Natura Cosméticos S.A., levantados em 31 de dezembro de 2009 e de 2010, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Alcance da Revisão

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil; e (b) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Outras Observações

Houve aumentos relevantes no ativo circulante e não circulante entre os exercícios 2009 e 2010, especificamente no disponível, onde o Caixa e Equivalentes de Caixa teve um aumento de 12%, juntamente com as Contas a Receber e o Estoque, com aumentos de 26% e 12%, respectivamente, que significaram nestas contas um aumento de quase R$ 200 milhões entre 2009 e 2010. No Ativo Não Circulante houve um aumento relevante de 14% no Imobilizado, de aproximadamente R$ 70 milhões.

Esta alavancagem no ativo contrasta com as informações apresentadas no passivo, onde houve uma diminuição de 60% nos Empréstimos e Financiamentos no passivo circulante, mas também aumento de 44% de saldo em Fornecedores e Outras contas a pagar, além de um aumento relevante de 245% de Empréstimos e Financiamentos no passivo não circulante, que representa um aumento de passivo de aproximadamente R$ 430 milhões, que parece ter se traduzido em compra de estoque, aquisição de novos ativos para a organização e reforço do caixa para pagamento das obrigações de curto prazo. Além da própria venda de mercadorias, que completariam os valores indicados no ativo circulante e não circulante.

Conclusão

Em nossa opinião, adicionada à relevância dos efeitos do assunto comentado nas observações, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações contábeis, acima referidas, não foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 30 de Abril de 2014.

5 – ANÁLISE POR ÍNDICES FINANCEIROS: Empresa Natura Cosméticos S.A

Estrutura de Capital CONTROLADORA CONSOLIDADO

Índice 2010 2009 2010 2009

Participação de Capital de Terceiros 107% 100% 156% 140%

Composição do Endividamento 55% 83% 61% 77%

Imobilização do Patrimônio Líquido 128% 120% 108% 90%

Imobilização dos Recursos Não-Correntes 62% 60% 42% 37%

Liquidez CONTROLADORA CONSOLIDADO

Índice 2010 2009 2010 2009

Liquidez Geral 1,93 2,00 1,64 1,71

Liquidez Corrente 1,34 0,97 1,56 1,39

Liquidez Seca 1,09 0,87 1,09 0,98

Rentabilidade CONTROLADORA CONSOLIDADO

Índice 2010 2009 2010 2009

Giro do Ativo 2,11 2,02 1,59 1,55

Rentabilidade do Ativo 29% 30% 23% 25%

Dependência Bancária CONTROLADORA CONSOLIDADO

Índice 2010 2009 2010 2009

Dependência Bancária 2% 21% 7% 21%

6 – PARECER CONTABIL DE ACORDO COM A ANALISE DOS ÍNDICES FINANCEIROS

Relatório sobre a Revisão de Informações Contábeis Intermediárias Consolidadas

Ao

Conselho de Administração e aos Acionistas do

Natura Cosméticos S.A.

Introdução

Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Natura Cosméticos S.A., levantados em 31 de dezembro de 2009 e de 2010, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

Alcance da Revisão

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil; e (b) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

Outras Observações

Houve aumentos relevantes no ativo circulante e não circulante entre os exercícios 2009 e 2010, com isso nota-se que em 2009 a empresa conseguia pagar 98% as suas dividas utilizando apenas com o exigível e as duplicatas a receber, tendo um aumento significativo em 2010, a empresa ficou com uma margem de folga de 9%, ou seja, quita 100% das suas dividas e ainda sobram 9%, utilizando ainda apenas o seu disponível e as duplicatas a receber.

Fica demonstrado também que com o aumento do ativo a participação das instituições de crédito teve uma queda significativa de 14%, do ano de 2009 para 2010, sendo respectivamente 21% e 7%.

Conclusão

Em nossa opinião, adicionada à relevância dos efeitos do assunto comentado nas observações, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as

informações contábeis, acima referidas, não foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 30 de Maio de 2014.

ANEXOS

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