ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL

ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CENTRO DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL - CRAS

 

Valdeci Pereira de Lima ^[1]

Ivone Domingos e Silva ²

RESUMO: O objetivo deste trabalho é se concentrar no desempenho profissional, e o atuar como uma prática profissional distinta e restringir os assistentes sociais inseridos no campo da assistência social, como prática pontuada de êxito na intervenção dos direitos aos usuários. O método utilizado foi um estudo bibliográfico e, em conclusão, descobriu -se que a atuação e o desenvolvimento do profissional no campo da Assistência Social é essencial para o acesso aos usuários as políticas sociais e garantia de seus direitos, assim, como o destaque atuante do profissional na PNAS, e em especial no CRAS.

Palavras-chave: assistente social; atuação profissional; CRAS

ABSTRACT: The objective of this work is to focus on professional performance, and to act as a distinct professional practice and restrict social workers inserted in the field of social assistance, as a punctuated practice of success in the intervention of rights to users.  The method used was a bibliographic study and, in conclusion, it was discovered that the performance and development of the professional in the field of Social Assistance is essential for users to access social policies and guarantee their rights, as well as the active highlight. of the professional in the PNAS, and especially in the CRAS.

Keywords: social worker;  professional performance;  CRAS

INTRODUÇÃO

O Serviço Social foi influenciado fortemente em sua gênese pela Igreja Católica, proporcionando com que vários ainda hoje, enxerguem o Assistente Social como uma evolução da caridade, porém, é bastante importante o desempenho do profissional nas equipes multiprofissionais, principalmente quando relacionamos com o CRAS.

Nesse artigo temos como busca refletir sobre as principais demandas que atendidas pelo assistente social, e entendemos como e qual a melhor forma de atuação profissional nas garantias de direitos e construção do acesso dos usuários nas políticas sociais, no Centro de Referência de Assistência Social.

Destaca-se neste trabalho, que foi desenvolvido através de pesquisa bibliográfica, a atuação do profissional assistente social na Política Nacional de Assistência Social (PNAS), idealizando sua performance no CRAS, lugar de procura muito grande de Benefícios demandados pela vulnerabilidade social e carência de uma grande parte da população brasileira.

1. Breve histórico do Serviço Social no Brasil

Conforme Lemos (2016, p. 26), as situações históricos e sociais de urgência do Serviço Social em nosso país, destaca uma conexão direta com as transformações sociais e políticas que marcaram a história da sociedade. E a contextualização dessas transformações na sociedade, trouxeram mudanças nas relações sociais, assim como nas representações sociais, trazendo uma nova perspectiva crítica e o surgimento dos profissionais do Serviço Social.

Quando o assistente social tem uma percepção da realidade influenciada por uma situação histórica, pode procurar servir-se do Serviço Social para atingir objetivos que lhes parecem certos, porque os vê através do prisma de determinada doutrina, que pode ser baseada em concepções humanistas. [...] Não são mais os valores humanistas do Serviço Social que orientam a ação, mas as opiniões do assistente social sobre a situação, opiniões estas que ele procura racionalizar pelo seu sistema de valores e que vão ditar suas atitudes e comportamentos em relação a seu papel como assistente social e ao do Serviço Social, dentro da situação em que se encontram. Procurará então suscitar instituições sociais, econômicas ou políticas para chegar aos fins almejados e considerar os valores da sociedade como sagrados. Dentro dessa perspectiva, torna-se o Serviço Social uma ideologia que pode estar a serviço de determinada doutrina à escolha do assistente social. (VIEIRA, 1989, apud, LEMOS, 2016, p. 27)

Na ênfase de Vieira (1989), o Serviço Social não obteve um desenvolvimento homogêneo, nos variados países e épocas, e sim que cada momento histórico, a contextualização política, social e econômica, ousou influenciar o direcionamento dos agentes sociais. E a compreensão  da carreira profissional dos assistentes sociais, nos leva a buscar a compreensão dos momentos históricos de relevância no surgimento da profissão em nosso país, assim, como precisamos entender a forma como o Estado passa a reconhece socialmente a profissão, que outrora, possuía imagem  de “caridade” e “ajuda aos pobres”, a qual. relacionavam o Serviço Social. Também a ocorrência que se deu para processar a institucionalização e regulamentação, que trouxe a possibilidade desta categoria profissional, adquirir através do uso do título acadêmico em seu exercício profissional, o controle e o poder do conhecimento técnico-cientifico. (LEMOS, 2016, p. 26).

1. Política Nacional da Assistência Social – PNAS

Segundo Piva, Silva e Pereira (2019, p. 2), a partir da Constituição de 1998, a Reforma do Estado, assim como a restruturação produtiva propuseram mudanças nas  políticas públicas, trazendo uma repercussão que sobrepôs fortemente no cotidiano do profissional. E que nos nas últimas décadas os direitos sociais começaram de forma mais efetiva parte da nova normatização referente a Assistência Social, porém, as expressões da questão social continuam ainda mais complexas trazendo a multiplicidade nos desafios e nas limitações de seu enfrentamento.

A Política Nacional de Assistência Social foi aprovada pela resolução nº145, de 15 de outubro de 2004, do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e se propõe a materializar as diretrizes preconizadas pela Lei Orgânica de Assistência Social e dos princípios inseridos na Constituição Federal de 1988 que destaca a assistência social como uma política social e um direito de cidadania. Na perspectiva de promover maior efetividade das ações dessa Política, aumentando sua cobertura, que se configurou o Sistema Único da Assistência Social (SUAS). No SUAS, os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social são reorganizados por níveis de proteção, em Proteção Social Básica (voltada à prevenção de situações de riscos pessoal e social, fortalecendo a potencialidade das famílias e dos indivíduos) e Proteção Social Especial (voltada à proteção de famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social). (PIVA, SILVA, PEREIRA, 2019, p. 2).