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Antracnose

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Por:   •  21/11/2014  •  Tese  •  463 Palavras (2 Páginas)  •  224 Visualizações

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Antracnose (Colletotrichum dematium var. truncata) na cultura Soja.

Aspectos morfológicos e biologia:

A antracnose é a principal doença que afeta a fase inicial de formação das vagens e é um dos principais problemas dos cerrados. Em anos chuvosos, pode causar perda total da produção mas, com maior frequência, causa alta redução do número de vagens, induzindo a planta à retenção foliar e haste verde.

O C. truncatum é um fungo mitospórico, cujo teleomorfo pertence ao gênero Glomerella classificado como pertencente ao filo Ascomycota, ordem Phyllachorales, família Phyllacoraceae.

Segundo Cannon C. truncatum possui alguns sinônimos como, Vermicularia truncata, Colletotrichum dematium sp.

Existem 265 registros de ocorrência de C. truncatum infectando diversas hospedeiras no mundo. Deste total de registros ocorridos no mundo, 118 hospedeiras de C. truncatum foram encontradas registradas no banco de dados Farr e Rosmman.

Condições de ocorrência :

A maior intensidade da antracnose nos cerrados pode ser atribuída à elevada precipitação e às altas temperaturas. Uso de sementes infectadas e deficiências nutricionais, principalmente de potássio, também contribuem para maior ocorrência da doença. Recentemente, tem sido observado um aumento considerável na ocorrência de C. truncatum em sementes de soja. Sementes oriundas de lavouras que sofreram atraso de colheita, devido a chuvas, apresentaram porcentagens de infecção superiores a 50%.

Etiologia:

A antracnose pode causar morte de plântulas, necrose dos pecíolos e manchas nas folhas, hastes e vagens. Originado de semente infectada ou de inóculo produzido em restos culturais da safra anterior, o fungo desenvolve-se, de forma latente, no interior do tecido cortical e pode não se expressar até o final do ciclo, dependendo das condições climáticas, da fertilidade e da densidade de semeadura. Pode causar queda total das vagens ou deterioração das sementes em colheita retardada.

Sintomas:

Os sintomas mais evidentes ocorrem em pecíolos e ramos tenros das partes sombreadas e em vagens em início de formação. As vagens infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração castanho escura a negra e ficam retorcidas; nas vagens em granação, as lesões iniciam-se por estrias de anasarca e evoluem para manchas negras. Em períodos de alta umidade, as partes infectadas ficam cobertas por pontuações negras que são as frutificações do fungo.

Sementes apresentam manchas deprimidas, de coloração castanho-escuras. Plântulas originadas de sementes infectadas apresentam necrose dos cotilédones, que pode se estender para o hipocótilo, causando o tombamento.

Controle:

As medidas de controle recomendadas são o uso de sementes livres do patógeno, rotação de cultura, maior espaçamento entre as linhas (50-55 cm), com eficiente controle de plantas daninhas, estão de adequado (300.000 a 350.000 plantas há) manejo adequado do solo, principalmente com relação à adubação potássica.

Para o controle do patógeno em sementes, recomenda-se o armazenamento

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